HISTÓRIAS DE VIDA-DEZEMBRO 13
Pio
XII desafia os casais
Um dia, o Papa
Pio XII estava fazendo uma palestra para casais e para namorados, todos juntos,
em um grande auditório que existe no Vaticano.
Observando a
plateia, ele viu que os namorados estavam juntinhos, de braços dados, fazendo
carinho um no outro, ao passo que os casados estavam, um para lá e outro para
cá, sem nenhuma demonstração de afeto.
O Papa ficou
triste e fez um desabafo: “Eu pergunto a vocês: O sacramento do matrimônio une
ou separa o casal? Observando daqui, vejo que aqueles que não receberam o
sacramento demonstram afeto, ao passo que os que o receberam não demonstram!”
E Pio XII fez
um apelo: “Vamos provar para os filhos e para a sociedade que o sacramento é
uma graça que une, e não tenham vergonha de mostrar publicamente esse amor!”
Claro que o
sacramento é uma graça que traz a união e aumenta o amor do casal. O problema é
que nem sempre colaboramos com a graça.
Maria
Santíssima é a flor mais bela do jardim que é a Igreja. Ela enfeita, alegra e
perfuma a Comunidade católica. Mãe das famílias, rogai por nós.
O
cego de muita fé
Certa vez, um
poeta e um artista estavam examinando uma pintura de um célebre pintor, retratando
a cura do cego de Jericó (Mc 10,46-52).
O artista
perguntou ao poeta: “O que lhe parece mais notável nesta pintura?” O poeta respondeu:
“Tudo é excelente. A forma dada a Cristo, as pessoas agrupadas, a expressão dos
rostos...”
Já o artista
achou o toque mais importante em outro lugar. Apontando para a estrada que passava
ao lado, ele disse: “Você vê uma bengala descartada ali?”
- “Sim. Mas o
que tem a ver isso?”
- “Meu amigo! O
cego estava sentado ali na beira da estrada, com sua bengala na mão. Mas quando
ouviu falar que era Jesus que passava, teve tanta certeza que Jesus ia curá-lo,
que jogou a bengala longe e foi caminhando ao encontro do Senhor.
Ele tinha
tanta certeza que Jesus ia curá-lo, que descartou a bengala e caminhou, como se
já estivesse recebido a graça.”
Que nós também
tenhamos tanta fé, a ponto de caminhar como se víssemos o invisível.
Um dia, o
apóstolo Pedro, obedecendo ao chamado do Mestre, pulou do barco e caminhava
sobre as águas ao seu encontro. Entretanto, quando estava no meio da distância
entre Jesus e o barco, sentiu medo, e imediatamente começou a afundar. Ele
pediu socorro, Jesus veio e o salvou, mas lhe deu uma bronca: “Homem pobre de
fé!” (Cf Mt 14,22-33).
Maria
Santíssima acreditou tanto nas palavras do anjo Gabriel, que já começou a colaborar
com a aurora da humanidade, indo ajudar a prima grávida. Que ela nos ajude a termos
também tanta fé, que já demos agora o primeiro passo, colaborando com Cristo na
construção do seu Reino.
A
líder católica chamada Penha
Certa vez, uma
jovem, chamada Penha, que era da cidade, casou-se com um rapaz da roça. Foi morar
no sítio do marido, que ficava bem distante da cidade. A região tinha muitas
famílias, todas católicas, mas abandonadas. Elas não se reuniam aos domingos.
A Penha logo percebeu:
Faltavam líderes, pessoas de iniciativa. Ela resolveu fazer isso, mas começou
devagar, apenas rezando o terço nas casas. E o povo foi gostando dos encontros
e das reflexões sobre a Palavra de Deus. De repente, a Comunidade surgiu
naturalmente.
Hoje há
líderes dessa Comunidade que participa até das reuniões diocesanas de pastoral.
A Penha foi
esperta. Não falou de Comunidade logo no início, porque o povo não sabia o que
era isso.
Hoje, o povo
daquela Comunidade pode dizer à Penha o mesmo que o povo de Sicar disse à samaritana:
Não é mais por causa de você que vivemos em Comunidade. Nós sabemos que ela é
Cristo vivo presente no meio de nós (Cf Jo 4,39-42).
Que o bom Deus
suscite entre nós líderes como a Penha.
