HISTÓRIAS DE VIDA-MARÇO 13
Quem
fez este relógio?
Certa vez, um
piloto estava sozinho em seu avião pequeno, atravessando a floresta amazônica.
O motor foi perdendo força e ele teve de fazer uma aterrissagem forçada, em um
rio. Não sofreu ferimentos graves.
Comunicou-se
com a torre de controle e informaram que naquele lugar não existia ser humano.
Caminhando um
pouco pela mata, enquanto esperava a chegada do resgate, ele encontrou, no chão,
entre as folhas secas, um relógio. Viu que estava funcionando!
Seria possível
a natureza ter fabricado aquele relógio, por si mesma, sem a ação de um ser
inteligente? Evidentemente não. Ou um ser humano passou por ali e perdeu o relógio,
ou ele caiu de um avião.
O universo
sideral é uma grande máquina em funcionamento, muito mais perfeita e exata que
um relógio. Afirmar que Deus não existe é o mesmo que dizer que aquele relógio
foi feito ali, por acaso, apenas pela ação do vento.
“São vãs todas
essas pessoas nas quais não há o conhecimento de Deus. Porquanto, partindo dos
bens visíveis, não foram capazes de conhecer Aquele que É; nem tampouco, pela
consideração das obras, chegaram a conhecer o Artífice” (Sb 13,1).
“Quando olho
para o céu, obra de tuas mãos, vejo a lua e as estrelas que criaste: Que coisa
é o homem, para dele te lembrares, que é o ser humano, para o visitares?” (Sl
8,4-5).
A
saída para a liberdade
Certa vez, na
antiguidade, um rei quis testar um prisioneiro. Combinou com o carcereiro e este
chegou para o preso e disse: “Existe uma saída nesta cela. Se você encontrá-la
e sair, estará livre”. E o carcereiro retirou-se.
O homem
começou a procurar. Foi verificar as janelas, mas as grades eram fortes. Depois
de muita procura, encontrou, atrás da porta do banheiro, uma pequena porta secreta.
Pensou: É por aqui. Saindo por aquela porta, encontrou uma escada. Desceu-a até
o fim e não viu saída. Voltou e subiu a escada. Encontrou uma sala totalmente fechada.
Procurou em todo canto e não viu nenhuma saída. Depois de procurar até altas horas
da noite, desistiu e foi dormir.
No outro dia,
apareceu o carcereiro e lhe disse: “Você perdeu a chance. A porta principal da cela
estava apenas encostada, sem nenhuma chave ou cadeado!”
O preso se
esqueceu de conferir a porta principal. Estava tão acostumado a vê-la trancada,
que nem imaginou essa possibilidade.
A oração é
esta saída fácil que temos na vida. Tão fácil que muitas vezes não a descobrimos.
Na luta para vencer nossos problemas, procuramos outros meios mais complexos e
nos esquecemos de usar essa saída tão fácil, apesar de Deus estar ao nosso
lado, esperando para nos ajudar.
E, entre as
orações, destaca-se a reza do Terço.
O
bambu chinês
Existe uma
espécie de bambu, chamada bambu chinês, que demora para nascer. Depois que a semente
é plantada, não aparece nada fora da terra durante quatro anos, exceto o lento
desabrochar de um minúsculo broto. Nesse tempo, o arbusto fica formando raízes.
Quando começa
a crescer, ele tem uma resistência incrível. Aguenta a seca, o sol quente... E
cresce tanto que chega a atingir vinte e quatro metros.
Que exemplo
bonito de persistência a natureza nos oferece! Podemos resumir a lição do bambu
chinês com aquele provérbio: “Devagar se vai ao longe”.
Quantas vezes
trabalhamos durante anos e anos, sem ver resultado. Mas, quando vem, ele é
sólido, resistente e durável.
“Tenho contra
ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Ap 2,4). “Sê fiel até a morte, e eu te
darei a coroa da vida” (Ap 2,10). “Quem perseverar até o fim, será salvo” (Mt
10,22).
Maneira
original de rezar
Certa vez, em
um asilo, a Irmã começou a perceber algo estranho em um velhinho. Ele levava o
baralho para a capela e lá ficava olhando as cartas.
Um dia, ela
resolveu tomar uma atitude. Aproximou-se do vovô e disse: “O senhor precisa
rezar aqui na capela, e não ficar mexendo com baralho! Há uma hora para cada coisa”.
Ele respondeu:
“Não, Irmã! É justamente para rezar que eu trago o baralho”.
“Como assim?”
perguntou a Irmã, espantada. Ele explicou:
- “Quando eu
vejo este Ás, lembro-me que há um só Deus.
- Quando pego
o Dois, me recordo que Jesus tem duas naturezas: A humana e a divina. A Igreja
também é humana e divina.
- Ao ver um
Três, logo me vem na cabeça a Santíssima Trindade.
- O Quatro
traz para mim os quatro Evangelhos, cada um com a sua riqueza própria.
- Quando pego
o Cinco, eu me recordo das cinco chagas de Jesus, que ele sofreu por mim”.
Ao chegar ao
Seis, a Irmã pensou: Agora ele vai se enroscar. Mas não. O velho pegou a carta
e disse:
- “Este Seis
me trás à mente a primeira página da Bíblia: Os seis dias da criação. No sétimo
Deus descansou, e determinou que fosse o Dia do Senhor. Por isso que o chamamos
de Domingo.
- O Sete me
traz na mente os sete sacramentos; penso em cada um deles.
- E o Oito me
leva até as Bem-Aventuranças. Eu já as sei de cor.
- O Nove me
faz recordar a novena do Padroeiro que fazemos aqui no asilo, que é muito bonita.
- E o Dez me
lembra os dez mandamentos da Lei de Deus”.
Impressionada,
a Irmã lhe disse: “Meu querido, pode continuar usando o baralho na capela”.
A
capela construída em trinta dias
Certa vez, um
missionário foi a uma Comunidade rural para iniciar a Santa Missão. Era bem
distante da cidade.
A Irmã, que
havia preparado o povo para a Missão, escreveu no relatório: “Não existe capela,
nem qualquer local grande onde o povo possa se reunir. A Comunidade ficou de
construir um barracão coberto com folhas de coqueiro”.
Entretanto,
quando o padre chegou, ficou surpreso, ao ver uma capela grande e bonita. Primeiro,
ele perguntou o nome daquele local, pensando ter errado o bairro. Mas confirmaram
que era ali mesmo.
Então ele
mostrou o relatório da Irmã, e perguntou qual o motivo daquela diferença.
Um senhor
explicou: “Sr. Padre, depois que a Irmã foi embora, faltava ainda um mês para o
início da Missão. Um dia, eu e três colegas estávamos almoçando, na roça,
debaixo de uma árvore. Como sempre, estávamos criticando a nossa Comunidade,
porque ninguém assume nada.
A certa altura
da conversa, eu me levantei e disse: ‘Nós estamos criticando a nós mesmos, pois
a Comunidade somos nós. Vamos fazer alguma coisa?”
Nesta hora, o
homem se emocionou e não conseguia continuar a explicação. O padre pôs a mão no
ombro dele, com carinho, e disse: “Não precisa continuar. Já entendi”.
E, também
emocionado, o padre olhou para cima, a fim de contemplar aquela linda capela,
construída em trinta dias.
Para que uma Comunidade
realize qualquer trabalho, é preciso que alguém assuma, tome a frente e dê o
primeiro passo. Aquele desafio do homem: “Vamos fazer alguma coisa?” foi
fundamental, não só na construção daquela capela, mas na vida da Comunidade.
Aqueles quatro
homens se uniram e, a partir deles, a Comunidade toda se uniu e colaborou.
“Eu sou Igreja”.
Diga para você mesmo(a) essa frase, e verá que dentro de você acontecerá uma
transformação.
O
cavalo que pulava cerca
Havia um homem
da roça que tinha um cavalo. Na medida em que o cavalo foi crescendo, começou a
pular cerca. O homem levantava a cerca, mas não adiantava; o cavalo saltava por
cima.
O homem
amarrou o cavalo. Também não adiantou, ele arrebentou a corda. Não havia jeito.
Sem saber mais
o que fazer, o homem expôs o problema a um vizinho, um senhor experiente.
Logo que este
ouviu o problema, disse: “O cercado em que o cavalo está é muito pequeno. Ele
quer mais espaço para correr!”
Pronto, foi só
o homem aumentar o tamanho do cercado, o cavalo parou de pular a cerca.
