HISTÓRIAS DE VIDA-JULHO 13
Toda
a família entrou no convento
S. Bernardo de
Claraval viveu na França, no Séc. XII. Quando era criança, a mãe faleceu,
ficando o pai com sete filhos pequenos.
Bernardo
cresceu e, como jovem, entrou em um mosteiro para se tornar monge. Logo, os irmãos
e irmãs começaram a ir também.
Por fim,
sobraram em casa o pai e o irmão mais novo, chamado Nivaldo. Um dia, o pai
disse para o Nivaldo: “Filho, eu estou com vontade de ir também para o convento.
Por isso, eu deixo de presente para você todos os nossos bens: Esta casa, com
tudo o que está dentro, e as nossas terras. Concorda?”
Nivaldo
respondeu: “Bonito, hein pai! Vocês escolhem o Céu e deixam a terra para mim?
Querias! Eu também vou. O senhor pode dar fim em tudo isso”. Assim, toda a
família ingressou na Vida Religiosa.
De fato,
Nivaldo tinha razão, porque o Céu é mais importante que a terra.
“Aí, então,
eles vão jejuar” (Mc 2,20). O nosso jejum principal é a prática das virtudes
cristãs, inclusive o desapego dos bens da terra, como fez Nivaldo.
Como Jesus
disse para Marta: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas
coisas. No entanto, uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta
não lhe será tirada” (Lc 10,41-42).
Que Maria Santíssima
nos ajude a abandonar o homem velho e nos deixar embriagar pelo vinho novo que
é a Reino de Deus.
Poeta
é acusado de louco
Sófocels foi
um dos maiores poetas e dramaturgos de todos os tempos. Ele viveu em Atenas, na
Grécia, no Séc. V A/C.
Tinha dois
filhos rapazes. Estes, ávidos de pegar logo a herança do pai, foram à justiça e
o acusaram de louco. Isso porque, pela lei da Grécia, se o pai fosse declarado
louco, os filhos podiam pegar logo a herança.
No dia do
julgamento, Sófocles compareceu no tribunal. Reuniu-se muita gente, porque o
povo estava curioso para ver como que Sófocles ia se defender.
Depois que os
filhos terminaram a acusação, o juiz deu a palavra a Sófocles. Ele, calmamente,
levantou-se e recitou sua última poesia, que não tinha nada a ver com a defesa.
Quando
terminou, todos o aplaudiram de pé, pois era mais uma obra prima de arte.
Ao invés de
condená-lo, o juiz condenou os dois filhos e os mandou para a prisão. E as pessoas
presentes colocaram na cabeça de Sófocles uma coroa de louro, e o declararam o
poeta da cidade.
Quando João
Batista mandou seus discípulos perguntarem a Jesus se ele era o Messias, Jesus
também respondeu com ações. Disse-lhes: “Ide contar a João o que estais ouvindo
e vendo: Cegos recuperam a vista...” (Lc 7,22).
Em outra
ocasião, Jesus tomou a mesma atitude, com dois discípulos de João Batista. Eles
foram atrás de Jesus e lhe perguntaram: “Mestre, onde moras?” Jesus respondeu:
“Vinde ver”. Eles foram, passaram aquele dia com Jesus, depois se tornaram seus
discípulos (Cf Jo 1,35-39).
A vocação de
Maria Santíssima é, depois de Jesus, a mais bonita da Bíblia. Mãe das vocações,
rogai por nós.
Rãs
caem em cisterna velha
Certa vez, um
grupo de rãs estava pulando distraidamente em um campo, e caíram numa cisterna
velha. Como havia água no fundo, elas não morreram. Mas não conseguiram mais
sair dali.
Com o passar
do tempo, elas se reproduziram, e contaram a história para seus filhotes: “Nós
estamos aqui porque caímos. Existe, lá fora, um mundo muito mais bonito. Tem sol,
flores, borboletas, centopeias...”
Entretanto,
quando elas morreram, e os filhotes foram contar para seus filhotes, estes já
não acreditaram muito. Pensavam que aquilo era uma invenção, uma fantasia. O
mundo é mesmo redondo e escuro, pensaram.
E assim, com o
passar das gerações, aquelas histórias viraram contos de fadas.
Muitas vezes,
acontece algo semelhante conosco em relação à Redenção. As pessoas falam:
“Felicidade não existe. O mundo é triste, só tem mentira, falsidade, corrupção
e violência”.
Falam isso
porque não conhecem o outro mundo que Adão e Eva perderam e que Jesus recuperou.
É um mundo mais bonito, e possível de ser construído, porque está presente nas
Comunidades cristãs. Basta acreditar no sonho e fazê-lo virar realidade. “A fé
é a certeza daquilo que se espera, a demonstração de realidades que não se veem”
(Hb 11,1).
Precisamos,
como Jesus, ir atrás das pessoas que estão mergulhadas no pessimismo e convidá-las
à alegria e à esperança.
“Eu quero ver,
eu quero ver acontecer. Um sonho bom, sonho de muitos, acontecer.”
A mãe não
exclui nenhum filho, e se preocupa de preferência com os mais afastados, rebeldes
e problemáticos. Assim é Maria Santíssima conosco.
A
cruz, símbolo respeitado
Na
antiguidade, um rei foi informado a respeito de um plano secreto para
derrubá-lo do trono. Convocou sua polícia e esta descobriu os conspiradores.
O rei pediu
que lhe trouxessem a lista deles, a fim de serem severamente punidos.
Logo o general
voltou ao palácio e entregou ao rei uma lista dizendo: “Majestade, os conspiradores
são estes marcados com uma cruz”.
O rei lhe
disse: “General, o senhor acaba de me impedir de castigá-los. Como eu iria vingar-me
deles, se estão marcados com o sinal de Cristo?” E todos os conspiradores foram
anistiados.
Se até um
sinalzinho de cruz, feito em um papel, é respeitado, quanto mais o Evangelho de
Jesus e seus mandamentos. Afinal, todos nós fomos, no batismo, marcados com o sinal
de Cristo, que é a cruz.
O Santos Padre
da Igreja primitiva recorriam à intercessão da Virgem Santíssima para obter do
Espírito a capacidade de gerar Cristo e dá-lo ao mundo.
A
caixa de Pandora
Existe uma
lenda, tirada da mitologia grega, que quer explicar a origem do mal no mundo:
Havia uma deusa muito bonita, chamada Pandora. Quem a enfeitava eram Minerva e
Vênus. E Mercúrio a educava, para ser cada vez mais conquistadora.
Júpiter, que
era um deus muito poderoso, tinha um grande inimigo, chamado Prometeu. Então
Júpiter encarregou Pandora de estragar a vida de Prometeu.
Deu a Pandora
uma caixa muito bonita e disse: “Conquiste Prometeu. Faça-o apaixonar-se por
você. Quando ele estiver apaixonado, dê-lhe esta caixa, como se fosse um presente”.
Pandora assim
fez. Prometeu apaixonou-se por ela e, embebido no amor, esqueceu-se da prudência
e abriu a caixa. Imediatamente saíram da caixa todos os males, e se espalharam
pelo mundo: O ódio, a vingança, as maledicências, os assassinatos, as doenças e
todos os outros males.
Os povos
antigos tentavam explicar a origem do mal, e o faziam geralmente usando a fantasia.
Era no
espírito mau que os judeus encontravam a origem dos males do mundo. Nós sabemos
que essa expressão “espírito mau” deve ser entendida de forma ampla. Ela não se
refere só ao demônio, mas também ao mal que está no mundo, e ao que está dentro
de nós mesmos, feridos que somos pelo pecado.
Que Maria
Santíssima, a Imaculada, nos ajude a não nos deixarmos levar pelos espíritos
maus. E também a termos uma fé convicta, a fim de sermos um instrumento de Deus
na libertação dos que são possuídos pelas forças do mal.
O
barulho no andar de cima
Havia, certa
vez, duas famílias que moravam no mesmo prédio. Uma exatamente em cima da
outra. A divisão dos apartamentos era igual e as camas dos dois casais ficavam na
mesma posição.
Todos os dias,
à meia noite, o homem de baixo acordava quando o de cima tirava suas botinas, porque
elas eram pesadas e ele as deixava cair no piso, fazendo barulho.
Um dia, os
dois se encontraram no elevador e, o que morava embaixo teve coragem e contou o
caso. O outro pediu desculpas. “Por que você não me falou antes!” lamentou.
No dia
seguinte, os dois desciam novamente juntos no elevador. O de cima perguntou: “E
nesta noite, como foi?” O de baixo, que estava com os olhos vermelhos,
respondeu: “Após a primeira botina, eu fiquei o resto da noite esperando a segunda”.
O que
aconteceu foi que o de cima, quando tirou a primeira botina, deixou-a a cair
como sempre. Mas logo se lembrou, e a segunda colocou devagarinho no piso. O de
baixo, como já estava condicionado ao barulho de duas botinas, ficou o resto da
noite esperando a segunda.
Ser bom
vizinho. Depois dos de casa, os vizinhos são os nossos próximos mais próximos.
Mãe
põe seu bebê doente sobre o Altar
Certa vez, na
Coreia, estava havendo uma Missa, e na homilia o padre falou sobre a oração.
Dizia que tudo o que pedirmos com fé, receberemos. Mas a fé precisa ser firme,
insistia ele.
Uma mãe estava
com o seu bebezinho doente no colo, e queria que Deus o curasse.