Maria
Santíssima é o modelo mais bonito de resposta ao chamado de Deus: “Eis aqui a escrava
do Senhor. Faça-se em mim conforme a tua palavra”. Que ela ajude a nós, seus
filhos e filhas, a amarmos a nossa Comunidade.
O
pai pedagogo
Havia, certa
vez, um pai de família que já estava velho, e sentiu que em breve ia morrer.
Chamou seus três filhos, deu a cada um dez moedas de prata e lhes disse:
“Aquela sala ali está vazia. Eu peço a cada um de vocês que, com esse dinheiro,
encha a sala. A melhor iniciativa será premiada”.
O primeiro
saiu e comprou algodão. Encheu a sala de algodão. O segundo comprou penas, penas
bonitas de diversas aves, e espalhou-as, cobrindo todo o piso da sala. O terceiro
comprou uma lamparina, acendeu-a e a colocou no meio da sala, enchendo-a de
luz.
O pai elogiou
a criatividade dos três. Mas deu o prêmio ao último, porque foi um sábio.
A fé é uma luz
derramada por Deus em nossos corações. Ela é a nossa maior riqueza e, com ela,
podemos iluminar o mundo.
“Vós sois a
luz do mundo... Não se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma caixa,
mas sim no candelabro, onde ela brilha para todos os que estão em casa” (Mt
5,14-15).
Esmolas
pedagógicas
Havia, certa
vez, três homens muito pobres que sempre iam a uma padaria pedir pão. Um dia, o
dono da padaria resolveu fazer um teste com eles.
Quando os três
chegaram, ele foi lá dentro e voltou, com o auxílio dos funcionários, trazendo
três sacos cheios. Um continha pães, o outro farinha de trigo, e o terceiro
sementes de trigo.
Colocou os
sacos na frente dos homens, contou o que havia dentro e pediu que eles escolhessem.
Um, apressadamente, pegou o saco de pães e foi embora contente. Outro pegou o
saco de farinha e também foi embora feliz.
O terceiro não
teve escolha. Ficou com o saco de sementes. O padeiro perguntou se ele estava
triste por isso. Com um largo sorriso, o homem respondeu: “De modo nenhum. Vou
plantar estas sementes e terei pães em casa por muito tempo”. Agradeceu e foi
também embora com o saco de sementes nas costas.
Deus não
costuma dar os pães já prontos, nem a farinha. Ele nos dá as sementes e o
terreno para plantarmos. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais
fome” (Jo 6,35). “Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem come deste pão viverá
eternamente” (Jo 6,51).
Vai
à Missa, mas é nervoso
Havia, certa
vez, um pai que era muito nervoso com seus filhos. Eles trabalhavam juntos, e o
pai só faltava bater neles.
Um dia, um dos
filhos lhe disse: “Pai, o que adianta o senhor ir à Missa e comungar todos os
domingos, se nos trata desse jeito?” O pai respondeu: “Se eu não fosse à Missa
e não comungasse, já teria esganado vocês todos”.
Aquele homem
era nervoso por temperamento. Procurava dominar-se, mas mesmo assim falhava. Se
não fosse o alimento espiritual da Eucaristia, ninguém o suportaria.
Entre muitos
títulos, Maria Santíssima é chamada de Desatadora dos nós. Ela, com a ajuda de
Deus, desata todos os nós da nossa vida, especialmente o principal deles que é
o pecado.
Pai
quis dar aos filhos o que ele não teve
Havia, certa
vez, um pai que quis dar a seus filhos o que ele nunca teve. Começou então a trabalhar
quinze horas por dia. Para ele, não existia sábado nem domingo. O seu único objetivo
era ganhar dinheiro, e para isso não parava.
No final da
vida, quando estava na cama, desenganado pelos médicos, alguém lhe perguntou: “O
senhor conseguiu realizar o que queria?” Ele respondeu: “Claro que sim! Eu
nunca tive um pai ausente, angustiado, áspero, sempre de mau humor, e eles
tiveram”.
Os filhos
aprendem mais com os olhos do que com os ouvidos. Eles imitam, mais do que obedecem.
Podem obedecer enquanto crianças, mas, quando crescem, o que vale é o exemplo
dos pais. Vamos dar à geração mais nova a maior riqueza: o nosso testemunho.