Isso não vale
só para cavalos. Vale também para o ser humano, especialmente para crianças e
adolescentes. Eles precisam de espaço, de um pouco de liberdade para crescer e
desenvolver suas capacidades. Se não lhes damos, eles se tornam rebeldes e
desobedientes.
Aí está a arte
da educação: Saber ir dando liberdade na medida em que a criança cresce. E, ao
mesmo tempo, acompanhar a criança, orientando-a. Unir a firmeza com a ternura,
a disciplina com o diálogo.
Cinco
kg de carne por cinco kg de manteiga
Certa vez, um
sitiante e o dono de um mercadinho fizeram um trato: Toda semana o sitiante
levaria para o dono do mercadinho cinco kg de manteiga, e este pagaria com
cinco kg de carne. Assim foi feito, durante várias semanas.
Um dia, o dono
do mercadinho reclamou com o sitiante. Ele disse: “Eu pesei a manteiga e não
deu cinco kg!”
O sitiante
respondeu, surpreso: “Acontece que lá em casa nós não temos o peso de cinco kg.
Por isso, eu coloco a carne que o senhor me dá, de um lado da balança, e do outro
lado vou pondo a manteiga, até chegar ao mesmo nível”.
O dono do
mercadinho queria exigir justiça, sendo que ele próprio era injusto!
“Entre o forte
e o fraco, o justo e o injusto, a liberdade oprime; é a lei que salva” (Lacordaire).
As
cisternas que se comunicavam
Em certa
região, havia muitas cisternas. Todas tinham aquela borda, de mais ou menos um
metro de altura, feita de tijolos, que em alguns lugares é chamada de boca da
cisterna.
As bordas eram
todas pintadas e enfeitadas, cada uma de um jeito diferente, numa espécie de competição
entre as cisternas. Afinal, era o que todo mundo via.
Algumas até
preenchiam a parte interna da borda com algum objeto bonito, para chamar a
atenção, se alguém se aproximasse e olhasse para dentro.
As cisternas
chegaram até a esquecer do principal delas, que é a água.
Um dia, uma
delas, no afã de se enfeitar, tocou a água lá no fundo e teve uma sensação de
paz maravilhosa.
Molhou-se toda
e percebeu que se refrescou do calor do sol. Ela experimentou uma felicidade
que nunca sentira.
Resolveu tirar
um pouco de água e jogar na terra, em volta de si mesma. Resultado: Começaram a
brotar flores e grama, ficando tudo verde e bonito.
As outras
cisternas viram aquela transformação e imitaram. Assim, toda a região tornou-se
um jardim.
O interessante
foi que elas, um dia, descobriram que eram unidas, pois a água que tinham vinha
de uma fonte suberrânea só, que estava na montanha ao lado. Sentiram-se irmãs e
começaram a valorizar a montanha.
As cisternas
somos nós. Preocupados com a nossa aparência, esquecemo-nos da Água Viva que
trazemos dentro de nós. Isto gera um vazio insaciável, que vai encobrindo a
graça de Deus, e assim não descobrimos a nossa identidade mais bela: Somos
filhos de Deus.
A
coruja mal feita
Certa vez,
dois rapazes entraram numa loja de lembranças. Um deles era muito crítico e começou
logo a ver defeito em tudo. O
vaso de flor estava feio, o cavalinho não parecia cavalo...
De repente, viram
uma coruja. Ele logo disse: “Eu conheço coruja. Não é assim. A cabeça não está
proporcional ao corpo, a pose dela não é essa...”
Quando acabou
de falar, a coruja virou a cabeça e piscou para eles. Era uma coruja viva e ele
pensava que estava vendo uma imitação. O coitado ficou envergonhado.
É isso que dá
ser pessimista e só ver defeitos nas coisas.
O
sultão sonha que seus dentes estão caindo
Sultão era o
nome que se dava, na antiguidade, a alguns imperadores maometanos. Eles eram senhores
absolutos.
Certa vez, um
sultão teve um sonho triste. Sonhou que seus dentes iam caindo, um por um, até
ele ficar banguela.
No dia
seguinte, chamou um adivinho e lhe pediu que interpretasse o sonho.
O adivinho lhe
disse, com um ar triste: “Majestade, este sonho prediz uma grande desgraça.
Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade”.
O sultão,
enfurecido, lhe respondeu: “Mas que atrevimento! Fora daqui”. E mandou que aquele
adivinho fosse açoitado.
Mandou chamar
outro adivinho. Este, após ouvir o sonho, sorriu e disse: “Grande felicidade
está reservada para vossa majestade. O sonho significa que haveis de sobreviver
a todos os vossos parentes”.
A fisionomia
do sultão iluminou-se num sorriso. E mandou dar cem moedas de ouro a este
adivinho.
Os dois
adivinhos disseram a mesma coisa, só que de maneira diferente. O primeiro, de
forma negativa, e o segundo, de forma positiva.
Este é o segredo
da evangelização. Apresentar a nossa fé de maneira positiva, como fazia Jesus.
Ele a comparava com o banquete, com o casamento, com a descoberta de um tesouro...
E o povo chamava o projeto de Boa Nova, notícia alegre.
Pode
amar os irmãos?
Certa vez, um
seminarista foi convidado pela diretora de uma escola pública para fazer uma
palestra aos alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental, cuja disciplina dentro da
classe deixava muito a desejar.
Quando o
seminarista entrou na sala, viu 45 adolescentes de olhos brilhantes e cheios de
vida. Meninas lindas, garotos sorridentes... Ficou entusiasmado e começou a
falar, apesar de ser a primeira vez que fazia esse tipo de trabalho.
Depois de
alguns minutos, ele disse: “Nós devemos amar os irmãos!” Percebeu que a maioria
dos alunos ficou assustada com a afirmação.
Ele não se deu
por vencido e repetiu a frase ainda com mais ênfase: “Nós precisamos amar os irmãos!”
Foi aquele
silêncio. A classe toda ficou escandalizada. Uma garota teve coragem, levantou
a mão e disse: “Mas a gente pode amar os irmãos?!”
Foi aí que
caiu a ficha e o seminarista entendeu o equívoco. As palavras que ele falava tinham
sentido diferente para ele e para os alunos.
Para estes,
amar era paquerar, namorar ou “fazer amor”. Para ele era servir e fazer o bem.
Irmãos, para os alunos eram os filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Para o seminarista
eram todos os filhos e filhas de Deus.
Isso, apesar
de todos aqueles alunos terem sido batizados. Somos, às vezes, sem perceber,
dominados pelo modo de pensar do mundo pecador.
Como é
importante ensinar a fé verdadeira nas escolas! “Os que tiverem ensinado a muitos
o caminho da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade” (Dn
12,3).
O
nó górdio
Alexandre
Magno foi rei da Macedônia, no Séc. IV A/C. Tinha fama de ser muito inteligente.
Como todos os chefes, ele também tinha opositores.
Havia, na
época, o célebre “nó górdio”, um nó que se dava numa corda, que ninguém conseguia
desatar.
Um dia, seus adversários
resolveram, para desmoralizá-lo, desafiá-lo em público, e de surpresa, a desatar
o nó górdio, que ele não conhecia.
Numa sessão
solene, com toda a corte reunida, foram-lhe apresentadas duas cordas amarradas
uma na outra com o nó, para que ele o desatasse.
O rei observou
o nó de todos os lados e viu que era mesmo dificílimo de ser desamarrado. Na
hora, desembainhou sua espada e, com um só golpe, cortou o nó no meio.
Em seguida, no
meio dos aplausos da plateia, pegou as duas cordas, antes amarradas, e entregou
ao que o havia desafiado. Isto aumentou ainda mais a fama e o prestígio do rei
Alexandre Magno.
Daí surgiu a
expressão “cortar o nó górdio”, que significa resolver um problema complexo, de
maneira simples e direta.
Às vezes, em
nossa vida, há situações semelhantes ao nó górdio. São difíceis de solucionar.
Nestes casos, existe a saída de Alexandre Magno: Em vez de achar a ponta da
miada, cortar o nó.
O
pai e os três filhos deficientes
Havia, certa
vez, um pai que tinha três filhos rapazes, os três deficientes. Um andava batendo
com o calcanhar no chão. O outro sacudia a mão direita o tempo todo. E o
terceiro arrastava um pé.
O que o pai
fez. Preparou um terreno para plantar feijão e encarregou os três de fazer o
plantio.