Terminada a
celebração, o padre estava de costas para o Altar, ela foi e colocou o bebê em
cima do Altar. Quando o padre viu, perguntou a ela por que fez aquilo. Ela
disse:
“O senhor não falou
que precisa ter fé? Eu tenho. Por isso que coloquei o meu filho aqui, para que
Deus o cure”.
De fato, o
filho dela sarou. Não naquela hora, mas depois, com a ajuda dos médicos. Deus
costuma dar-nos suas graças, mas sem dispensar a mediação humana. No caso da
doença, sem dispensar a medicina, que foi ele mesmo que criou, e que inspira os
médicos, fabricantes de remédios, enfermeiros...
No comecinho
da Igreja, os milagres eram repentinos, porque a Igreja estava nascendo. Mas
normalmente não é assim, nem precisa. Deus faz as coisas na hora certa. E é ele
que sabe a hora certa. Quem tem poder não tem pressa.
“Se tiverdes,
fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para
lá’, e ela irá. Nada vos será impossível” (Mt 17,20).
O
exemplo das abelhas
Havia, certa
vez, um menino que era cheio de ilusão. Falava que ia ser músico. O pai deu-lhe
um instrumento e queria contratar um profissional para ensiná-lo a tocar. Mas o
garoto disse:
“Não precisa,
pai! Eu toco do meu modo”. E começou a tocar. Virava, mexia, e só saía uma
nota. O menino não conhecia os segredos do instrumento.
Foi ficando
com raiva, e disse: “Essa droga não presta!” E jogou o instrumento no lixo.
Não é possível
ser autodidatas em tudo. Precisamos aprender dos outros. É vivendo e aprendendo,
aprendendo e ensinando.
A aranha, para
fazer a sua teia, tira tudo de dentro dela. A formiga faz o contrário: Paga,
com suas garrinhas, a folha e a leva toda para a sua casa, sem acrescentar nada
de si. Já a abelha usa o meio termo: Paga o néctar na flor, mistura nele um
produto que trás dentro de si e produz o gostoso mel.
“Toda manhã o
Senhor desperta meus ouvidos para que, como bom discípulo, eu preste atenção. O
Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fiquei revoltado, para trás em não
andei” (Is 50,4-5).
Maria, a Mãe
de Jesus, foi sua primeira e fiel discípula. O discípulo não é aluno. O aluno olha
as costas do professor; o discípulo contempla o mestre de frente, e lê nos seus
olhos aquilo que ele não fala.
Subir,
mas nem tanto
Ícaro é um
personagem mitológico, surgido na Grécia, mais de mil anos antes de Cristo. Ele
era um jovem e seu pai chamava-se Dédalo.
Um dia, os
dois foram presos por ordem de Minos, rei de Creta, e encerrados no Labirinto.
Mas os dois
foram criativos. Fizeram asas para si, com penas de aves, e fugiram voando.
Dédalo
recomendou ao filho: “Cuidado. Lembre-se de que nós colamos as penas com cera
de abelha. Por isso, não voe muito alto, porque assim você se aproxima do sol e
o seu calor poderá derreter a cera”. E começaram a voar.
Lá na frente,
Ícaro ficou maravilhado por estar nas alturas, e voou alto demais. Aproximou-se
do sol, a cera derreteu-se e ele caiu no mar, que hoje tem o seu nome: Mar Icário.
Fica na Ásia Menor.
A lenda, entre
tantas outras mensagens, chama a nossa atenção para as virtudes da humildade e
da prudência. Quanta lágrima corre no mundo por causa do exagero em querer “subir
na vida”!
Os exercícios
de piedade com que os cristãos exprimem a sua veneração para com a Mãe do
Senhor manifestam o lugar que ela ocupa na Igreja: Depois de Cristo, é o mais
alto e o mais perto de nós.
Santas
Missões, uma festa de Deus
Certa vez,
estava havendo a abertura das Santas Missões em um bairro. Era a noite da chegada
dos setores, encerrando um mês de oração nas casas.
Dezenas de
procissõezinhas, chegando pelos quatro lados do barracão, com o povo cantando
no maior entusiasmo, cada grupo trazendo um andorzinho enfeitado de flores e
com a Imagem de Nossa Senhora. A alegria era grande.
Na pregação, o
missionário disse: “Vocês pensam que foram vocês que trouxeram Nossa Senhora?
Foi nada! Foi ela que trouxe vocês”.
É a pura
verdade. “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,15). “Ninguém pode dizer: ‘Jesus é
o Senhor’, a não ser sob a influência do Espírito Santo” (1Cor 12,3).
Maria
Santíssima é nossa Mestra de oração. “Ensina teu povo a rezar, Maria, Mãe de Jesus!”
Um
cristão leigo modelo
Tomás Moro
viveu no Séc. XVI. Era inglês, advogado. Casou-se com Joana Colt, com quem teve
quatro filhos, três mulheres e um homem. Joana faleceu, deixando as crianças pequenas.
Tomás casou-se com Alice Midleton, pensando mais no cuidado das crianças.
Tomás foi
eleito membro da Assembleia Legislativa e, depois, nomeado chanceler da Inglaterra.
Era muito querido do povo.
O rei na época
era Henrique 8º. Tomás era um católico convicto e, quando o rei se divorciou da
esposa, Catarina de Aragão, e casou-se na Igreja com Ana Bolena, mesmo sem a
licença do Papa, Tomás condenou o ato publicamente.
Foi imediatamente
preso. Ele devia escolher: Ou voltar atrás e apoiar o segundo casamento do rei,
ou ser condenado à morte.
Um dia antes
do julgamento, sua esposa foi visitá-lo na prisão e pediu, com lágrimas, que
ele retirasse sua crítica ao rei, a fim de não morrer. Tomás lhe perguntou:
“Meu bem, quantos anos você acha que ainda teremos de vida?” Ela disse: “Uns
vinte anos”. “Pois bem”, continuou Tomás, “vinte anos passam tão depressa! Não
compensa, por causa deles, perder a eternidade”.
De fato, no
dia seguinte, dia 06/07/1535, Tomás confirmou a crítica e, horas depois, o carrasco
lhe decepava a cabeça. Foi canonizado em 1935.
Aí está um
belo exemplo de profeta, bem parecido com João Batista. Vamos também ser corajosos
na defesa da família.
Maria
Santíssima, apesar de absolutamente entregue à vontade de Deus, longe de ser
uma mulher passiva, foi dinâmica, criativa e denunciadora dos que oprimiam os
pobres.
Pedro
Jorge de Melo e Silva
Na década de
1980, havia, em Olinda, no Recife, um promotor público chamado Pedro Jorge de
Melo e Silva. Era casado e tinha três filhos. Cristão católico engajado,
pertencia à Ordem Secular do Carmo.
Em 1981,
quando Dr. Pedro tinha trinta e cinco anos de idade, o governo federal liberou
um bilhão e meio de Cruzeiros para o Pro-agro, projeto pernambucano para o
plantio de mandioca.
O dinheiro foi
retirado do Banco do Brasil, agência de Floresta PE e, em seguida, totalmente
desviado. O caso ficou conhecido como “o escândalo da mandioca”.
Dr. Pedro
investigou, descobriu a quadrilha e a denunciou. Recebeu ameaças de morte, mas
não se intimidou nem interrompeu as investigações.
Dia
03/03/1982, de manhã, quando ele foi à padaria comprar pão, foi morto com três
tiros, vindos de um carro que passava na rua.
Logo em
seguida, foi preso um suspeito de ser o mandante do crime. Mas, dias depois,
ele “fugiu” da prisão e não foi localizado. Ninguém mais foi preso. Foi publicado
que a quadrilha fugiu do Brasil.
“A luz brilha
nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la... A Palavra estava no mundo,
mas o mundo não quis conhecê-la” (Jo 1,5.10). O mundo não conseguiu e nunca
conseguirá dominar a Palavra, o Verbo Eterno presente no mundo, mesmo que isso
continue custando o sangue de muitos profetas.
“Quando se
completou o tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher” (Gl 4,4). Nós
agradecemos a Maria sua valiosa colaboração nesse plano salvador de Deus, e pedimos
que ela nos ajude a levá-lo para o coração do mundo secular.
O
palhaço infeliz
Certa vez, um
senhor estava em um vazio interior enorme. Sentia que, se não tomasse uma
providência, ia cair em depressão. Procurou um psiquiatra.
O médico, depois
de examiná-lo cuidadosamente, percebeu que ele não tinha doença séria. Era só
tristeza, angústia e uma insatisfação interior profunda. No final da consulta,
disse ao paciente:
“Meu amigo, dias
atrás, chegou aqui na cidade um circo, que é o melhor circo que eu já vi. Eles
apresentam números sensacionais de mágicos, de trapezistas... O que mais me
divertiu, e que está chamando a atenção de todos, é o palhaço. Ele é
sensacional. Jamais se viu um palhaço tão engraçado como aquele. A plateia ri
até do jeito de ele entrar, e não para mais de rir. Eu o aconselho a ir lá. Tenho
certeza que vai lhe fazer bem, e o senhor vai melhorar”.
O paciente
respondeu: “Dr., aquele palhaço sou eu!”
Aí está o
engano do mundo moderno: Procurar a felicidade fora de Jesus Cristo, que é o caminho,
a verdade e a vida. A diversão nos faz bem, mas não consegue dar-nos uma paz profunda.
Esta só encontramos sendo bons discípulos de Cristo.
Que Maria
Santíssima nos ajude a seguir o caminho do seu Filho, mesmo que nos venham
espadas e cruzes.
- No meio de
um mundo de mentira, que vivamos na verdade.
- No meio de
um mundo de violência, que semeemos a paz.
- No meio de
um mundo de tristeza, que distribuamos a alegria.