Muitos
elementos da personalidade de Jesus, ele os recebeu de sua mãe, que por sua vez
havia recebido de seus pais. Joaquim e Ana, e a filha Maria, rogai por nós.
Pe.
Orlando de Morais
Pe. Orlando de
Morais foi o primeiro redentorista brasileiro da Província de S. Paulo. Era
goiano, natural da cidade de Bonfim. Trabalhava no Santuário Nacional de Nossa
Senhora Aparecida.
Um santo homem
de Deus. Nunca teve boa saúde. Foi nomeado bispo, mas recusou por esse motivo. Sua
doença agravou-se.
Dia
07/12/1924, pressentindo que a morte estava próxima, arrastou-se até o quarto
do Superior, Pe. Francisco Wand, e pediu-lhe a bênção para morrer. Pe.
Francisco lhe disse: “Nem hoje nem amanhã, que é dia de festa e de muito
trabalho. Espere um pouco”.
Nove dias depois,
ele voltou ao quarto do Superior, pedindo novamente a licença “para viajar”.
Pe. Francisco respondeu: “Agora sim”. Pe. Orlando voltou ao seu quarto e entrou
em agonia, vindo a falecer horas depois. Era o dia 16/12/1924.
Um pouco antes
de sua morte, Pe. Francisco, que bem conhecia as virtudes do seu súdito,
pediu-lhe que, chegando ao Céu, lhe mandasse um conto de Réis, para pagamento
de uma conta urgente da Basílica. Após o enterro, uma senhora desconhecida
apresentou-se no convento, entregando ao Superior uma rosa feita com cinco
notas de duzentos mil Réis cada.
Felizes os
pais do Pe. Orlando, em Bonfim, GO, que lhe transmitiram a fé e a santidade!
Ninguém
precisa pedir licença para morrer, pois a vida pertence a Deus. Entretanto, a
atitude do Pe. Orlando não deixa de ser um exemplo de busca da vontade de Deus,
manifestada pelos superiores. “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão,
minha irmã e minha mãe” (Mc 3,35).
A
ciência desligada da vida
Certa vez, um
pastor estava no campo, cuidando de um enorme rebanho de ovelhas. Ao lado
passava uma estrada asfaltada.
De repente, um
carro parou. Saiu do volante um rapaz, com jeito de distinto, e disse ao pastor:
“Se eu lhe disser quantas ovelhas existem neste rebanho, o senhor me dá uma?” O
pastor respondeu: “Tranquilo”.
O rapaz pegou o
seu not-book, conectou-o na internet, acessou um programa especial de contagem
de animais pelo satélite e, em poucos segundos, apareceu na tela o número: Havia
ali 1586 ovelhas.
“É exatamente
este número”, confirmou o pastor. Então o jovem pegou uma ovelha, pôs no carro
e já estava indo embora, quando o pastor o chamou e disse: “Moço, se eu lhe
disser algo da sua vida particular, você me devolve a ovelha?” “Sim”, respondeu
ele. O pastor falou:
“Você leva uma
vida bastante isolada, tanto das pessoas como dos animais”.
- “Acertou de
cheio”, disse o jovem. “Mas me diga uma coisa: Como que o senhor sabe disso?” O
pastor respondeu:
“Porque você
teve um comportamento estranho. Parou aqui sem necessidade, contou minhas
ovelhas sem eu pedir, e me cobrou uma ovelha para dizer o que eu já sabia. E
não entende nada de ovelha, porque o que você pegou não é ovelha, mas o meu cachorro”.
Rapaz tão
inteligente em umas coisas, mas tão ignorante em outras. Quantos jovens
de hoje estão na mesma situação!
Há muitas
maneiras de ser possuído pelo demônio. Apegar-se demasiadamente à técnica e à
ciência, e se esquecer da caridade e do respeito ao próximo, é uma delas.
Maria
Santíssima acolhia sempre seu Filho com amor de mãe. Que ela nos ajude a recebê-lo
bem e segui-lo, renunciando a tudo o que é contrário a ele.
A
onça de olhos virados
Havia, certa
vez, uma onça que sabia de tudo o que acontecia nos matos. Tudo ela percebia e
criticava.
Um dia, aquela
onça começou a sentir a visão meio cansada, enxergando pouco, e procurou um oftalmologista.
Este resolveu fazer uma cirurgia nos olhos dela. Terminada a recuperação da
cirurgia, a onça se mandou novamente para o mato.