O primeiro,
com o calcanhar, ia na frente fazendo as covas. O segundo, que sacudia a mão,
ia jogando as sementes nas covas. E o terceiro, que arrastava o pé, ia cobrindo
as sementes com terra. Foi um sucesso.
A pessoa
humana tem uma grande riqueza de qualidades e uma capacidade enorme de superação
das limitações. Um deficiente deve usar as possibilidades que tem, e não ficar
lamentando as que não tem. Afinal, até uma deficiência pode ser transformada em
instrumento de serviço e de realização pessoal.
Vale aqui o
provérbio: Em vez de maldizer a escuridão, acendo um fósforo. Ou: Transformar
os obstáculos em trampolim.
Mal
que veio para o bem
Certa vez,
faltou energia elétrica em um bairro, à noite, bem na hora das novelas. O
"black-out" foi geral. O bairro todo ficou no escuro, inclusive as
ruas.
Felizmente, a
lua estava clara. Assim, as pessoas começaram a sair de suas casas e se encontrar
nas calçadas. Trouxeram cadeiras e começaram a bater papo. E acabou virando um
belo encontro de vizinhos.
Gente que há
tempo não conversava, só cumprimentava, agora teve oportunidade de se divertir
juntos.
E ninguém mais
se esqueceu da feliz noite em que faltou luz.
Não vamos
esperar faltar luz para nos encontrarmos com os nossos vizinhos. Não custa nada
parar um pouco, pedir notícias mais detalhadas e dialogar, ou mesmo convidar
para um aniversário. Principalmente se entre os vizinhos existir alguém que
mora sozinho, ou está doente.
A
criança testemunha
Em um bairro,
havia uma escola, e perto havia uma pinguela grande para atravessar o rio.
Um dia, na
hora em que as crianças saíam da escola, uma senhora bem idosa estava querendo
passar na pinguela, mas sentia medo. Ela caminhava alguns metros e voltava. Os
moleques riam dela.
Uma menina
correu até a velhinha, segurou-a pela mão e as duas atravessaram com facilidade
a pinguela. A garotinha estava tão acostumada a passar ali, que o fazia até com
os olhos fechados.
Infelizmente,
nem sempre valorizamos os idosos. Respeitar o idoso é respeitar a si mesmo.
Diariamente
Deus coloca em nosso caminho situações que nos dão oportunidade de fazer o bem,
dando testemunho do Evangelho.
Maria
Santíssima era solícita em ajudar os necessitados. Por isso era uma mulher
feliz.
Exemplo
de persistência
Thomas Alva
Edison (1847 - 1931) era americano e foi um cientista inventor. Ele já havia feito
995 experiências, todas fracassadas.
Alguém o
questionou, dizendo: “O que você está ganhando com isso? Está perdendo tempo!”
Ele respondeu: “Eu estou aproveitando sim. Aprendi 995 maneiras de não fazer”.
Na 996a
experiência, descobriu a lâmpada elétrica.
Na sua vida, Thomas
Edison registrou 2.332 patentes. Desenvolveu muitos dispositivos importantes e
de grande interesse para a indústria e para a nossa vida diária, como o aperfeiçoamento
do telefone, da máquina de escrever, e o sistema de alimentos empacotados a vácuo,
para a conservação. Ele é um dos precursores da revolução tecnológica do Séc.
XX.
Nossos
fracassos também nos ajudam, pois aprendemos como não fazer as coisas.
“Ao vencedor
farei sentar-se comigo no meu trono, como também eu venci e estou sentado com
meu Pai no seu trono” (Ap 3,21).
“Ó Mãe da
perseverança, teus olhos volve a nós!”
O
guarda penitenciário repreendido
Certa
vez, um jovem guarda penitenciário começou a tratar um dos presos com muita
afetuosidade. Um dos chefes chamou a sua atenção: “Você precisa mostrar
autoridade. Para isso, deve manter certa distância dos detentos. Esses homens
não prestam. Não lhes dê confiança nem fique mostrando os dentes”. O guarda
respondeu: “Ele é meu pai!” O diretor pediu desculpas.
Todos
os presidiários são nossos pais, irmãos, irmãs, filhos... Por isso precisamos
tratá-los bem. Eles são para nós a presença de Jesus: “Eu estava na prisão e me
fostes visitar” (Mt 25,36).
Nós cristãos
testemunhamos aos encarcerados o amor que Deus tem por eles. Qualquer pessoa necessitada
está livre para se locomover e ir atrás de uma ajuda, de um socorro. Já o preso
não. A única esperança dele é aparecer alguém ali, do outro lado da grade, com
quem possa expor suas necessidades. Por isso, seus olhos ficam horas e horas voltados
para a grade, esperando um parente, uma visita. “Hoje não veio. Quem sabe amanhã.”
O criminoso não
é só culpado, é também vítima. Há outros culpados atrás deles, muitos de
gravata.
Pare!
Até aqui arrastei meu pai
Havia, certa
vez, um senhor já bastante idoso, que vivia há alguns anos doente e prostrado
numa cama, sem poder levantar-se. Ele era viúvo e morava com um filho, casado.
O filho andava sempre nervoso com o pai.
Um dia, o
filho resolveu transferir o pai para um quartinho de despejo que ficava no fundo
do quintal. Levantou um lado da cama e começou a arrastá-la pelo terreiro.
A certa altura,
o pai falou: “Pare! Foi só até aqui que arrastei meu pai”.
Tal pai tal
filho. Os filhos aprendem mais com os olhos do que com os ouvidos.
“Honra teu pai
e tua mãe, para que se prolonguem os seus dias na terra que o Senhor teu Deus
te dará” (Êx 20,12).
A família
cristã é chamada de “Igreja doméstica”, porque seus membros vivem unidos na fé,
na esperança e na caridade. Ela reproduz, em nível menor, tudo o que se faz na
Comunidade cristã.
A família deve,
pelo exemplo, ensinar seus membros a cuidar dos idosos e mais fracos. “A
religião pura e sem mancha diante de Deus é esta: Cuidar dos órfãos e das
viúvas em suas necessidades, e conservar-se puro da corrupção deste mundo” (Tg
1,27).
O
exemplo das abóboras
Certa vez, um
sitiante estava levando para a cidade uma carroça cheia de abóboras. Em casa,
ele as havia ajeitado bem na carroça. Mas, devido aos solavancos, as abóboras
saíram de seus lugares, ficando desarrumadas.
O homem parava
a carroça, ajeitava as abóboras, mas era só começar a andar, desarrumava tudo
de novo.
A certa
altura, passou por ele um vizinho, que também levava abóboras em sua carroça.
Mas este nem ligava para as suas abóboras, se estavam arrumadas ou não.
Quando
chegaram à cidade, as duas carroças estavam com as abóboras do mesmo jeito. Foi
daí que surgiu o provérbio: “É no saculejar da carroça que as abóboras se
ajeitam”.
Isto vale não
só para abóboras, mas para o nosso dia a dia. É vivendo que aprendemos a viver.
“Caminheiro, você sabe, não existe caminho. Passo a passo, pouco a pouco, o caminho
se faz”.
Deus gosta de
ajudar quem está andando, e fazendo a sua parte.
O
vendedor de balões
Certa vez, um
senhor vendia balões numa quermesse. Tinha balões de todas as cores. De vez em
quando, ele soltava um, para chamar a atenção da criançada. Soltou um vermelho,
minutos depois, um azul, e depois um branco.
Havia, ali
perto, um menino negro, que observava. Olhava atentamente cada balão que ia
subindo, até sumir de vista.
Quando o
último subiu, ele se aproximou do vendedor e perguntou: “Se o senhor soltasse o
balão preto, ele sobia também?”
O homem sorriu
compreensivamente, arrebentou a linha que prendia um balão preto e, enquanto
este se elevava nos ares, disse ao garoto:
“Filho, não é
a cor que faz o balão subir, mas o que está dentro dele. Eu sempre solto balões
pretos também”. A cor não faz diferença entre nós. A diferença está no que cada
um traz dentro de si”.
”Não há mais
judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus ” (Gl
3,28).
O
cliente das quinze horas
Havia, certa
vez, um menino de dez anos que tinha muita vontade de bater um papo com o pai,
mas este nunca tinha tempo para ele.
O pai era
psicólogo famoso, e seu consultório estava sempre cheio.