- No meio de
um mundo de egoísmo, que testemunhemos o amor.
- No meio de
um mundo ganancioso, que pratiquemos a gratuidade.
O
padre no restaurante
Certa vez, um
padre estava viajando de carro, e parou em um restaurante para almoçar. O refeitório
estava cheio de motoristas, todos almoçando.
Chegava um,
levantava-se outro, e ninguém rezava. O padre, lá no canto, observava a cena e
pensava: Está vendo? A gente insiste tanto na igreja para o povo rezar às refeições,
mas não adianta nada!
De repente, um
motorista de caminhão, com a camisa desabotoada e a barriga um pouco avançada,
levantou-se da mesa e fez o sinal da cruz, sem nenhum respeito humano.
O padre achou aquilo
tão bonito que não aguentou. Levantou-se, foi atrás do homem e lhe disse:
- “Parabéns
para o senhor!”
- “Parabéns
por quê?”
- “Porque o
senhor rezou. Eu estou observando aqui, ninguém reza. Mas o senhor rezou.”
- “Rezei!? Que
hora que eu rezei?”
- “Agora. O
senhor não acabou de fazer o sinal da cruz, quando se levantou da mesa?”
- “Não, moço!
É que, no final das refeições eu costumo dizer: ‘Cuca fresca’ (pôs a mão na
testa), ‘barriga cheia’ (pôs a mão na barriga), ‘dinheiro no bolso’ (pôs a mão
no bolso da camisa): ‘Tudo bem”.
E o padre
voltou para terminar o seu almoço, triste e envergonhado pelo fora que deu,
interpretando errado os gestos do homem. Ninguém reza mesmo! pensou.
O hábito de
rezar às refeições, além de manter a família unida, é um belo testemunho de fé.
A
bicharada descontente
Certa vez, os
animais de uma floresta começaram a ficar tristes. O macaco se coçou e disse:
“Eu não gosto de ser macaco, estou enjoado de fazer macaquices!”
O elefante
ergueu o tromba e gritou: “Eu, com este peso todo... Estou cheio disso!”
O coelho, que
já andava mole como tartaruga, disse: “Não aguento mais esta vida de coelho!”
Chegou a vez
da coruja. Ela abriu os olhos com dificuldade e reclamou: “Nem quero mais olhar
no espelho!”
A girafa
escutou a conversa e lamentou: “E eu, com este pescoço...”
E o mesmo
foram dizendo os outros bichos.
O pior é que a
doença estava pegando nas árvores. Cada uma estava ficando descontente com o
seu jeito.
Até que os
animais viram dois passarinhos cantando, e foram perguntar por que eles estavam
alegres. Eles responderam: “Porque Deus nos fez assim, e assim queremos ser”.
Deus nos ama
do jeito que somos, com a beleza e a feiura que cada um tem, e também com as qualidades
e defeitos. Ele nos abraça. Mas quer que cumpramos bem a nossa missão, dada por
ele.
O
caminho do bezerro
Certa vez, a
muitos anos atrás, um bezerro precisou atravessar uma floresta virgem, para voltar
ao seu pasto. Sendo um animal irracional, abriu um trilho tortuoso, com subidas
e descidas desnecessárias.
No dia
seguinte, um cão que passava por ali usou esse mesmo trilho, cheio de curvas,
para atravessar a floresta.
Depois foi a
vez do carneiro, seguido pelo rebanho, que passaram pelo trilho torto.
Mais tarde, os
homens começaram a usar aquele caminho. Viravam à direita e à esquerda, subiam
e desciam, fazendo em três horas uma caminhada que podia ser feita em apenas
uma.
Devido ao uso,
o caminho virou uma estrada. Foram construídas casas dos dois lados, e tornou-se
a avenida principal de uma cidade.
Os homens têm
a tendência de seguir, cegamente, trilhos feitos por pessoas que nem sempre
sabiam fazer o melhor traçado. E muitos ainda estão caminhando por esses trilhos.
Se não é o caminho mais curto, é o mais cômodo. E, se todo mundo vai por ele,
eu também vou.
“Deixai-os!
São cegos guiando cegos. Ora, se um cego guia outro cego, os dois caem no buraco”
(Mt 15,14).
Jesus, o
caminho, a verdade e a vida, nos alertou: Surgirão muitos falsos profetas. Não
os sigais.
A missão de
Maria Santíssima junto ao Povo de Deus é uma realidade ampla, operativa e
fecunda. O objetivo é reproduzir nos filhos as feições do Filho Amado. Sua
materna intercessão, unida à sua santidade exemplar, são motivo de esperança para
todo o gênero humano. (Adaptação Maria Olívia)
Pais
vigilantes
Certa vez, uma
moça da roça foi para a cidade grande estudar. Lá, andando com más companhias,
a sua cabeça começou a mudar. Não era mais aquela jovem de olhos brilhantes e
sorriso estampado no rosto, como antes.
Os pais
perceberam tudo e começaram a escrever frequentemente para ela. Eram cartas com
palavras de carinho e orientação. A menina foi guardando as cartas, mas estava
difícil deixar o mau caminho.
Preocupados,
os pais pediram ao filho mais velho, ainda solteiro, que fosse morar com ela.
Ela deixou a república onde morava e os dois passaram a morar em um pequeno
apartamento.
Com a ajuda do
irmão, a jovem logo abandonou as más companhias e recuperou a felicidade.
Alguns colegas do grupo de jovens da paróquia começaram a frequentar o apartamento,
aprofundando uma amizade saudável e gostosa. E os pais continuavam escrevendo
cartas, pois naquele tempo o telefone era difícil.
Quando terminou
a faculdade, na festa de formatura, aquela moça fez uma surpresa para seus
pais. Entregou a eles um belo álbum, onde estavam todas as cartas que eles lhe
tinham escrito durante o curso. Ao entregar-lhes o presente, ela disse,
emocionada: “Aqui está o meu caminho”.
Deus também
não nos abandona, quando erramos. Ele mandou para a humanidade pecadora inúmeras
cartas, que são os livros da Bíblia. Mandou inúmeros mensageiros, que são os profetas.
Depois nos mandou seu próprio Filho, que veio morar conosco. E ainda mais:
Deu-nos uma carinhosa e atenta Mãe. Santa Maria, rogai por nós.
O
noviço esquecido
Certa vez, em
um mosteiro, um noviço chegou para o mestre e disse: “Padre, penso que não
tenho vocação. Não consigo guardar na memória o que leio na Bíblia, nem as palestras
do senhor”.
O mestre não
respondeu imediatamente a questão. Apenas disse ao jovem: “Pegue aquele cesto
de junco, desça ao riacho, encha-o de água e traga aqui”.
O noviço olhou
para o cesto, todo furado e sujo, e achou muito estranha a ordem. Mas obedeceu.
Desceu ao riacho, encheu o cesto de água e começou a subir. Quando chegou junto
ao mestre, já não havia água, pois se escorrera toda pelos buracos do cesto.
O mestre lhe
pediu que repetisse a viagem. O noviço voltou ao riacho, afundou o cesto na
água, encheu-o e veio trazendo. Mas novamente chegou com o cesto vazio.
Carinhosamente,
o mestre perguntou: “Meu filho, o que você aprendeu?” O rapaz respondeu na hora:
“Que cesto de junco não transporta água”.
O mestre
disse: “Olhe para o cesto. Vê alguma diferença?” O noviço olhou e disse com um
sorriso: “Vejo que o cesto, que antes estava sujo e empoeirado, agora está
limpo”.
E o mestre
concluiu: “Se a água não chegou aqui, pelo menos lavou o cesto. Nós somos como
este cesto. Nada importa que você não consiga guardar na memória os textos bíblicos
e as palestras. O importante é que a sua vida fique limpa diante de Deus”.
Podemos dizer
o mesmo em relação à Palavra de Deus. Mesmo que não nos lembremos de um texto
bíblico que lemos ou ouvimos, ele tem uma força própria e nos transforma, a não
ser que recusemos a graça.
Isabel elogiou
a fé da prima Maria Santíssima: “Feliz aquela que acreditou, pois aquilo que
lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45). Maria foi uma pessoa
aberta à ação transformadora de Deus. Que ela nos ajude a fazer o mesmo.
Abraçar
a minha cruz
Havia, certa
vez, um homem que vivia reclamando da sua cruz. Ele a achava muito pesada.
Um dia,
procurou S. Pedro e pediu que trocasse a sua cruz. S. Pedro lhe disse: “Ali fora,
no pátio, há um monte de cruzes. Pode procurar à vontade a que lhe agrada, e
fazer a troca”.
O homem foi,
todo eufórico. Jogou a dele no monte e começou a revirar as cruzes, procurando
uma melhor. Pegava uma, começava a andar, mas a achava desajeitada. Voltava,
jogava no monte e experimentava outra.
Depois de um
bom tempo, achou uma boa. Não era nem muito comprida nem curda demais, e não
machucava o ombro.
Procurou S.
Pedro e disse: “Obrigado! Achei uma boa”. S. Pedro olhou para ele e falou: “Ô
moço! Foi esta aí que você jogou lá, quando chegou!”
Deus não nos
tira a cruz da vida, enquanto estamos aqui na terra. Mas, se lhe pedirmos, ele
nos dá condições de carregá-la com alegria. Pois “o meu jogo é suave a o meu
fardo é leve” (Mt 11,30).
Maria
Santíssima ficou ao pé da cruz de Jesus até ele morrer, dando-lhe apoio. E, bem
ali, Jesus no-la deu por Mãe. No seu zelo inesgotável, ela continua fazendo o
mesmo com cada de nós. “Socorrei-nos, ó Maria!”