No entanto,
algo muito estranho estava acontecendo. Agora, ela enxergava muito mais defeitos,
coisas horríveis. Será que os bichos pioraram? pensava ela. Eram tantos os defeitos
que ela enxergava que, inquieta, procurou novamente o oftalmologista.
Este examinou
seus olhos e disso: “Dona onça, a senhora me desculpe. O erro foi meu. Quando
fiz a cirurgia, eu me distraí e coloquei seus olhos voltados para dentro. Por
isso que a senhora estranhou, pois está vendo a si mesma”. E recolocou os olhos
na posição certa.
A onça voltou
novamente para a floresta, mas agora era mais cautelosa ao criticar os demais
bichos, pois sabia que seus defeitos eram bem maiores.
Que sejamos
rigorosos conosco mesmos, mas muito condescendentes e compreensivos diante das
falhas alheias.
“Não julgueis
e não sereis julgados... Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não
reparas na trave que está no teu próprio olho?” (Mt 7,7-3).
Maria
Santíssima, a discípula fiel do Senhor, vivia sempre preparada para o segundo encontro
com o seu Filho, vindo como Juiz. Por isso, não julgava as pessoas, pois não conhecemos
o coração de ninguém.
Quando
termina a noite e começa o dia?
Certa vez, um
mestre perguntou aos discípulos: “Como você sabe o momento exato em que termina
a noite e começa o dia?”
Um deles
respondeu: “É quando, avistando ao longe, consigo distinguir um cão de um carneiro”.
O mestre disse que não.
Outro falou:
“É quando consigo diferenciar uma laranjeira de uma mangueira”. O mestre não se
satisfez.
Outro
discípulo arriscou: “É quando consigo distinguir um boi de um burro”. O mestre
continuou esperando.
Como ninguém
mais arriscava uma resposta, ele disse: “Termina a noite e começa o dia quando,
olhando para o rosto de alguém, reconhecemos nele o nosso irmão”.
Que bom se na
Comunidade católica todos nos relacionássemos como irmãos e irmãs! “Onde dois
ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt
18,20).
A Comunidade
tem uma Mãe zelosa para com seus filhos e filhas desgarrados. Com seu jeito de
mãe, ela sabe como corrigir. Que Maria nos ajude a sempre transformarmos a
noite em dia.
Nora
quer fazer mal à sogra
Certa vez, uma
jovem se casou e foi morar na casa da sogra. No começo, ia bem. Mas... Logo as
duas começaram a se desentender. O sonho daquela menina era um dia ser dona do
seu lar, o que não aconteceu. E o pior é que havia entre as duas uma incompatibilidade
de gênios.
Chegou ao
ponto de a moça detestar tanto a sogra, que desejava fazer mal a ela.
Um dia, a
jovem esposa procurou um sábio e lhe disse: “Eu quero fazer mal àquela bruxa. O
que faço?”
O sábio ouviu
tudo e disse: “Eu tenho um remédio. É um pó feito de ervas, que dá uma dor de
barriga horrível. Depois que começa a dor, demora vários dias para passar. Mas
não prejudica a saúde. Você tem de misturar na comida dela, sem ela perceber.
De dois em dois dias você mistura um pouquinho. Demora uns dias para fazer o
efeito. Agora, para ter certeza de que ninguém vai suspeitar de você, procure
tratá-la bem e agir sempre de forma amigável com ela. Não discuta”.
Tudo bem,
disse a moça. Pegou o vidro de remédio e foi para casa. Duas semanas depois,
ela voltou e disse ao sábio: “Eu parei de dar o remédio. Minha sogra melhorou.
Está ótima agora. Nós duas até ficamos amigas”.
O sábio disse:
“Filha, aquilo não é remédio. É vitamina! O que faltava na sua casa era a
pré-disposição: Você querer tratar bem a sua sogra. Foi só você fazer isso,
tudo ficou resolvido”.
Nós colhemos o
que plantamos. Se plantamos boa semente, germinará uma boa planta que dará belas
flores e gostosos frutos. Se plantarmos semente de erva daninha, será isso que
crescerá.
“O ódio excita
contendas, mas o amor cobre todas as transgressões” (Pr 10,12).