Um dia, o
garoto teve uma ideia: Foi ao consultório e marcou uma consulta com o pai, mas
pediu à secretária que não lhe contasse que era ele. No primeiro dia vago, a
consulta foi marcada para as quinze horas.
No dia e
horário marcados, o menino apareceu. Quando saiu o cliente das catorze horas, o
médico telefonou à secretária pedindo que mandasse o cliente das quinze horas.
Quando o pai
viu o filho entrando em sua sala, enfiou a mão no bolso e disse, em tom repreensivo:
“Fale logo quanto você quer, porque eu vou atender o cliente das quinze horas”.
O menino respondeu: O cliente das quinze horas sou eu, pai.
Nesta hora, o
pai, que se julgava um homem bom, caiu das nuvens. Entendeu o pecado que vinha
cometendo, de não conversar com o filho em casa.
Sentou-se ao
lado do menino, abraçou-o, os dois choraram de emoção, depois disse: “Pode
falar, filho. Você tem uma hora para conversar com o seu pai. E hoje à noite,
terá mais tempo. Não só hoje, mas todas as noites”. E os dois conversaram, como
velhos amigos, sobre as bobaginhas de criança.
Para que os
pais possam ter filhos que se tornem bons cidadãos e bons cristãos, e assim
lhes deem alegria no futuro, é necessário ter tempo para eles.
Maria
Santíssima e S. José são modelos de pais. Que eles ajudem os pais e mães a
cumprirem bem a sua missão.
A
garra faz a diferença
Havia, certa
vez, um senhor que era muito criativo. Sua profissão era consertar aparelhos
domésticos.
Um dia, ele
inventou uma máquina. Mas, para construí-la, teve de vender tudo o que possuía.
Depois de
pronta, levou-a a uma indústria, mas não quiseram aceitar, dizendo que a máquina
não atendia ao padrão de qualidade da empresa.
Ele voltou
para a sua oficina e continuou aperfeiçoando a máquina. Trabalhou dois anos. Os
colegas diziam: “Você está louco!”
Veio a Segunda
Guerra Mundial e por duas vezes a sua oficina foi bombardeada, destruindo tudo,
inclusive a máquina. Mas ele não desanimou e a reconstruiu.
Terminada a
guerra, havia pouca gasolina no País. Não podendo usar o carro, adaptou um
pequeno motor na sua bicicleta.
No início,
zombaram dele. Entretanto, um vizinho lhe pediu que fizesse uma para ele também.
Outros foram pedindo... A fábrica daquele motorzinho teve de aumentar a produção.
Isso aconteceu
no Japão, e o nome desse senhor é Soichiro Honda, o inventor da motocicleta.
Tudo porque o sr.
Honda era persistente e não desistia diante dos obstáculos. Vale aqui o dito
popular: “Isso eu tiro de letra”.
A
lágrima mais bonita
Certa vez, no
Céu, Jesus mandou um anjo à terra com a incumbência de recolher a lágrima mais
bonita que ele encontrasse. Para isso, deu-lhe um cálice.
O anjo veio e
começou a andar... Viu um menino chorando. Achou bonito, colheu uma lágrima
dele e levou. Jesus lhe disse: “Não serviu. Esta lágrima é bonita, mas não é a
mais bela que existe lá na terra”.
O anjo voltou
e começou a procurar... Depois de andar muito, viu um velhinho agonizando.
Recolheu uma lágrima dele e levou. Também não serviu. O anjo veio novamente à
terra e continuou a procura.
Um dia, ele
viu um rapaz inocente, em um tribunal, sendo condenado. O anjo entrou no tribunal,
pediu a palavra e fez um discurso belíssimo, em defesa do réu. Todos ficaram
impressionados e o réu foi absolvido. O rapaz, feliz, deu um abraço na sua mãe
e esta chorou de alegria.
O anjo
recolheu no cálice uma lágrima dela e levou. Desta fez, foi aceita. A lágrima
da mãe, seja de dor ou de alegria, é a mais bela que existe na terra.
Viva
Deus e mais ninguém
Havia, certa
vez, um rei que era muito dominador. Ele criou uma lei obrigando todos os cidadãos
a dizerem: “Viva o rei e mais ninguém”.
Na beira da
praia, morava um pescador que nunca obedeceu a esta lei. Ele dizia: “Viva Deus
e mais ninguém”.
Um dia, o rei
ficou sabendo. Mandou chamar o pescador e lhe disse: “Ouvi dizer que você não
está cumprindo minha determinação”. O pescador respondeu: “Viva Deus e mais ninguém”.
O rei ficou
furioso e decidiu matá-lo. Para isso, criou um estratagema: Pegou um precioso
anel, entregou-o ao homem e disse: “Guarde este anel e daqui a um mês traga-o para
mim. Se você não o trouxer, morrerá junto com a esposa e os filhos. Se trouxer,
ganhará uma fazenda”.
O homem levou
o anel para casa, colocou-o dentro de um vidro, fechou bem e o enterrou no meio
da floresta, em um lugar secreto.
Mal sabia ele
que o rei tinha mandado um espião que, de longe, viu tudo. À noite, o espião
retirou o anel e jogou-o no mar.
Trinta dias
depois, o pobre homem foi desenterrar o anel, e não o encontrou. O vidro estava
lá, mas vazio.
Ele disse para
a esposa: “Como todos nós vamos morrer, vou pegar um peixe para comermos pela
última vez”.
Aconteceu que,
ao abrir o peixe, encontrou dentro dele o anel! Muito feliz, o pescador foi ao
palácio e entregar o anel.
Na frente do
palácio, viu a forca já preparada para ele e a família. Foi o contrário, acabou
ganhando a fazenda, porque palavra de rei não volta atrás.
Só Deus é o
Senhor absoluto, acima de todas as autoridades do mundo. Ele não é só poderoso,
mas é nosso Pai querido.
Céu
verdadeiro e céu falso
Certa vez,
três rapazes morreram juntos, num acidente. De repente, eles acordaram na outra
vida. Estavam andando numa estrada bonita, cheia de árvores, e sentiam muita sede.
Um pouco na
frente, viram uma chácara muito bonita. Tinha um jardim na frente, o piso da
entrada era todo de mármore e o portão de entrada era alto.
Um dos rapazes
falou para os outros: “Vocês fiquem aqui, que eu vou lá ver se encontro água
para nós”.
Apertou a
campainha, veio o porteiro e ele perguntou: “Que lugar é este?” “É o céu”, respondeu
o porteiro. O rapaz então pediu água. O porteiro disse que podia entrar e beber
à vontade.
“Mas eu tenho
dois colegas que também estão com sede. Posso chamá-los?” “Lamento muito”, respondeu
o porteiro. “Aqui não se permite a entrada de mais de uma pessoa”.
O rapaz ficou
muito desapontado e não teve coragem de beber água, deixando os colegas com
sede.
Juntou-se
novamente com os dois e continuaram caminhando.
Lá na frente,
viram outra chácara. Fizeram a mesma coisa. Aquele rapaz aproximou-se e os
outros ficaram esperando à distância.
Logo percebeu
que não havia portão. Era tudo aberto. Ele chegou até a porta da casa, que
também estava aberta, e bateu palmas. Veio uma pessoa que o recebeu com muito
carinho.
O jovem pediu
água. A pessoa disse que podia entrar e beber à vontade. “Eu tenho mais dois
colegas”, disse ele. “Posso chamá-los?” “Sim”, respondeu a pessoa. “Pode
chamá-los”.
Depois que os
três beberam, à vontade, de uma água gostosa e cristalina, a pessoa disse a
eles: “Podem voltar na hora que quiserem. Aqui não há chaves, é dia e noite
aberto”.
Eles
agradeceram. Aquele rapaz que havia chegado primeiro perguntou: “Como se chama
este lugar?” “É o Céu”, respondeu a pessoa. “Céu?! Mas o porteiro de uma
chácara lá atrás disse que lá é que é o céu”.
“É nada”,
disse a pessoa. “Lá é o inferno”. O jovem disse: “Mas essa informação falsa
deve causar grandes confusões”. “De forma alguma”, respondeu a pessoa. “Na verdade,
eles nos fazem um grande favor, porque os egoístas ficam todos lá”.
Vamos pedir a
Maria Santíssima, a Rainha do Céu e da terra, que nos ajude a não ser egoístas,
e já começar aqui na terra a construção do Céu, onde queremos viver eternamente.
Jesus chamou este “Céu antecipado” de Reino de Deus.