O
ateu de fachada
Havia, certa
vez, um homem que se dizia ateu. Um dia, ele estava viajando de avião e a nave,
ao entrar numa forte tempestade, começou a balançar como uma pena ao vento.
Vendo o perigo
de morte iminente, o homem gritou desesperado: “Meu Deus, socorrei-me!”
Depois que a turbulência
passou, um dos passageiros, que o conhecia bem, perguntou-lhe: “Você não fala
sempre que é ateu? Por que então pediu socorro a Deus?”
O homem
respondeu: “Eu sou ateu lá embaixo. Aqui em cima é diferente”.
Esse “ateu”
precisa tomar cuidado, porque com Deus não se brinca.
A nossa fé
cresce na medida da nossa prática de boas obras. Que Maria Santíssima, o nosso
modelo no serviço ao próximo, nos ajude.
A
origem do arco-íris
Certa vez, as
cores começaram a brigar entre si. Cada uma dizia que era a mais bonita que a
outra.
A cor vermelha
falava que era mais linda que a azul. A verde se gabava de ser mais bela que a
amarela. A cor de rosa falava que a cor marrom era feia, e assim por diante.
Para acabar
com as discussões, Deus criou o arco-íris: “Vejam”, disse ele, “é a união de vocês
que faz a maior beleza”.
Por isso que,
de vez em quando, após uma chuva, surge no céu o arco-íris. Ele nos lembra que
é na união dos diferentes que está a maior beleza.
No Reino de
Deus, as diferenças são vistas como riqueza, e a variedade como enfeite da humanidade.
E a Santa
Igreja tem uma estrela: Maria Santíssima. Ela é “a glória de Jerusalém, a alegria
de Israel e a honra do Povo de Deus” (Jt 15,9). Que Maria nos ajude a ser bons
cidadãos do Reino de Deus.
A
borboleta mensageira
Durante a
segunda guerra mundial, aconteceu, na Checoslováquia, um fato que chamou a
atenção.
Um trem estava
repleto de passageiros e correndo em alta velocidade, numa noite bem escura. O
trem, como sabemos, tem um farol só, e não dois, como os carros. Na frente, iam
o maquinista e seu ajudante, observando atentamente a estrada.
De repente,
viram, na frente, como que uma grande mão, mandando o trem parar. Assustados,
frearam o trem. Desceram e foram ver o que era.
Quando
descobriram, ficaram aliviados. Era uma borboleta que tinha entrado dentro do
farol, e batia as asas, fazendo aquela sombra parecida com uma mão mandando
parar.
Mas, andando
um pouco à frente nos trilhos, os dois ficaram aterrorizados. Havia uma ponte
que estava totalmente destruída por uma bomba. Se eles não tivessem freado o
trem naquele momento, teriam morrido todos.
Agradeceram a
Deus e o maquinista guardou a borboleta como lembrança, até o fim de sua vida.
Você, eu,
todos nós somos como aquelas centenas de pessoas que viajavam no trem. Estamos
correndo pela vida, e Deus nos protegendo de todas as maneiras, usando até de
borboletas. Que lhe sejamos gratos.
Maria
Santíssima era uma pessoa agradecida a Deus. O Magnificat é o mais belo hino de
ação de graças existente na Bíblia. Ali, ela agradece até coisas que ainda não
tinham acontecido. De fato, “a fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a
demonstração de realidades que não se veem” (Hb 11,1). Que Maria nos ajude a
reconhecer os benefícios que recebemos diariamente de Deus.
O
vestido azul
Certa vez, uma
professora resolveu dar de presente para uma aluna um vestido. Tratava-se de
uma menina pobre, que vinha à aula com roupas em péssimas condições, contrastando
com o seu corpinho tão belo. A professora comprou para ela um vestido azul.
No dia seguinte,
a aluna apareceu com o vestido azul e uma fita no cabelo. Já que o vestido era
tão bonito, a mãe resolveu colocar nela a fita.
Sua irmã menor
chorou, brigou e quis também um vestido novo. O pai comprou. A mãe começou a arrumar
melhor a filha para ir à escola. Fazia-a tomar banho, arrumava as unhas, o
cabelo...
E as coisas
foram mudando naquela casa. Como as paredes estavam feias, o pai resolveu dar
uma pintura. Arrumou também a frente, o murinho e o jardim.
A casa se destacou
na rua, e os vizinhos não quiseram ficar para trás. Arrumaram suas casas também.
Em pouco
tempo, o bairro todo estava mais bonito. O problema era a poeira e, quando chovia,
o barro nas ruas. Formaram uma comissão, foram à prefeitura e reivindicaram o
asfaltamento do bairro.
E assim, aos
poucos, o bairro todo se transformou. Tudo por causa de um vestido azul. Ou
melhor, por causa da boa ação de uma professora, que empregou o seu dinheiro a
serviço do bem.
As nossas
ações boas, por pequenas que sejam, são abençoadas por Deus e se multiplicam.
Maria
Santíssima era apegada a uma única riqueza: Aquela que o anjo Gabriel destacou
ao cumprimentá-la: “Ave, cheia de graça!” Que ela nos ajude a servir sempre a
Deus e nunca ao dinheiro, a fim de sermos também cheios de graça.
O
presente se multiplicou
Diz uma lenda
que os Reis Magos, quando voltavam de Belém, tiveram uma surpresa: Ao olhar
para a estrela, viram que ela se explodiu em milhares de estrelinhas, que se espalharam
por todos os cantos do mundo.
De início,
eles não entenderam o significado da visão. Mas, quando chegaram a uma encruzilhada
e não sabiam por onde seguir, um estranho que passava explicou-lhes o caminho.
Então eles viram cintilar sobre a cabeça daquele homem uma daquelas estrelinhas,
vinda de Belém.
À noite, numa
hospedaria, quando foram muito bem servidos pelo hospedeiro, também uma
estrelinha brilhou sobre a cabeça dele.
Foi aí que os
Magos entenderam: Por toda parte do mundo onde é feita uma boa ação, Jesus
nasce naquela pessoa. Por isso que uma estrelinha vem sobre ela.
Vamos fazer
todo esforço para que a Estrela de Belém volte a brilhar naqueles corações onde
ela se apagou. Assim, brilhará mais, também em nós.
Maria
Santíssima é a nossa Rainha, coroada de doze estrelas (Cf Ap 12,4). Ela amava
tanto a Deus, que foi escolhida para nos dar a Grande Estrela, que é Jesus. Que
nós também sejamos estrelas, a fim de que o mundo tenha mais luz.
O
presépio montado pelas crianças
Certa vez,
estava se aproximando o Natal, e as catequistas de uma Comunidade resolveram
armar o presépio de forma comunitária. Cada criança devia trazer, ou sugerir,
aquilo que ela achava que devia haver no presépio.
Trouxeram um
Menino Jesus deitado na manjedoura, uma vaquinha, uma ovelha, um camelo, um
pastor...
Um menino
trouxe um recorte de revista contendo a foto de moradores de rua, entre eles várias
crianças, e colocou no presépio.
A catequista
perguntou por que ele quis colocar no presépio aquela foto. Ele explicou:
“Jesus está no meio dessas pessoas, e quer que elas também sejam amadas”.
Esse garoto
demonstrou bom conhecimento de Jesus e do seu coração.
Maria
Santíssima tinha um coração semelhante ao do seu Filho. Além de dedicar-se aos
necessitados, ela criticou, no hino Magnificat, as pessoas que os oprimem.
“Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias”. Mãe dos excluídos,
rogai por nós.
A
moça que se achava feia
Havia, certa
vez, uma jovem que cursava o primeiro ano de faculdade, e andava bastante deprimida.
Ela era, por sinal, uma garota muito bonita. Mas não se via assim.
Um dia, ela
foi ao banheiro da faculdade, olhou-se no espelho e pensou: Como estou feia! E
deu-lhe vontade de chorar.
Naquele
instante, sentiu algo bater na sua perna. Olhou. Era uma moça cega, com a sua bengala,
que lhe perguntou: “Por favor, onde é a pia?” A cega também estudava na universidade,
apesar da sua limitação. E, ali no banheiro, perdida, pediu ajuda a quem sentiu
que estava na sua frente.
A menina que
estava deprimida recebeu aquilo como um sinal de Deus, o qual estava lhe dizendo
que o sentido da vida não está em ser bonita ou feia, mas em servir o próximo. Ajudou
a colega cega da melhor maneira que pôde, e a fossa sumiu de uma vez.
O mundo está
aí, em volta de nós, precisando de alguém que lhe ajude. Não podemos nos fechar
em nosso mundinho.
Deus nos manda
profetas e profetizas, que nos falam das mais diversas formas. Cabe a nós
entender e acolher suas mensagens.
A firmeza de
Maria Santíssima, cujo coração foi transpassado pela espada de dor, seja para
nós um exemplo. E que ela nos ajude a seguir o seu Filho, para onde quer que
ele vá.
O
Mar da Galileia e o Mar Morto
Na Terra
Santa, existem dois mares bem conhecidos. Embora alimentados pelo mesmo Rio
Jordão, eles são completamente diferentes.
O primeiro é o
Mar da Galileia, cuja água é doce e contém muitos peixes. Seu litoral tem
muitas cidades e vilas lindas, por causa do verde das lavouras, das árvores e
dos jardins, tudo irrigado pelo Mar da Galileia.
O outro é o
Mar Morto, que é célebre pela sua densidade de sais minerais. Ele não tem peixe
e nem os vegetais conseguem viver de suas águas. Seus arredores são desertos.
Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador.
De onde vem
essa diferença, se os dois são alimentados pelo mesmo Rio Jordão? A explicação
é simples: O Mar da Galileia recebe o Rio Jordão pelo Norte, porém não o guarda
para si. Toda a água bela e fértil que recebe, ele a solta pelo Sul. E o Rio
Jordão prossegue o seu caminho, irrigando e semeando vida por onde passa. O Mar
da Galileia não vive para si, ele reparte tudo o que recebe.
Já o Mar Morto
não. Ele recebe o Rio Jordão, mas o retém para si. Ele não possui saída. Assim,
enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais se acumulam no enorme recipiente
fechado. E a excessiva saturação torna-se veneno, que mata qualquer espécie de
vida. É um mar que mata. E mata porque é fechado. O que ele recebe é bom e saudável.
É ele que, por ser fechado, transforma em veneno.
Existem também
duas classes de pessoas: As abertas e as fechadas. As que amam e as que não
amam.
Encontramos
pessoas que nada guardam para si mesmas. A sua felicidade está em dar, em
servir. Essas pessoas são uma bênção dentro da família, na sua Comunidade e no
bairro onde vivem. São pessoas vivificadoras, como o Mar da Galileia. Seu calor
humano contagia. Sua disponibilidade irradia confiança, alegria e vida.
Mas
infelizmente encontramos pessoas totalmente diferentes. Elas vivem para si mesmas.
Vão acumulando para si tudo o que recebem e possuem de bom. Guardam tudo para
si. E esses bens e dons se transformam em veneno. Veneno que
até mata.
Essas pessoas
misturam três ingredientes nos dons que recebem: Ambição, vaidade e dominação.
Elas seguem um caminho oposto ao plano de Deus. Por isso, são infelizes e fazem
os outros sofrerem ao redor delas.
Vamos aprender
a lição desses dois mares. Se formos Mar da Galileia, certamente o Senhor
gostará de passear de barco conosco, de anunciar a Boa Nova em nossas praias,
de abençoar e de fazer milagres. Mais: Ele vai querer morar conosco, como morou
na casa de Pedro, em Cafarnaum, ao lado do Mar da Galileia. E se um dia o nosso
Mar estiver agitado, certamente ele vai acalmá-lo.
“Do mar
estrela és tu, Maria. Quando dos lábios brotam ferventes humildes preces, cheias
de dor, tu és estrela no céu a brilhar, levando os filhos ao Salvador.”
O
eremita que tocava violino
Certa vez, na
antiguidade, um rapaz tocou violino no palácio, na presença do rei. Este ficou
encantado, e disse: “Você parece o melhor músico do mundo. Quem foi seu mestre?
Eu gostaria de conhecê-lo”.
O rapaz
respondeu: “Aprendi com um monge que vive no meio da floresta”.
“Eu gostaria
de ir lá para ouvi-lo tocar”, disse o rei.
“Não adianta,
Majestade”, respondeu o moço. “Ele não toca na presença de pessoas. Executa
suas músicas somente para Deus”.
Entretanto, o
rei não desistiu. Queria ouvir o monge, de qualquer jeito. Os dois foram até perto
da cabana do monge eremita e ficaram escondidos. Ao ouvir as músicas maravilhosas,
o rei ficou emocionado. Voltaram, sem que o monge soubesse.
Precisamos dar
o melhor de nós para Deus. Ele merece, e certamente nos retribuirá cem vezes
mais.
Maria
Santíssima tinha uma amizade fora do comum com Deus. Dialogava com ele o dia
todo e sentia prazer nesses diálogos. Quem ama gosta de conversar com a pessoa
amada, e de estar junto. Que a Mãe do Céu consiga de Deus para nós o maior
presente: A graça de amá-lo muito.
O
lugar, tarefa, pessoa mais importantes
Havia, certa
vez, um rei que não tinha filhos. Ele já estava idoso e não sabia a quem deixar
toda a sua riqueza. Teve uma ideia:
Escreveu três
perguntas e publicou-as no reino, ao mesmo tempo em que colocou as respostas em
um cofre, trancado com três cadeados. As chaves de um, entregou para o primeiro
ministro. Do outro, para o bispo da diocese. E as chaves do terceiro cadeado
ficaram com ele. Isso para evitar a fraude de alguém querer ver ou mudar as
respostas.
Aquele ou
aquela que apresentasse as mesmas respostas que estavam no cofre, ganharia todos
os seus bens.
As perguntas
eram: 1) Qual é o lugar mais importante do mundo? 2) Qual é a tarefa mais importante
do mundo? 3) Qual é a pessoa mais importante do mundo, que vive hoje?
Muita gente
respondia, mas todos erravam.
Havia no reino
um pobre ancião que tinha fama de sábio. Ele deu ao rei as seguintes respostas:
O lugar mais importante do mundo é onde cada um de nós mora. A tarefa mais
importante é a que estamos fazendo. E a pessoa mais importante é a que está ao
nosso lado.
O ancião
acertou e ganhou todos os bens do rei.
“Não vos
preocupeis com o dia de amanhã” (Mt 6,34). “Quem não receber o Reino de Deus
como uma criança, não entrará nele” (Mc 10,15).
Se formos
procurar a pessoa mais importante de todos os tempos, não há dúvida que a primeira
é Jesus e a segunda é Maria Santíssima. “O anjo entrou onde ela estava e disse:
“Alegra-te, cheia de graça!” (Lc 1,28).
Como
é bom os irmãos viverem juntos
Havia, certa vez,
um bando de patos que vivia em um grande lago. Um dia, eles brigaram. Depois da
briga, cada pato foi morar sozinho, em um dos inúmeros laguinhos que havia ao
redor. Assim, eles passavam o dia nadando, mas isoladamente, em seu pequeno lago.
Um dia, veio
uma chuva muito forte, tão intensa que todos os laguinhos se uniram com o
grande, formando um lago só. Assim, os patos não tiveram outra saída a não ser
voltar a conviver.
Mas, agora, a
vida juntos tornou-se ótima, uma beleza. Isso porque sentiram como é chato
viver só, nadar bonito, mas sozinho.
Deus nos quer
todos unidos em Comunidade. É difícil, mas é a coisa mais gostosa do mundo.
Que Maria
Santíssima nos ajude a descobrir “como é bom, como é agradável os irmãos viverem
juntos e se amarem” (Sl 133,1-3).
A
visita muito especial
Certa vez, uma
senhora recebeu um telefonema, dizendo assim: “Prepare-se bem, porque Jesus amanhã
irá à sua casa”.
Ela ficou vislumbrada.
Isso é uma honra muito grande, pensou. Jesus merece o melhor. Fez uma boa
limpeza na casa, colocou flores...
No outro dia,
preparou um almoço bem gostoso, inclusive com frango assado.
De repente,
tocou a campainha. Ela pensou: Pronto, é Jesus. Foi atender. Mas não era. Era
um menino pobre, pedindo comida. Ela disse: “Hoje eu não posso, filho; estou
esperando uma visita”. E voltou para a cozinha.
Minutos
depois, tocou novamente a campainha. Agora é ele, pensou. Mas também não era.
Era uma jovem grávida, pedindo abrigo, pois seus pais a haviam expulsado de
casa. A mulher disse: “Você procure outra casa, porque eu estou esperando uma
visita importante e não posso atendê-la”.
Mais ou menos
uma hora depois, novamente ela ouviu a campainha. Correu, pensando que finalmente
era Jesus. Mas de novo não era. Era um senhor, cujo carro havia parado por
falta de gasolina e, como ele viu o carro na garagem dela, pediu um pouco de gasolina.
Ela disse ao homem: “Desculpe, senhor, mas hoje eu não posso ajudá-lo, porque daqui
a pouco receberei uma visita muito importante”.
Daí para
frente, ninguém mais chamou. Angustiada, a mulher pensava por que será que
Jesus fez isso com ela.
Enquanto
pensava assim, de repente, viu Jesus entrar pela porta da cozinha. Ela o recebeu,
mas lhe disse, toda desajeitada: “Jesus, por que o Senhor fez isso? Chegar pela
porta do fundo? Bastava ter tocado a campainha!”
Jesus
respondeu: “Eu tentei três vezes entrar na sua casa pela porta da frente, mas,
como a senhora não me recebeu, decidi entrar pelos fundos”.
Às vezes, Deus
vem ao nosso encontro pelos caminhos normais, mas não o recebemos. Entretanto,
ele não desiste e nos pega na curva, entrando em nossa vida pelos fundos. São
situações que nos chocam, nos assustam, mas nos acordam. O certo é que, de um
modo ou de outro, Deus não desiste de entrar na nossa casa, e o faz da forma e
no momento em que menos esperamos.
Maria
Santíssima vivia sempre preparada para receber a visita de Deus. Por isso que recebeu
tão bem o seu enviado, o anjo Gabriel. “Bendita sois vós entre as mulheres”.
O
cachaceiro e a minhoca
Certa vez, um
médico inventou um estratagema para convencer um alcoólatra a parar de beber.
Na frente dele,
pegou um copo, encheu de pinga e colocou dentro uma minhoca. A minhoca se revirou
e, em poucos segundos, morreu.
O alcoólatra
comentou: “Está vendo, doutor, como que a cachaça é boa? Mata até vermes”.
Nós somos
assim, sempre encontramos desculpas para continuar com nossos vícios e pecados.
Quanto fariseu reza “pela conversão dos pecadores” e se esquece que também é pecador.