Maria
Santíssima foi a discípula por excelência. O discípulo se deixava ensinar,
percorre o caminho do mestre, faz as experiências que ele faz. Se o mestre crê,
o discípulo também crê; se o mestre ama, o discípulo também ama.
De
que lado fica o noivo no Altar?
Havia, certa
vez, uma igreja muito bonita, no centro de uma cidade grande. Era a igreja preferida
pelas noivas de toda a cidade para se casarem.
Mas o padre
vivia meio desiludido, porque nenhum casal de noivos vinha antes confessar-se,
para receber bem o sacramento. Ele percebia também que as celebrações eram bonitas,
mas de pouca piedade.
A igreja, que
já era bonita, ficava mais bonita ainda com aquelas roupas elegantes, coral, flores,
filmagens... Mas a fé e a oração eram deixadas de lado.
Um dia, quinze
minutos antes do casamento, um noivo o procurou e disse: “Sr. padre, posso
falar um pouquinho com o senhor em particular?” O padre pensou: Que bom! Até
que enfim apareceu um noivo desejando confessar-se.
Quando os dois
estavam em um lugar a sós, o noivo disse, preocupado: “De que lado eu fico no
Altar, quando a nova estiver entrando?” O padre quase respondeu: “Do lado de
fora!” Mas se conteve e disse:
“Filho, receba
a noiva no Altar do jeito que você quiser. Isso é secundário. O importante no
casamento é a presença de Deus, diante do qual vocês vão dar o sim um ao outro,
que é para toda a vida”.
A família de
Nazaré é o modelo, deixado por Deus, de esposa e mãe, de marido e pai, e de
filho. Família de Nazaré, abençoai as nossas famílias.
Nenê
limpinho: “Meu filho”
Havia, certa
vez, um homem casado que, quando chegava um amigo em sua casa, levava-o até o
berço e lhe mostrava o seu lindo nenê, que estava arrumadinho e perfumado. Ele
dizia para a visita: “Este é o meu filho”.
Mas, à noite,
quando o nenê chorava, ele dizia à esposa: “Vá cuidar de seu filho!” Também
quando a criança estava suja, ele chamava a esposa para cuidar e dizia “Seu
filho”.
Deus, quando
se refere a nós, chama-nos de “meu filho”, “minha filha”. Isto sempre,
principalmente quando estamos sujos ou chorando.
Na parábola do
Filho pródigo, o irmão mais velho não chamou outro de “meu irmão”, mas de “teu
filho”. Já o pai o corrigiu: “Este teu irmão estava morto e tornou a
viver...”
Nelsinho,
exemplo para as crianças
Nelsinho
Santana nasceu dia 31/07/1955, na zona rural de Ibitinga, SP. Seus pais se
chamam João e Ocrécia.
Quando tinha
nove anos, um dia Nelsinho fraturou o braço. O tratamento foi precário e, meses
depois, foi levado para a Santa Casa de Araraquara, SP. Uma Irmã religiosa lhe
ensinou o catecismo e ele fez a primeira Comunhão.
A partir daí,
despertou-se no menino um extraordinário amor a Jesus, que recebia diariamente
na Eucaristia. Nasceu também nele um grande interesse em ajudar as pessoas,
intercedendo por elas junto ao seu amigo Jesus.
Apesar das
dores, vivia em constante alegria e paz. Ao saber que sua morte estava próxima,
ficou feliz, pois assim, mais perto do seu Amigo, podia interceder por todas as
pessoas da terra que passassem por qualquer necessidade.
Faleceu dia
24/12/1964, com nove anos de idade. A Igreja o declarou servo de Deus.
“Alguns
levaram crianças a Jesus para que ele impusesse as mãos sobre elas e fizesse
uma oração. Os discípulos, porém, os repreendiam. Vendo isso, Jesus disse:
‘Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim” (Mt 19,13-14).
O
soldado de Napoleão condenado à morte
Certa vez, um
dos soldados de Napoleão Bonaparte cometeu um crime muito sério e foi condenado
à morte.
Na véspera da
execução, a mãe do soldado foi implorar para que a vida de seu filho fosse
poupada.
“Minha
senhora, respondeu Napoleão, o que seu filho fez não merece clemência”. Ela respondeu:
“Eu sei disso. Se merecesse, não seria verdadeiramente um perdão. Perdoar é a capacidade
de ir além da justiça”.
Ao ouvir essas
palavras, Napoleão comutou a pena para exílio.