Os
cegos e o elefante
Certa vez,
cinco cegos estavam andando numa estrada, um ao lado do outro, cada um com sua
bengalinha.
De repente,
toparam com um elefante que estava em pé, atravessado no meio da estrada.
Quando eles
tocaram no animal, cada um teve uma opinião diferente:
- O cego que
estava no meio disse: “Iii! Há um paredão aqui!” É que ele estava passando a
mão na barriga do elefante.
- O outro
falou: “Não é parede, é uma palmeira”. Este tocava a perna do bicho.
- O cego que
estava ao lado retrucou: “Nada disso, é uma vassoura”. Este tocava o rabo do animal.
- Aquele que
estava do outro lado deu risada e disse: “O que é isso, gente! O que nós encontramos
foi um cobertor”. Ele esfregava a orelha do elefante.
- O último
interrompeu a conversa e disse: “Eu é que sei o que é isto aqui. É uma cobra
bem grossa”. Ele tocava a tromba do elefante.
E começaram
uma discussão sem fim. Até que chegou alguém e os acalmou, dizendo que todos estavam
certos, mas ao mesmo tempo nem um, pois o que eles tinham encontrado era um
elefante.
As coisas
deste mundo têm vários aspectos, e cada pessoa as vê do seu lado. As nossas experiências
são parciais. Mesmo enxergando, nós não vemos senão um aspecto, uma parte da
realidade. As outras pessoas podem ver outros aspectos e nos enriquecer.
Como é difícil
conviver com pessoas convencidas demais e que têm a pretensão de saber tudo!
Por outro
lado, como é fácil, como é gostoso conviver com pessoas humildes e conscientes
de suas limitações.
Esposa
salva firma do marido
Certa vez, uma
senhora percebeu que a firma do marido estava quebrando, e ele não contava a
ela para não preocupá-la. O jovem empresário vivia calado e meio triste.
Um dia, ela
disse ao esposo: “Bem, eu não estou suportando mais ficar em casa à toa. Gostaria
de trabalhar na firma. Posso?” Ele concordou.
Ela era
formada em contabilidade. Assumiu logo a parte contábil da firma.
Chegava antes
dos funcionários, fiscalizava tudo, saía na rua para fazer cobranças...
Meses depois,
a firma saiu do vermelho e começou a dar lucro.
Um dia, o
marido não aguentou mais. Deu um abraço e um beijo na amada esposa e disse
emocionado: “Querida, muito obrigado. Desde que você começou a trabalhar na firma,
eu já sabia o motivo”.
Há mil
caminhos de reconstrução da paz e da alegria dentro de casa.
O amor, muitas
vezes, se comunica sem palavras. O mundo está cheio de palavras bonitas, mas vazias
de testemunho.
Em qualquer
parte da terra, se ligarmos um celular, captaremos milhões de palavras, em todas
as línguas. Se palavras, sem o testemunho, resolvessem, não teríamos problemas.
Vamos também
difundir o amor, principalmente por ações.
Guido
e a fita branca
No começo do
Séc. XIX, foi batizado, na França, um bebê chamado Guido. A mãe guardou a vela
do batismo, que tinha uma fitinha branca amarrada.
No dia da
Primeira Comunhão, Guido recebeu Jesus tendo na mão aquela vela, acesa. Na
crisma, foi a mesma coisa.
Terminada a
crisma, a mãe tirou a fitinha branca da vela, entregou-a ao filho e disse:
“Guido, carregue sempre esta fita com você, e nunca a manche com o pecado”.
“Está bom, mamãe”, respondeu ele. E a mãe ainda disse: “Antes morrer que pecar,
viu filho?” “Sim, mamãe”, respondeu o adolescente.
Daí para
frente, Guido carregava sempre a fitinha branca no bolso.
Era o tempo de
Napoleão Bonaparte, e Guido foi chamado para a guerra. Tornou-se soldado de Napoleão.
Um dia, numa
batalha, Guido foi ferido gravemente. Pediu um padre. O padre veio. Ele se
confessou, recebeu a Unção dos Enfermos e a Comunhão. Depois, pediu ao padre:
“Por favor, tire do meu bolso uma fitinha branca e a entregue à minha mãe.
Diga-lhe que nunca a manchei”.
O padre, ao
tirar a fita do seu bolso, ficou comovido e disse: “Filho, a fita está manchada,
mas com o seu sangue!” Minutos depois, Guido morreu.
Benditas as
mães que nos ajudam a conservar a graça batismal até a morte, mesmo que ela
fique manchada com o nosso sangue. Este é o melhor gesto de amor que uma mãe
pode fazer ao filho ou à filha. E é também o melhor presente que um filho pode
dar à sua mãe.
O
executivo estressado, e o esterco
Certa vez, um
executivo de uma grande empresa ficou estressado, e foi aconselhado pelo médico
a fazer umas férias, de preferência bem longe da cidade, isolando-se das preocupações
do dia a dia.
O jovem senhor
foi para a fazenda de um amigo.
Mas lá
continuava inquieto. Pensou em alguma atividade física para vencer a ansiedade.
Conversou com
o administrador da fazenda e este lhe pediu para espalhar esterco na lavoura.
Ele concordou
e começou a trabalhar. Uma semana depois, já não havia mais esterco para
espalhar.
O
administrador lhe disse: “Como você vê, estamos iniciando a colheita de laranjas.
Peço-lhe que vá para o laranjal e lá separe as laranjas por tamanho: Pequenas,
médias e grandes”.
No fim daquele
primeiro dia, o administrador dirigiu-se ao laranjal e, ao se aproximar, viu a
seguinte cena: O nosso executivo estava com uma laranja na mão, os cestos
totalmente vazios, e ele dizendo para si mesmo: “Esta é grande. Não, é média.
Ou será pequena?” Pegava outra e dizia: “Esta é pequena. Não, é grande. Ou será
média?”...
Conclusão: A
única coisa que aquele executivo sabia mesmo era espalhar esterco.
O difícil para
ele era tomar decisões; por isso que ficou com stress.
A sociedade e
a Santa Igreja precisam urgentemente de cidadãos e de cristãos, mas não para
espalhar merda; alguns a jogam até no ventilador para que se espalhe mais rapidamente.
Precisam de pessoas que saibam tomar decisões.
Haja
o que houver, estarei ao seu lado
Havia, certa
vez, um pai que dizia para o seu filho: “Haja o que houver, sempre estarei ao
seu lado”.
Aconteceu,
naquela região, um terremoto muito forte. Quase todas as casas foram destruídas,
e muita gente morreu.
O pai estava
numa estrada, voltando para casa. Ao chegar, viu que sua esposa estava bem, mas
o filho estava na escola.
Ele correu
para a escola. Ao chegar, ficou estarrecido: O prédio havia caído; era um monte
de ruínas.
O homem
caminhou sobre os escombros, gritou o nome do filho, mas nada.
Ele calculou
bem o local da sala em que o filho estudava, e começou a retirar escombros, do
jeito que podia.
Aquela frase
que dizia ao filho, agora se tornou compromisso: “Haja o que houver, sempre estarei
ao seu lado”.
Muita gente
apareceu, insistindo para ele desistir, pois não havia mais esperança de sobreviventes,
e o que ele fazia era perigoso.
Mas o homem
não deu ouvidos. Ele sempre respondia: “Você vai me ajudar?” Até os bombeiros
tentaram dissuadi-lo.
A única coisa
que aquele pai queria era cumprir a promessa. Alguns até diziam: “Pobre pai,
ficou louco!”
Após dois dias
e duas noites de trabalho, sempre chamando pelo filho, ele ouviu uma voz: “Pai,
estou aqui!” Feliz, e ainda com mais força, continuou retirando escombros.
Resultado: O
menino estava vivo, quase morrendo de fome e sede, protegido por uma viga,
junto com mais nove colegas da classe.
Ele disse ao
pai: “Eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos
achar”.
Deus é nosso
Pai. Haja o que houver, ele estará sempre ao nosso lado.
Vamos imitar
esse menino, tendo mais confiança em Deus.
O
baile no inferno
Certa vez, um
rapaz morreu e estava na fila, esperando para entrar no Céu. Dali, avistou uma
festa na porta do inferno. Eram músicas, danças, garotas bonitas com roupas
eróticas...
Ele pensou:
“Está vendo aí? Inferno não é nada daquilo que diziam lá na terra”.
Mais tarde,
ele acabou deixando a fila e indo para lá. Ao chegar, o diabo o pôs para dentro
e trancou a porta.