"Ou a
árvore é boa e o fruto, bom; ou a árvore é má e o fruto, mau. É, portanto, pelo
fruto que se conhece a árvore" (Mt 12,33). Aí está a chave para
descobrirmos se uma pessoa é ou não cristã de verdade: pelas suas obras.
"Este
povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim" (Mc 7,6.
Is 29,13).
Maria
Santíssima era humilde. Ela disse: “O Senhor olhou para a humildade da sua serva”.
Na multiplicação dos pães, ela não estava em evidência, como a "mãe do
futuro rei". Mas na cruz, na extrema humilhação do Filho, ela estava em
pé. Santa Maria, rogai por nós.
Caridade
recompensada
Havia, na
antiguidade, um rapaz corajoso, alto e muito forte. Ele tinha uma força fora do
comum. Seu desejo era servir a um rei que fosse mais forte e mais corajoso que
ele. Saiu pelo mundo a procura desse rei.
Um dia,
falaram-lhe de um rei que era muito forte. O rapaz foi trabalhar para ele. Mas,
um dia, percebeu que o rei tinha medo dele. Então não é mais forte que eu,
pensou. Pediu as contas e foi embora.
Ouviu falar de
outro rei mais forte ainda. Começou a servir a esse rei. Um dia, porém, ficou sabendo
que o rei tinha medo do diabo. O rapaz disse para si mesmo: Então é ao diabo
que eu quero servir. E começou a fazer diabruras.
Mas um dia
ficou sabendo que o diabo tinha medo de Cristo. Pois então é a Cristo que vou
servir, decidiu o moço. E começou a procurar Jesus Cristo.
Indicaram-lhe
um monge, que podia informar sobre Cristo. Foi atrás do monge. Este lhe ensinou
o catecismo e o batizou. Depois lhe disse: “Para servir a Cristo, você deve
jejuar, meditar, rezar e ler a Bíblia”. Ele respondeu: “Desculpe, senhor monge,
mas jejuar eu não aguento, meditar eu não tenho jeito, rezar eu não sei, e sou
analfabeto”.
O monge lhe
falou: “Pois bem. Existe mais um meio de servir a Cristo: É fazendo caridade.
Aqui perto há um rio que não tem ponte, e é fundo. Sempre está morrendo gente nele.
Você é robusto. Ofereça seus serviços a essa pobre gente, transportando as
pessoas de um lado para outro. Assim você estará servindo a Jesus Cristo”.
O moço
agradeceu, construiu uma choupana na beira do rio, e ficava ali atravessando as
pessoas para lá e para cá.
Um dia, chegou
um menino e pediu-lhe que o levasse para o outro lado. Mais que depressa, o
rapaz pôs o garoto nas costas e começou a nadar. Mas o menino ficava cada vez
mais pesado.
Quando estavam
no meio do rio, o rapaz já não aguentava mais. Perguntou à criança: “Que é
isso? No começo você estava leve e agora está tão pesado que parece que estou
carregando o mundo”.
O menino
respondeu: “Muito mais que o mundo. Você está carregando o Senhor do mundo. Eu
sou Jesus Cristo”.
Este rapaz
forte é S. Cristóvão, o padroeiro dos motoristas. Ele era soldado e viveu no Séc.
III, em Lícia, sul da Ásia. A sua história lendária tem a origem talvez no seu
nome, que vem do latim “Cristóforus”: Aquele que carrega Cristo.
O povo atual,
apesar de dizer que gosta de Cristo, é bastante fechado ao seu Evangelho. Precisamos
descobrir que Jesus é mais forte que todos os líderes da terra.
Maria
Santíssima, durante nove meses, carregou em seu seio o Senhor do mundo, Jesus
Cristo. E Deus a recompensou, levando-a para o Céu em corpo e alma. Que ela
interceda por nós, a fim de que sejamos portadores de Cristo.
Cacto
produz flor, e larva borboleta
Certa vez, uma
moça pediu a Deus uma flor e uma borboleta, porque ela achava as duas muito bonitas.
Deus lhe deu um cacto e uma larva.
A moça ficou
triste, pois não entendeu o porquê do seu pedido vir errado. Passados alguns
dias, ela foi verificar os presentes e teve uma surpresa: Do espinhoso e feio
cacto, nasceu a mais linda das flores. E a horrível larva transformou-se em uma
belíssima borboleta.
A maneira de
Deus agir é a melhor para nós, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando
tudo errado. Será que temos reparado no que temos recebido? Será que temos
agradecido a Deus os cactos e as larvas que ganhamos?
Deus não costuma
dar as coisas prontas para ninguém. Ele aponta o caminho e nos dá os meios para
as conquistarmos.
Jesus é o
caminho. Estar com ele é estar caminhando, e isso nos basta. Vamos transformar
as realidades que nos cercam em flores e borboletas.
Maria Santíssima
tinha tanta confiança em Deus, que, no magnificat, o louvou até por promessas
ainda não cumpridas. “Dulcíssima esperança, meu belo amor Maria, tu és a minha
alegria, a minha paz és tu.”
Terço
salva Comunidades
No Séc. XVI,
alguns missionários, tendo à frente S. Francisco Xavier, foram até o Japão e
fundaram no País várias Comunidades cristãs.
Entretanto, poucos
anos depois, o governo se tornou hostil à Igreja Católica, e todos os missionários
foram expulsos. Não tiveram tempo nem de chamar um bispo para ministrar o sacramento
da Ordem a alguns japoneses. Assim, aqueles cristãos recém-convertidos ficaram
sem a presença de nenhum sacerdote para celebrar a Eucaristia.
Trezentos anos
depois, no final do Séc. XIX, as leis se abrandaram e alguns missionários
voltaram ao Japão. Eles tiveram uma alegre surpresa: Encontraram muitas
Comunidades cristãs vivas, atuantes, e com a fé católica autêntica e completa.
E os
missionários descobriram o motivo: Aqueles cristãos rezavam o Terço. Maria Santíssima
é Mãe da Igreja e ela faz questão de ser uma boa Mãe, inclusive exercendo,
quando necessário, a função de catequista.
Que nós
imitemos os cristãos japoneses e rezemos sempre o Terço, pois ele é uma síntese
de toda a doutrina cristã.
Tirando
as pedras do caminho
Certa vez,
numa pequena cidade do interior, um senhor entrou na única mercearia da cidade
e comprou todos os ovos e todos os tomates.
Como era
sábado à tarde, e naquela noite ia haver, na praça, um show apresentado por um
comediante de fora, o vendedor perguntou a ele: “Desculpe a curiosidade, mas o
senhor está comprando esses tomates e esses ovos para jogar no comediante, se
ele se sair mal na apresentação?”
O homem
respondeu: “Não! Eu sou o comediante. Estou comprando justamente para que
ninguém venha aqui e compre para jogar em mim”.
Certamente
aquela cidade tinha fama de tratar mal os artistas mais fracos.
Vamos receber
a Palavra de Deus desarmados, sem nenhum tomate ou ovo na mão. Não só isso, mas
vamos abrir-nos para que o Espírito Santo nos fale, através os meios originais
que ele costuma usar. E assim nos transforme em dignos membros da Família de
Jesus.
Maria, a
bendita entre as mulheres, é o modelo de como superar os preconceitos da sociedade.
Que ela nos ajude a sermos acolhedores.
O
amor e a loucura andam juntos
Certa vez,
vários sentimentos estavam juntos, e resolveram brincar de esconde-esconde. A
loucura propôs que ela ia fechar os olhos e contar até cinquenta. Nesse tempo,
todos deviam esconder-se. Depois, quem achasse um, o que foi encontrado devia
procurar outro.
A intriga
tentou atrapalhar, mas todos já a conheciam e não deram bola para ela. A primeira
a se esconder foi a pressa. Correu tanto que caiu atrás de uma pedra e lá mesmo
ficou.
- A soberba
subiu na copa de uma árvore.
- A inveja foi
atrás, mas como não conseguiu subir, ficou no meio da árvore.
- A beleza
escolheu a beira de um lago cristalino.
- O amor ficou
dentro de uma rosa.
- A dúvida
parou no meio do caminho e lá ficou.
- A tristeza
escondeu-se dentro de uma cova escura.
Quando a
loucura terminou de contar, abriu os olhos e viu logo a dúvida. Esta encontrou
a pressa, e assim foi.
No fim do
brinquedo, perceberam que faltava o amor. Foram atrás. Ele estava lá na rosa, todo
ferido e ensanguentado, devido aos espinhos da roseira. Então a loucura o pegou
nos braços e tirou de lá.
Daí para
frente, a loucura sempre acompanha o amor, onde quer que ele vá.
É a pura
verdade. Para amarmos de verdade, é preciso ter um pouco de loucura. S. Paulo
chama Jesus crucificado de “loucura de Deus”: “Os judeus pedem sinais e os
gregos procuram a sabedoria. Nós, porém, anunciamos Cristo crucificado, escândalo
para os judeus e loucura para os pagãos. Pois a loucura de Deus é mais sábia
que a sabedoria dos homens” (1Cor 1,18).
Nós ficamos
tão encantados com a “loucura” de Jesus crucificado para nos salvar, que queremos
continuá-la e sair por aí, cometendo a mesma loucura.
O amor de
Maria Santíssima por Jesus, algumas vezes, a levou também a cometer “loucuras”.
Por exemplo, quando ele estava subindo o monte Calvário e ela chegou perto.
Arriscou a vida. Arriscou mais ainda quando ficou ao pé da cruz. O amor de Mãe
é assim. E por nós ela tem o mesmo amor. Dai-nos a bênção, ó Mãe querida.