Está aí um
grande meio de construir a paz, seja dentro de casa, seja fora dela: O perdão.
Temos uma Mãe
no Céu, a interceder junto ao Filho por nós. “Rogai por nós pecadores, agora de
no hora da nossa morte”.
A
mulher impaciente
Certa vez, uma
senhora foi assistir uma peça teatral e, ao chegar em casa, descobriu que havia
perdido um de seus brincos de brilhante. Além do grande valor material da joia,
havia também um valor sentimental, por tratar-se de herança de sua mãe.
Bastante
aflita, telefonou para o gerente do teatro, perguntando se haviam encontrado a
joia durante a limpeza do salão. O gerente pediu-lhe que aguardasse na linha,
enquanto iria perguntar ao responsável pela limpeza.
Ao encontrar o
responsável, soube que o brinco havia sido achado e guardado em um lugar
seguro. O gerente retornou ao telefone para lhe dar a excelente notícia. Mas a
senhora já havia desligado o telefone! Sem saber o nome da dona do brinco,
aguardou que tornasse a ligar e até colocou um anúncio em um jornal, mas nunca
mais teve qualquer notícia dela.
Aquela senhora
era impaciente. Por causa de alguns minutos de espera, acabou perdendo a sua joia
preciosa.
Muitos de nós
agimos com Deus do mesmo jeito. Pedimos e já queremos logo a resposta. Deus atende,
mas na hora melhor para nós, e do modo melhor, o que ultrapassa os nossos limitados
conhecimentos.
A pressa é
própria dos seres mortais. Como Deus não morre, ele não tem pressa. Nós também
precisamos ter paciência diante dele, o que faltou para Zacarias, que pediu durante
muito tempo a graça de ter um filho, e depois desanimou (Cf Lc 1,18). A pressa
é também própria de quem não tem muito poder. Como nós somos fracos, ficamos
com medo de perder a oportunidade, por isso temos pressa.
Virgem santa,
Virgem bela, Mãe amável, Mãe querida, amparai-nos, socorrei-nos, ó Senhora Aparecida.
O
verdadeiro sucesso
Certa vez, um
homem riquíssimo estava morrendo. Olhou para o filho, ao lado da cama e, com
dificuldade, disse: “Filho, segure minha mão”. Ele a pegou, enquanto o pai continuava:
“Você está segurando a mão do homem que se tornou o maior dos fracassos dentre
todos os homens deste mundo”.
O filho
retrucou: “Pai, por que o senhor fala assim? O senhor é o homem mais rico aqui
da nossa cidade...!”
O velho
respondeu: “Eu vivi para esta terra e não para a eternidade. Não me preparei para
o mundo vindouro. Agora, tudo é muito escuro e frio”.
Logo depois
ele morreu, com um semblante triste e de pessoa preocupada. Aquele era, de fato,
um homem fracassado.
Nós costumamos
medir o sucesso de uma pessoa pelos bens que possui. Se os tem em abundância,
julgamos ser uma pessoa bem sucedida. Se não apresenta nenhum patrimônio, logo
a taxamos de fracassada. Mas o sucesso ou fracasso não está na quantidade de
bens que alguém possui, mas na sua preparação para a vida eterna.
“O ser humano
é como um sopro; seus dias são sombra que passa” (Sl 144,4).
Maria
santíssima era rica, muito rica. Mas a sua única riqueza era a graça de Deus.
Por isso viveu feliz e está hoje em corpo e alma no Céu. Seu exemplo é luz que ilumina
nossos projetos e sonhos.
A
velhinha que se assustou com a morte
Certa vez, uma
senhora bem idosa foi buscar lenha no mato. Ajuntou um feixe, amarrou-o e
tentou colocá-lo nas costas, mas não conseguiu. Desanimada, pediu a morte, dizendo:
“Ô morte, venha me buscar! Eu estou velha, fraca, não aguento mais nem com este
feixe de lenha!” E continuou suas lamúrias.
De repente,
houve um vento forte e a morte apareceu, com o rosto de caveira e a machadinha
na mão. “A senhora me chamou?” perguntou ela.
A velhinha
olhou assustada, viu a machadinha e disse: “Sim, dona morte. É para a senhora
me ajudar a por este feixe de lenha nas costas”.