Nesta hora, o
rapaz reclamou: “E aquela festa que eu vi lá fora ontem à noite?” “Aquilo era
só propaganda”, disse o diabo. “É para atrair vocês. Aqui dentro a realidade é
outra”.
Em seguida, usando
um grande garfo, fincou-o no rapaz e a jogou no tacho de enxofre fervendo.
É sempre assim.
O pecado se apresenta a nós com uma cara, mas a realidade é bem outra.
Na hora da
tentação, nós pensamos: Isso não é nada, ninguém vai ficar sabendo. Após o pecado,
vem o tentador e nos fala: Aquele ato acabou com você. Agora é um caminho sem retorno,
pode vir comigo.
Na realidade,
é tudo o contrário: Na hora da tentação, devemos pensar: Isso é ruim, ofende a
Deus. Depois que caímos, o certo é pensar: Isso não foi nada; Deus é meu Pai e
me perdoa.
Não nos
deixeis cair em tentação.
A
montanha de cristal
Havia, certa
vez, um rapaz que morava em um vale. Ao lado, havia uma montanha de cristal. O
povo assim a chamava porque ela tinha coisas lá em cima que à noite brilhavam
como cristal.
O rapaz tinha
muita vontade de escalar a montanha, para ver o que era. Mas todo mundo diziam
que era proibido. Ele perguntava por que era proibido, ninguém sabia. “É uma tradição
aqui da nossa região”, diziam.
Por isso ele
decidiu subir assim mesmo. Quebrar a tradição. Foi aquele escândalo geral. É um
rebelde! diziam. E muita gente nem falava mais com ele.
Apenas um
amigo seu o apoiava. Quando chegou o dia da partida, o amigo foi se despedir e
lhe deu uma caixinha amarrada em um cordão. “Pendure esta caixinha no seu pescoço
e leve com você”, disse ele. “Quando você se sentir muito só, sentir a solidão,
abra a caixinha”.
Ele colocou o
cordão com a caixinha no pescoço, a mochila nas costas, e foi.
Depois de um
dia de caminhada, quando já escurecia, ele estava bem no meio da mata, e começou
a escutar vozes que vinham de todos os lados. As vozes diziam: “Pare! Não suba!
Isso é nosso! Está invadindo a nossa propriedade!”
Ele ouvia as
vozes mas não via ninguém. Gritou bem alto: “Fale um de cada vez! Vamos
conversar!” Mas nada. As vozes continuavam falando todas ao mesmo tempo.
Ele disse: “Já
que ninguém quer conversar comigo, vou subir”. E continuou escalando a
montanha.
Mais em cima,
quando já estava escuro, armou uma forte tempestade. Eram ventos fortes,
trovões, nuvens carregadas... Iiih! Esqueci de trazer guarda-chuva! pensou.
Nisto, ouviu
uma voz suave, no meio da floresta: “Venha para cá, meu jovem. Você pode pegar
resfriado!”
Ele olhou e
viu um velho, com uma túnica branca, sorrindo para ele. Atendeu o convite e
entrou na gruta daquele senhor.
Lá dentro, já
bem agasalhado, perguntou para o homem: “Que vozes eram aquelas que me mandavam
parar de subir?” O velho respondeu: “É um pessoal que vive aí na montanha. Eles
pensam que são donos disto aqui. Mas não ligue para eles. Vá em frente”.
No outro dia
cedo, o jovem continuou sua viagem. Depois de várias horas, chegou finalmente
ao pico da montanha. Que beleza! Realmente havia muitos cristais, por isso que
brilhava à noite.
Naquela
emoção, sentiu vontade de partilhar sua alegria com alguém. Mas estava só! Lembrou-se
da caixinha e a abriu. Dentro havia um vidrinho com água cristalina, e um
papelzinho escrito: “São as lágrimas que chorei na sua partida”.
O jovem não se
sentiu mais só. Mesmo de longe, havia alguém pensando nele.
Todos nós
temos ao nosso lado uma montanha de cristal. É o nosso ideal, o nosso sonho de
vida. Para escalar, nada melhor que ter um amigo. Mesmo longe dele, mesmo nas
horas duras, não nos sentiremos sozinhos. É como se ele ou ela estivesse ali ao
nosso lado.
E temos ao
nosso lado, nas vinte e quatro horas do dia, o nosso melhor Amigo: Jesus
Cristo: “Eu não vos chamo servos, mas amigos” (Jo 15,15).
O
marinheiro que não olhava para cima
Havia, na
antiguidade, um jovem marinheiro que estava fazendo a sua primeira viagem em
alto mar. E começou uma forte tempestade. O navio balançava. O marinheiro subiu
à parte mais alta do navio, a fim de verificar as condições das velas.
Mas, lá em
cima, cometeu um erro: Começou a olhar para baixo. O movimento do navio,
combinado com o das ondas, o deixava tonto.
Ele já estava desistindo,
quando um colega gritou: “Olhe para cima!” Foi só ele olhar para cima, passou a
tontura e pôde verificar as condições das velas.
Aquele grito
do colega é dirigido também a nós, que vivemos neste mar revolto da vida. Olhando
para cima, encontramos um Pai amoroso que nos dá a mão e tudo irá bem, pois ele
é infinitamente poderoso.
A intercessão
de Maria é um desígnio divino. Olhando para ela, estamos vendo a face materna
de Deus.
Não
sei, mas não estou perdido
Certa vez, um
senhor estava dirigindo o seu carro numa estrada de terra, e se perdeu. Ia para
um lado e para o outro e, quanto mais andava, mais perdido se sentia.
Viu um homem
com uma enxada nas costas, parou e perguntou:
- “Por favor,
qual é a distância daqui até a cidade?”
- “Não sei não
senhor”, respondeu o homem.
- “Existe
algum telefone público por aqui?”
- “Não sei não
senhor”.
- “E um posto
policial, para a gente pedir informação, existe?”
- “Não sei não
senhor”.
Nessa hora, o
motorista comentou: “Puxa vida, você não sabe nada!” O agricultor respondeu:
“Mas não estou perdido, não senhor”.
Mesmo que não
saibamos muitas coisas, o importante é não estarmos perdidos na vida. Saber de
onde viemos, para onde vamos e qual é a nossa missão neste mundo. Sabemos que
fomos criados para conhecer, amar e servir a Deus na terra, e gozar com ele no
Céu.
Maria
Santíssima é “como o farol que lá se vê nos mares, que indica aos lares que buscando
vão”. Ela esteve unida à Igreja apostólica, como presença orante. Hoje ela faz
o mesmo.
O
mendigo e seu saco de bugigangas
Certa vez,
vivia numa pequena cidade um mendigo. Carregava sempre um saco sujo nas costas
e pedia esmolas. Todo mundo o conhecia, mas ninguém olhava o que ele carregava
dentro daquele saco. Um dia, ele morreu.
A polícia
abriu o saco e, para surpresa de todos, encontrou uma grande pedra de diamante,
que valia milhões.
Se ele tivesse
descoberto, teria se tornado o homem mais rico da cidade. Morreu mendigo porque
não sabia o que carregava.
Todos
carregamos em nossa bagagem um valiosíssimo tesouro: O amor que Deus, nosso Pai
querido, tem por cada um de nós.
Pena que
muitas vezes não temos consciência disso, e passamos a vida como mendigos, em
busca da felicidade e da paz.
Vamos abrir a
nossa bagarem e ajudar o nosso irmão a abrir a dele, a fim de descobrirmos as riquezas
que trazemos.
“Como crerão
naquele que não ouviram? E como o ouvirão, se ninguém o proclamar? E como proclamarão,
se não houver enviados? Assim é que está escrito: Quão bem-vindos os pés dos
que anunciam boas novas!” (Rm 10,14-15).
O
egoísmo é tóxico que mata
Certa vez, um
homem, que morava sozinho, ganhou uma herança bem grande, e comprou uma chácara.
Construiu nela um jardim, um viveiro de pássaros raros e bonitos, e um pomar.
Para que
ninguém pegasse frutas do pomar, nem flores do jardim, nem pássaros, ele construiu
em volta um muro alto.
Para que
ninguém ouvisse o canto dos pássaros, ele cercou o viveiro com isolamento acústico.
As flores do
jardim começaram a exalar seu agradável perfume. Para que ninguém o sentisse,
ele cercou o jardim com vidros.