O
beija-flor, a abelha e a vidraça
Certa vez, um
beija-flor e uma abelha entraram no quarto de uma casa. A mulher fechou a
janela, que era de vidro transparente, e eles ficaram presos.
Ao verem a luz
lá fora, os dois tentaram sair, mas trombaram no vidro. Diante do impasse, eles
tiveram reações diferentes:
A abelha ficou
desesperada e batia as asinhas com força, tentando romper o vidro. Até que caiu
morta.
Já o
beija-flor, após umas tentativas frustradas, começou a parar no ar, em vários
pontos do quarto, examinando o ambiente, a fim de encontrar uma saída. Vendo
que a porta estava aberta, foi para um corredor, em seguida para a sala onde
havia uma janela aberta, e saiu tranquilo, vencendo o problema.
Quando nos
sentimos em um “beco sem saída”, vamos agir como o beija-flor, não como a
abelha. Deus nos protege, e sempre há uma saída. Não precisamos desesperar-nos,
nem ficar dando cabeçadas no obstáculo.
Ap 12 fala de
uma mulher bonita e vencedora, que escapou das garras do dragão, junto com seu filho.
Essa mulher é a Igreja, que caminha, enfrentando os poderes da morte. E é também
Maria, assim como o filho representa Jesus. Maria é figura da Igreja. Todas as
vezes que a Bíblia fala de Maria, refere-se também à Igreja, e vice-versa.
Amor
é sentimento ou decisão?
Um dia, um homem
casado foi procurar um sábio e lhe disse que já não amava mais a sua esposa, e
que por isso pensava em deixá-la.
O sábio
escutou tudo em silêncio, depois olhou bem nos olhos dele e disse apenas: “Ame-a”.
E se calou.
“Mas eu não
sinto mais nada por ela!” disse o esposo. O sábio falou novamente: “Ame-a”.
Depois de
algum tempo de silêncio, e diante do impasse, o sábio explicou: “Amar é uma decisão,
não um sentimento”.
Ninguém vive
sem amor. Mas sem amor verdadeiro, isto é, como decisão, não apenas como sentimento.
“Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por quem ama” (Jo 15,15)
Maria
Santíssima mostrou-nos com a sua vida o que é amar. Mãe do belo amor, rogai por
nós.
Onde
estão os seus bens?
Na Grécia
antiga, havia um grande sábio que morava em uma cidade do interior. Um dia, um
poderoso exército invadiu a cidade e estava arrasando com tudo. O povo,
alvoroçado, fugia às pressas, cada um levando o que podia, de seus pertences.
No meio
daquela correria, estava fugindo também o sábio. Mas ele não levava nada nas
mãos. Alguém lhe perguntou: “E os seus bens, o senhor não vai levar?” Ele disse:
“A minha riqueza eu a trago comigo. São os meus conhecimentos”.
De fato, a
ciência e a sabedoria são riquezas que ninguém nos pode roubar.
Mas existe
outra riqueza ainda maior, que sempre trazemos conosco e que, portanto, ninguém
nos poderá roubar: A graça de Deus.
“Não ajunteis
tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam
e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem
não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro,
aí estará também o teu coração” (Mt 6,19-21).
Nós costumamos
dizer que as Bem-aventuranças são oito. Mas Lc 1,45 cita mais uma. Ela foi dita
por Isabel, referindo-se à prima, Maria Santíssima: “Bem-aventurada aquela que acreditou,
pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido” (Lc 1,45). Que Maria
nos ensine a amar e a viver todas as Bem-aventuranças.
As
batidas no trilho do trem
Havia, certa
vez, um funcionário de uma firma, que todos os dias de manhã, quando ia para o trabalho,
ao atravessar a linha do trem, dava três marteladas no trilho. Ao voltar, à
tarde, fazia a mesma coisa. Fez isso durante trinta anos.
Um dia, ele se
aposentou e o patrão lhe pediu que explicasse para o novo funcionário tudo o
que ele fazia.
Logo de manhã,
o homem levou o novo funcionário até a linha do trem e começou por ali a explicação.
Pediu que ele desse três marteladas no trilho. E passou o dia explicando. À
tarde, levou-o novamente até a linha do trem para que desse novamente as três
marteladas.
Em seguida, o
novo funcionário disse: “Eu lhe agradeço todas as explicações. Só não entendi
por que essas três marteladas no trilho”.
O antigo
funcionário respondeu: “Eu também não sei o motivo. Quando comecei a trabalhar
nesta firma, a trinta anos atrás, o meu antecessor me ensinou a fazer isso, e
eu o fiz até hoje”.
Nenhum grupo
social vive sem tradições. Mas precisamos saber por que as seguimos, pois elas
podem ficar caducas, tendo de ser atualizadas ou abolidas. O pior é seguir uma
tradição sem saber por quê.
“Ninguém põe
vinho novo em odres velhos... Para vinho novo, odres novos” (Lc 5,37-38).
Maria
Santíssima, na hora da Anunciação, jogou-se inteiramente nas mãos de Deus, como
uma criança se joga nos braços da mãe. Que ela nos ajude a fazer o mesmo, no seguimento
do seu Filho, mesmo que tenhamos de abraçar o novo, completamente novo.
A
busca do tesouro
Havia, certa
vez, um senhor idoso que morava sozinho. Seus parentes mais próximos todos já
haviam falecido.
Um dia, como
ele estava bem doente, chamou um amigo de confiança e fez a seguinte revelação:
“Sabe aquela seringueira tal? A exatamente cinquenta metros dela, na direção da
minha casa, eu escondi um tesouro no chão. Depois que eu morrer, ele é seu”.
Poucos dias
depois, o velho faleceu. O amigo pegou o enxadão e uma trena e foi procurar o
tesouro. Mediu cinquenta metros a partir do tronco da seringueira e começou a cavar.
Mas só encontrou carvão. Tentou cavar de todos os lados e não encontrou nada, além
de carvão. Certamente alguém já pegou esse tesouro, pensou. E desistiu.
Tempo depois,
um empregado da fazendo estava construindo uma cerca e deu com aquele carvão.
Ficou curioso. Quero ver até onde vai a profundidade deste carvão, pensou. E
foi furando. Lá embaixo, no meio do carvão, encontrou uma caixa de bronze cheia
de ouro. O velho havia furado um buraco bem fundo, e colocado carvão, para
proteger da umidade o seu tesouro.
Carvão lembra
cinza, que é símbolo de penitência. É dentro do espírito de penitência que encontramos
o tesouro da Vida Nova que Jesus nos trouxe. Mas precisamos ser persistentes e
aprofundar nessa busca.
Maria
Santíssima era totalmente luz, sem nada precisar esconder. “Maria que eu quero
bem, Maria do puro amor. Igual a você ninguém, Mãe pura do meu Senhor.”
O
pacote misterioso
Certa vez, um
sacristão encontrou dentro da igreja um pacote misterioso. Desconfiando que
fosse uma bomba, chamou a polícia. As pessoas que estavam na igreja foram retiradas.
A polícia
examinou o pacote e viu que não era bomba. Era um pacote de dinheiro, em notas
de alto valor, e também em
moedas. Alguém simplesmente deixou ali, como oferta anônima a
Deus.
Esse pacote é
parecido com a igreja onde aquele pacote foi deixado. Devido às fraquezas
humanas de seus líderes e membros, muitos a desprezam, ou fazem más interpretações.
Mas se a olharmos além da aparência, veremos nela um grande e riquíssimo tesouro
que Jesus deixou na terra.
Maria
Santíssima é uma das preciosas joias que estão nesse tesouro. Mãe da Igreja, rogai
por nós.
O
rei mago dos taínos
Numa ilha
perto da Europa, a muitos séculos atrás, existia um jovem que era admirado por
todos devido às suas virtudes. Ele era um verdadeiro artista da música. Compunha
músicas e as tocava tão bem no seu violão, que todos ficavam extasiados.
Havia uma
tradição na ilha, de que, no dia em que aparecesse uma estrela diferente no
céu, era sinal que havia nascido o rei dos reis, que seria um rei amigo,
honesto e defensor dos pobres.
O rapaz
acreditava na tradição e desejava encontrar-se com esse rei. Por isso, todas as
noites ele observava o céu, para ver se havia uma estrela diferente.
Numa noite,
ele viu uma nova estrela. Era muito linda e estava inclinada para o Sudeste. Vou
encontrar-me com esse rei, pensou o moço. Certamente a estrela está indicando a
direção em que ele nasceu. Vou levar meu violão e cantar para ele uma de minhas
canções.
Seus pais
ficaram com medo. “Você nunca saiu desta ilha, filho!” reagiram. Entretanto, devido
à sua insistência, acabaram permitindo. E o jovem foi, com a bênção dos pais e
de todo o seu povo.
O dinheiro que
tinha deu apenas para chegar até o Continente. Por isso, foi caminhando a pé,
sempre na direção da estrela, que cada semana ficava mais alta e bonita. À
noite, ele cantava para a estrela, ensaiando as músicas.
Depois de
muitos anos, chegou a Roma, pois muitos lhe diziam que ali morava um grande
rei. Acontece que, em Roma, ele teve de dormir nas calçadas e, numa noite, roubaram-lhe
o violão. Mas o jovem não desanimou. Eu canto para o rei, sem violão mesmo, pensou.
Depois que
conheceu o imperador, ficou decepcionado. Era arrogante, orgulhoso, egoísta,
violento e não era amigo. Não é este o rei que procuro, pensou. De mais a mais,
a estrela continuava inclinada.