Tempo depois,
esse homem começou a atrasar no pagamento dos impostos municipais. Os fiscais
comunicaram à polícia e esta invadiu a propriedade. Coisa triste. Os pássaros
estavam mortos, as flores murchas, as frutas podres no chão, e o homem estava
morto, trancado dentro de sua casa.
O egoísmo é
tóxico, ele mata. O egoísmo escraviza e destrói, o amor liberta e constrói.
Somos “expert”
em identificar o egoísmo alheio, e com isso estamos acentuando o nosso. Nenhum
egoísta aceita ser chamado assim, e sempre tem um bom argumento para justificar
suas atitudes. O egoísmo é a raiz que conduz ao vício. Viciado é todo aquele
que perde o comando da sua mente aprisionada à busca de si mesmo.
Que sejamos
bem o contrário desse homem, e vivamos para amar e servir.
Pe.
Josimo de Marais Tavares
Pe Josimo
trabalhava na Diocese de Imperatriz, MA. Dia 27/04/1986, ele disse, na Assembleia
Diocesana:
“Vocês sabem
que alguns latifundiários querem me matar, unicamente porque eu celebro a santa
Missa nas Comunidades cristãs rurais da minha Paróquia, nas quais existem áreas
invadidas por eles. Quero deixar claro a vocês que essa perseguição não é fruto
de nenhuma ideologia política da minha parte. É unicamente porque sou padre e
estou ao lado do povo sofrido. Mas Jesus disse: ‘O discípulo não é superior ao
mestre. Se perseguiram a mim, vão perseguir a vós também’ (Jo 15,20).
Muitos me
pedem para ir embora daqui. Mas eu não vou, a não ser que o Sr. Bispo me mande.
Eu penso que, se me afastasse da minha Paróquia, seria como um pastor que
abandona o seu rebanho”.
Duas semanas
depois, dia 10/05/1986, um pistoleiro atirou no Pe. Josimo pelas costas, e o
matou.
Ele estudou
filosofia e teologia em Aparecida SP, no Seminário Bom Jesus. Morreu com trinta
e três anos de idade.
“Aqueles que
se entregam aos outros por amor a Cristo, se morrem, morrem só aparentemente.
Todo esforço para melhorar a sociedade é abençoado por Deus. Mesmo que passem
pela dor, pelo sofrimento e até pela morte, continuam vivos em Deus e presentes
no meio de nós. Nós cristãos sabemos que a última palavra não é a da morte, mas
da vida” (Dom Oscar Romero, Arcebispo de El Salvador, também assassinado).
A
Loja Sete Sinos
Havia, certa
vez, um comerciante que tinha a sua loja em uma rua central da cidade. Entretanto,
havia tantas lojas do mesmo ramo, que ele não vendia quase nada. As pessoas
passavam, olhavam, mas nem entravam.
Ele resolveu
consultar um especialista em marketing, para ver o que fazer. Este lhe disse:
“Coloque na frente da loja o seguinte nome: ‘Loja Sete Sinos’. Embaixo do nome,
pendure apenas seis sinos”. O proprietário estranhou a sugestão, mas resolveu
tentar.
O resultado
foi imediato. As pessoas entravam para alertá-lo do erro e, vendo seus produtos,
acabavam comprando. E, assim, a loja ficou famosa na cidade.
Mesmo que seja
para alertar dos erros, vamos participar da nossa Comunidade e de suas pastorais.
A
estratégia santa
Certa vez, uma
moça estava chorando, devido ao falecimento do irmão. Eles eram muito amigos.
Já estava
chegando a hora do enterro, e ela não conseguia chegar perto do caixão. A
família estava preocupada, porque, se ela não o visse, no futuro o seu
sofrimento poderia ser maior.
Uma amiga dela
rezou, e teve uma ideia: Tirou da bolsa o seu Terço, aproximou-se da amiga, abraçou-a
e lhe pediu que colocasse o Terço nas mãos do seu irmão.
A moça atendeu
o pedido. Não só colocou o Terço, mas beijou o irmão. Daí para frente ficou
calma, e não saiu mais de junto do caixão.
Maria
Santíssima é nossa Mãe e nos ajuda, especialmente nas nossas horas mais difíceis,
intercedendo por nós. Mas precisamos rezar, como fez a amiga.
O
home mais forte do mundo
Certa vez, uma
catequista deu para seus alunos a seguinte tarefa: Cada um vai fazer um desenho,
mostrando o homem mais forte do mundo.
Saiu de tudo:
Popó, Mike Tyson, Sansão, Barack Obama...
Mas uma
criança fez um desenho original. Desenhou um homem de joelhos, rezando. A catequista
disse que aquela criança fez o melhor desenho.
Todos somos
fracos, mas Deus é forte. Ele está ao nosso lado, querendo nos ajudar, mas não
entra na nossa vida, se não pedirmos. E, quando ele entra, nós nos tornamos a
pessoa mais forte do mundo.
Para
o outro, o melhor
Certa vez, um
casal estava tomando o café da manhã, exatamente no dia das bodas de ouro. A
esposa passou a margarina na casca do pão, deu para ele e ficou com o miolo.
Ela pensou: Durante
cinquenta anos eu quis agradar o meu marido, dando-lhe a parte melhor do pão,
que é o miolo. Mas hoje ele me desculpe, eu é que vou comer a parte melhor.
Para sua
surpresa, o rosto do esposo iluminou-se em um belo sorriso e ele disse: “Querida,
muito obrigado por este presente. Sempre eu quis comer a casca do pão, mas,
como você gosta mais da casca, eu nunca disse nada”.
Dá para
entender por que eles perseveraram unidos e felizes. Cada um sempre quis agradar
o outro, mesmo se sacrificando.
Deus é amor. É
pelo amor, vivido com perseverança, que nós nos tornamos continuadores de Jesus
na terra.
Que Maria
Santíssima, a Esposa e Mãe modelo, abençoe os casais.
O
burrinho verde
Havia, certa
vez, um burrinho que nasceu diferente dos outros. Era verde. Logo que cresceu e
percebeu a diferença, ele ficou complexado, com vergonha de não ser igual aos demais.
Por isso, sempre se isolava.
Os colegas
percebiam e o tratavam diferente. Entretanto, a sua mãe o valorizava. Ela dizia:
“Meu filho, você é especial para mim. Você será um burro especial, e muito
importante, quando crescer”.
Isso animava o
burrinho e o levava a procurar o seu lugar na sociedade dos burros.
Até que a
encontrou. Apareceu na cidade um circo, cujo dono o contratou, justamente por
ser verde. Ensinou-lhe algumas artes, e o burrinho verde começou a ser fonte de
lucro para o circo. O dono ficou feliz, e o burrinho também.
Todos nós
somos importantes e temos um lugar na sociedade. Cada um do seu jeito, podemos
nos realizar, servindo o próximo e sendo felizes.
Até um doente
acamado pode sorrir para quem o serve, e assim ser feliz.
O
vento e o sol apostam quem é mais forte
Certa vez, o
sol e o vento fizeram uma aposta para ver qual deles conseguia fazer um homem
tirar a sua capa.
O vento foi o
primeiro a agir. Começou a soprar sobre o homem, com toda a força. Mas, ao
invés de tirar a capa, o homem enrolava-se mais nela.
O vento entrou
por baixo da capa, levantou-a, mas o homem a segurava. Soprou do outro lado, depois
fez um redemoinho em volta do homem, e nada; ele não tirou a capa. Cansado, o
vento desistiu.
Chegou a vez
do sol. Ele apareceu de mansinho lá no horizonte, com a sua cara cinzenta, e
começou a bater sobre o homem. Logo este desabotoou a capa.
O sol
levantou-se mais, descobriu o seu rosto dourado, e jogou sobre o homem os seus
fortes raios de fogo. Em poucos minutos, o homem já transpirava, e tirou a capa.
O sol deu uma
piscadinha para o vento e este, envergonhado, foi esconder-se nas rochas da
montanha.
A luz, o sal e
o fermento agem sobre nós como o sol. São calmos, silenciosos e lentos, mas são
constantes. Por isso que sua ação é eficaz e irresistível.
O mundo seria
bem melhor se irradiássemos mais o Sol que é Jesus.
A
moça de olhos pretos
Havia, certa
vez, uma família bem ligada à Igreja. Eram vários irmãos, todos de olhos azuis.
Mas uma garota tinha os olhos pretos.
Quando ficou
adolescente, ela se preocupou com isso e rezava todos os dias, pedindo a Deus que
mudasse a cor dos seus olhos. Não foi atendida.
Quando se
tornou jovem, ela foi convidada para trabalhar como missionária em um país distante,
cujo povo tinha os olhos pretos.
Lá, as famílias
pobres vendiam seus filhos no templo, para serem sacrificados aos deuses.
Como as mulheres
andavam na rua com o corpo totalmente coberto, inclusive a cabeça e o rosto, aparecendo
somente os olhos, ela usava também aquela roupa, e assim comprava as crianças que
iriam ser sacrificadas, e ninguém percebia que ela era estrangeira.
Se os seus
olhos não fossem pretos, o pessoal do templo percebia que ela era estrangeira e
a denunciaria.
Foi só aí que
ela entendeu por que tinha os olhos pretos.
Deus tem um plano
maravilhoso para cada um de nós, e já nos criou adaptados a esse plano, inclusive
na cor dos olhos.
Somos da família
de Jesus. Ele é nosso irmão e a sua Mãe é Mãe nossa também. Santa Mãe Maria,
intercedei por nós, a fim de entendermos a nossa vocação!
Eu
não durmo sem rezar
Certa vez, uma
menina de seis aninhos estava internada em um hospital, para ser operada. Tinha
de tomar anestesia geral.
Quando o
anestesista chegou ao seu quarto, disse a ela: “Olhe, filha, você vai tomar um
remedinho e daqui a pouco vai dormir”.
Ela disse:
“Então eu posso rezar?” Ele respondeu: “Pode, mas por que você quer rezar, está
com medo?” “Não”, disse ela. “É porque eu não durmo sem rezar”.
Com toda
naturalidade, a menina juntou as mãozinhas e fez sua oração, aquela que ela
fazia todas as noites, antes de dormir.
“Os discípulos
aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no Reino dos Céus?’ Jesus
chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Se não vos converterdes e
não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 18,1-3).
O respeito
humano é um pecado de nós adultos, não das crianças. Não vamos guardar no bolso
a nossa fé, só porque estamos junto com pessoas estranhas. É justamente aí que
precisamos dar testemunho.
Sentir
Deus como Pai cura depressão
Certa vez, um
senhor estava desesperado, devido aos grandes problemas, em diversas áreas de
sua vida. Procurou um monge que tinha fama de santo e de sábio, e lhe pediu
orientação.
Quando o homem
começou a expor a sua situação, o monge percebeu que ele estava tão tenso que
não tinha condições de acompanhar um raciocínio. Era início de depressão.
Depois que o
homem falou tudo o que queria, o monge simplesmente lhe disse: “Por favor, repita
a frase que eu vou falar: ‘Deus é meu Pai”. O homem repetiu: “Deus é meu Pai”.
O monge
continuou dizendo, calmamente e devagar, a mesma frase, e ele repetindo.
Quando tinham
repetido mais ou menos dez vezes, o homem se emocionou e começou a chorar. Depois
disse: “Desculpe, padre, foi a primeira vez que eu senti que Deus é meu Pai”.
O monge lhe
disse: “Você encontrou a saída. Tem um grande e poderoso amigo ao seu lado, nas
vinte e quatro horas do dia, com quem pode se abrir e pedir ajuda”.
O monge lhe
deu as orientações sobre os problemas apresentados, e os dois se despediram.
A consciência
da presença de Deus nos acalma e nos dá confiança.
A
entrevista em um asilo
Certa vez, um
repórter resolveu entrevistar os velhos de um asilo.
Aproximou-se
de um senhor e perguntou: “Quantos anos o senhor tem?” Ele respondeu: “89” . “O que o senhor fez para
viver até esta idade?” perguntou o repórter. O homem respondeu: “Sempre me levantei
cedo, nunca o dia amanheceu comigo na cama”.
O repórter
aproximou-se de outro e perguntou: “O que o senhor fez para chegar a esta idade?”
Ele respondeu: “Fiz regime. Nunca comi em excesso”. E quantos anos o senhor
tem?” “93” ,
respondeu o velho.
Fez a mesma
pergunta a outro e este disse: “Nunca tive vícios, não fumei nem bebi em excesso”.
Quantos anos o senhor tem?” “85” .
O repórter aproximou-se
de um velho todo alquebrado e perguntou: “O que o senhor fez para chegar a essa
idade?” O homem disse: “Olhe, eu fumava, bebia a ponto de cair, passava a noite
em farras...” “E quantos anos o senhor tem?”, perguntou o repórter. Ele respondeu:
“42”.
Que amemos
mais a vida e a saúde, pois são dons de Deus e meios valiosos para fazermos o
bem.
O
sapo e a onça se desentendem
Certa vez, a
onça e o sapo brigaram. Cheia de raiva, a onça pegou o sapo por uma das perninhas,
a fim de lhe dar um castigo.
O sapo
suplicou: “Dona onça, eu não sei nadar. Por favor, não me jogue naquele lago! Jogue-me
nesta pedra!” A onça, mais que depressa, atirou o sapo bem no meio do lago.
Muitas vezes,
o mal que as pessoas nos fazem são, na verdade, um bem para nós. “Tudo concorre
para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28).
“Os filhos
deste mundo são mais espertos, em seus negócios, do que os filhos da luz” (Lc
16,8). Deus quer que invertamos e sejamos mais espertos que os malvados, que
Jesus chama de “filhos deste mundo”.
Filho
do governador e filho de Deus
Certa vez, um
missionário estava pregando as Santas Missões em uma cidade. Um rapaz cumprimentou-o
e se apresentou, dizendo, com certa arrogância: “Eu sou filho do governador”.
O padre estendeu
a mão e disse: “Muito prazer, e eu sou filho de Deus”.
O missionário
ganhou de dez a zero, pois Deus é infinitamente superior ao governador.
A nossa missão
é fazer com que todos e todas sejam respeitados nesta sua grande dignidade, a
mais alta que um ser humano pode ter.
Até um
mendigo, se é batizado, é mais importante que o filho de um governador.
Se formos bons
filhos e filhas de Deus, seremos também bons irmãos e irmãs uns dos outros.
Diante desta
grande dignidade, caem todas as diferenças entre nós. “Não há mais judeu ou
grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós seis um só, em Cristo
Jesus” (Gl 3,28). Esta é a nossa vocação: Quebrar as diferenças, derrubar as
barreiras e construir pontes.
A
transformação acontece aos poucos e começa dentro de nós. Ela vai se irradiando,
como as ondas que se formam quando jogamos uma pedra em um lago.
“Deus enviou
seu Filho nascido se uma mulher... e todos recebemos a dignidade de filhos de
Deus” (Gl 4,4). A nossa gratidão a Deus pelo presente, e a Maria que foi o instrumento
para a nossa filiação divina.
O
especialista em moedas falsas
Havia, na
antiguidade, um especialista em moedas falsas, que passava o dia estudando uma
única moeda de ouro. Dias e dias, meses a fio, estudando a mesma moeda.
As pessoas
ficavam curiosas para saber por que ele não escolhia outra, uma falsa, por exemplo,
para descobrir o que estava errado nela.
Um dia, alguém
criou coragem e lhe perguntou: “Se o senhor é contratado para descobrir moedas
falsas, por que só estuda moedas legítimas, e nem olha para as falsas?”
Ele respondeu:
“Meu amigo, eu não preciso conhecer as moedas falsas. Se conheço bem as verdadeiras,
cada detalhe delas, eu saberei, na hora, reconhecer uma falsa”.
Está
aí uma boa dica para nós que queremos ser fiéis discípulos de Jesus, como foi Maria
Santíssima: Olhar mais para Jesus, a fim de conhecê-lo melhor. Assim, saberemos
distinguir a vontade dele, dos milhares de propostas que nos são apresentadas
diariamente.
O
mundo está cheio de caminhos errados. Nós não precisamos conhece-los. Basta conhecer
o caminho certo que é o Evangelho de Jesus. Há crimes e fraquezas humanas dos
mais diversos tipos. Não precisamos conhecê-los. O importante é conhecer e divulgar
os bons exemplos.
Se dedicarmos
mais tempo ao conhecimento de Jesus, através da Santa Igreja e dos Evangelhos,
quando estivermos diante de qualquer situação, por mais complexa que seja,
saberemos discernir o que está de acordo com Jesus e o que não está.
Maria
Santíssima é a legítima discípula de Jesus. Junto dela, não erraremos nunca o
caminho.
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