Deixou Roma e
continuou a viagem, na direção da estrela. Antes de partir, roubaram-lhe a
mochila com tudo o que possuía. Só ficou com a roupa do corpo. Não tem
importância, vou assim mesmo encontrar-me com o rei dos reis, pensou.
Trinta e três
anos depois que saiu de casa, chegou a Jerusalém. A estrela desapareceu. Nessas
alturas, ele já era um mendigo, um andarilho. Quando estava com fome, roubava
coisas para comer, e várias vezes tinha sido preso e apanhado dos policiais.
Vivia triste. Esquecera todas as suas canções. Mas a esperança de encontrar o
grande rei ainda continuava viva.
Contaminado
pela corrupção, um dia, em Jerusalém, ele foi pego pela polícia roubando a
bolsa de uma senhora muito importante. Foi preso e condenado à morte.
Enquanto
levava sua cruz para ser crucificado, percebeu que havia outros dois ao seu
lado. Um era ladrão e o outro foi vítima da inveja dos poderosos, e traído por
um amigo. Inclusive a mãe dele seguia atrás, junto com algumas mulheres.
Agora, os três
já estão levantados nas cruzes. O sol se escurece, vem um vento forte. E ele
avista, no alto de céu, uma linda estrela. É aquela! Ficou feliz ao vê-la. Estava
mais bela que nunca. E bem em cima, no meio do céu. Na hora ele teve certeza: O
rei que procuro é este que está aqui no meio. Virou-se para ele e pediu com
humildade: “Senhor, lembra-te de mim, quando estiveres no teu Reino”. Jesus lhe
respondeu: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23,42-43).
Esse jovem
chamava-se Dimas. É S. Dimas, o bom ladrão.
Todos nós
andamos pela vida procurando uma pessoa honesta, boa, digna de ser imitada. E
nesta caminhada, quanta decepção, quanta corrupção...! Mas não percamos a esperança,
pois essa pessoa digna de ser imitada existe, e chama-se Jesus Cristo. Diga
para ele: “Eu estou com você e não abro!”
“Maria do sim,
ensina-me a dizer meu sim. Um dia Maria deu o seu sim, mudou-se a face da
terra.”
O
tapete e o capacho na enchente
Havia, certa
vez, em uma casa, um tapete e um capacho. O tapete desprezava o capacho, porque
era áspero, sem desenhos e sempre sujo, pois vivia do lado de fora da porta, e
a rua era de terra.
Um dia, houve
uma enchente, e aquela casa foi inundada. Após a tempestade, a família se uniu
para limpar os pertences. Encontraram o tapete e o capacho debaixo da lama.
Na tentativa
de recuperá-los, lavaram os dois igualmente. Entretanto, notaram que o capacho,
por ser mais resistente à água, ficou como era antes e até mais bonito. Já o
tapete nunca mais se recuperou e teve de ser jogado fora.
O que adianta
ser bonito, se não é recuperável? Cair na lama pode acontecer que caiamos. Mas
feliz de quem é como o capacho que, mesmo não sendo lá grande beleza, sabe levantar-se,
dar volta por cima e até aproveitar a experiência negativa para o próprio
crescimento, tornando-se mais resistente.
Maria
Santíssima é chamada, na Ladainha, de Rainha de todos os santos. Que ela nos
ajude a, mesmo sendo pecadores, nos tornarmos cada vez mais santos.
Santo
Tomás e o boi voando
Santo Tomás de
Aquino era italiano e viveu no Séc. XIII. Entrou na Ordem dos Dominicanos e
tornou-se um dos maiores teólogos da Igreja.
Era um homem
muito simples, alegre e brincalhão. Também um pouco distraído, o que é próprio
das pessoas de inteligência muito profunda.
Um dia, ele
estava almoçando, chegou um Irmão e lhe disse: “Pe. Tomás, venha aqui fora ver
um boi voando!”
Ele foi ao
terreiro, olhou para cima e não viu nada. O Irmão deu risada e disse: “Mas, Pe.
Tomás, onde já se viu um boi voar!” Ele respondeu: “Eu acho mais fácil um boi
voar do que um religioso mentir”.
Desta vez,
quem perdeu foi o Irmão. Foi buscar lã e saiu tosquiado.
Os pecadores
gostam de mentir. Mentem até por brincadeira. Mas os cristãos não estão acostumados
com a mentira. Por isso, às vezes, acredita nas pessoas até “demais”.
Em Maria
Santíssima, tudo é relativo a Cristo e depende dele. Foi em vista dele que Deus
Pai, desde toda a eternidade, a escolheu e preparou, plenificando-a com maravilhosos
dons do Espírito Santo (LG 66).
Deixe
a raiva passar
Certa vez, uma
menina de oito anos ganhou, no Natal, um joguinho de chá azul, com bolinhas
amarelas. Ficou encantada com o presente.
No mesmo dia,
ela e sua amiga, vizinha, se divertiram com o brinquedo.
No dia
seguinte, ela tinha de sair à cidade com a mãe, e a vizinha pediu: “Posso brincar
com o joguinho de chá?” “Pode”, disse ela.
Mas quando a
garota voltou, viu que a prateleirinha estava quebrada. Nervosa, queria logo ir
à casa da colega pedir satisfação. Mas a vó interveio e disse: “Filha, espere
um pouco. Não seja precipitada”. A menina obedeceu.
Meia hora
depois, chegaram a colega e sua mãe, trazendo um novo joguinho de chá, igualzinho
aquele. A amiga pediu desculpas e explicou o que havia acontecido.
Como é
importante ter calma em momentos de raiva e de conflito! Paciência e caldo de
galinha não fazem mal a ninguém.
Mãe de Cristo
e Mãe da Igreja, rogai por nós.
A
emoção na frente da razão
Havia, certa
vez, um senhor que era muito nervoso. Um dia, ele estava dirigindo o seu carro
sozinho e o pneu furou. O homem xingou o pneu.
“Só falta o
estepe também estar furado”, disse ele para si mesmo. De fato, o estepe estava
também furado. Novos xingos.
A borracharia
mais próxima ficava a quinhentos metros. A distância foi motivo para ele xingar
ainda mais.
“Agora só
falta aquele borracheiro não querer consertar o meu pneu. Eu quebro a cara
dele.”
E foi rodando
o pneu na beira do asfalto. Cada volta que o pneu dava, sua raiva do borracheiro
aumentava.
Quando chegou
à frente do borracheiro, ele estava até vermelho de raiva. Olhou na cara do
pobre homem, bateu a mão no pneu e gritou: “Se você não consertar este pneu, eu
lhe quebro a cara!”
O borracheiro,
espantado, disse: “Mas, o que houve? Quem é o senhor? Eu aqui nunca recusei consertar
um pneu!”
Grande parte
das nossas broncas contra o próximo são fantasias nossas, ou baseadas na desinformação.
Às vezes as emoções falam na frente da razão.
A mãe sabe ser
“para-raios” em casa. Os conflitos morrem nela. Que a nossa querida Mãe do Céu
nos ajude a ser calmos.
Por
que o aprendizado é diferente
Certa vez, em um
curso de informática, um aluno perguntou ao professor: “Por que uns aprendem
muito, outros mais ou menos e alguns não aprendem quase nada, sendo que as explicações
do senhor são as mesmas?”
O professor
sabia que ele morava longe, e que era difícil chegar à sua casa, por isso disse:
“Imagine que você convida um colega aqui do curso para ir à sua casa, e você
lhe explica o trajeto. Só pela explicação, ele já chegaria à sua casa?” “Claro
que não”, respondeu o rapaz. “Ele precisaria percorrer todo o caminho que expliquei”.
O professor concluiu:
“O mesmo acontece com um curso. A aprendizagem é proporcional ao exercício que
cada um faz daquilo que vai aprendendo”.
O mesmo
acontece conosco, que estamos na escola de Jesus. Mesmo que ouçamos todos os
dias a sua Palavra, se não a praticamos, aprendemos pouca coisa.
E a prática do
Evangelho sempre envolve caminhar sobre as águas, como Pedro (Cf Mt 14,22-33).
Maria
Santíssima enfrentou com coragem a travessia do mar da sua vida, sempre caminhando
no amor e na fé. Que ela nos ajude.
O
grande desafio
Certa vez, um
fazendeiro muito rico quis fazer um desafio. Colocou na piscina de sua casa
várias espécies de bichos perigosos: Cobras venenosas, aranhas, escorpiões, piranhas,
jacarés...
E publicou o
seguinte anúncio na cidade: “O primeiro que conseguir atravessar a piscina a nado
ganhará um prêmio de dez mil Reais”. E avisou o dia e a hora da prova.
A notícia
tomou conta da região. No dia marcado, reuniu-se uma multidão em volta da piscina.
Mas, vendo aqueles animais ferozes, ninguém se arriscava a pular na água.
De repente,
ouve-se um barulho. Era um rapaz que estava atravessando a piscina com o máximo
de esforço. Em poucos segundos ele chegou do outro lado.
Ao sair da
água, a multidão bateu palmas. O fazendeiro, que tinha em mãos os dez mil Reais,
entregou ao vencedor, junto com um abraço.
Antes de
encerrar o evento, o povo quis ouvir uma palavra daquele jovem tão corajoso,
que acabava de se tornar um herói na cidade. Pediram que ele falasse. O rapaz
disse apenas: “Eu quero saber quem foi que me empurrou para dentro da piscina”.
Ter fé é
jogar-nos na grande piscina do mundo, confiando que Deus nos protegerá.
“Se tiverdes
fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para
lá’, e ela irá” (Mt 17,20).
Maria, mulher
de fé, rogai por nós.
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