Nós não
escolhemos o dia de nascer e não vamos escolher o dia de morrer. Isso compete a
Deus. Em vez de reclamar, devemos procurar viver, do melhor modo possível, cada
dia que o bom Deus nos dá, aproveitando as forças e as condições que temos para
fazer o bem.
E na hora derradeira,
ao sairmos desta vida, implorai a Deus por nós, ó Senhora Aparecida.
A
máquina mágica
Havia, certa
vez, em um lugar bem afastado, uma máquina que era mágica. A sua aparência era
de um enorme moinho de café.
Mas, na
verdade, o que ela moía era gente. Pessoas velhas eram colocadas nela e saíam jovens
e bonitas.
O trabalho era
gratuito e durava poucos minutos. Colocava-se a pessoa dentro da máquina e a
ligava, pronto. Podia ser da idade que fosse que, em poucos minutos, a pessoa
saía jovem e sorrindo, exatamente naquela idade que escolheu.
Uma senhora
bem idosa interessou-se e foi até a máquina. Chegando, disse para a recepcionista:
“Quero voltar aos meus dezessete anos”.
A moça sorriu,
pediu os dados pessoais dela, sentou-se na frente de um enorme computador e
digitou todos os dados. A impressora começou logo a imprimir umas páginas. A
senhora ficou curiosa e perguntou: “O que é isso?”
“São todas as
tolices que a senhora cometia aos dezessete anos. Voltando, a senhora vai ter
de fazer de novo todos esses erros.”
A mulher
começou a ler a lista, que tinha mais de dez páginas. Viu que no final havia um
contrato que ela devia assinar. Refletiu um pouco e disse para a moça que
desistia. A recepcionista então lhe falou:
“Já fazem mais
de dez anos que a nossa máquina está parada. Todas as pessoas que aqui chegam
fazem como a senhora: Ao ler as asneiras que praticaram e saber que terão de repeti-las,
desistem”. A velha agradeceu e foi embora.
Não existe, na
nossa vida, uma idade melhor ou pior que a outra, pois fomos criados por Deus e
ele faz as coisas bem feitas em todas as fazes. O importante é vivermos bem a
fase em que estamos.
Ateu
se converte olhando sacrário
Certa vez, um
homem ateu foi convidado para fazer o Cursilho de Cristandade. São três dias de
intensa formação católica e oração.
Nos dois
primeiros dias, aquele senhor dizia para todos que era ateu. No segundo dia, à
noite, um dirigente pediu que ele fosse à capela rezar. Ele objetou que era
ateu. O líder disse: “Não há problema, vá assim mesmo”.
Quando o homem
entrou na capela, o dirigente apagou a luz e o deixou só, naquele ambiente totalmente
escuro e silencioso, apenas a luzinha do sacrário brilhando na sua frente.
O homem então
disse para Cristo: “O Senhor sabe que sou ateu. Não acredito nem na sua existência”.
E continuou ali sentado.
De repente,
ele pensou: “E se alguém chegasse aqui agora e, por trás, fincasse uma agulha
no meu braço? Eu não o veria, mas sentiria a picada. Deus é assim; nós não o
vemos, mas sentimos”. E começou a chorar. Minutos depois procurou um padre para
se confessar.
Cristo nos
espera nas curvas da vida, e marca encontro conosco na hora certa, usando como
seus instrumentos os líderes católicos.
A Eucaristia
tem uma enorme força para tocar os corações. Nós não vemos Cristo presente na
Hóstia, mas sentimos. E sentimos às vezes tão forte como a picada de uma agulha.
Quem vê Marias
Santíssima, sempre vê, acima dela, a grande imagem do seu Filho. Assim como
quem vê Jesus Cristo, sempre enxerga ao lado sua Mãe. Graças vos damos,
Senhora, Virgem por Deus escolhida, para Mãe de Redentor, a Senhora Aparecida.
Pe.
Antão Jorge
O Pe. Antão
Jorge nasceu em 1880, na Áustria. Seus pais se chamavam Sebastião e Elisabeth.
Eram bem ligados à Igreja. A mãe pertencia à Ordem Franciscana Secular. Tiveram
seis filhos.
Quando jovem,
Antão participou das santas Missões redentoristas em sua cidade. Entusiasmado
pelo trabalho missionário, decidiu ser também redentorista. Em 1904 foi ordenado
sacerdote.
No mesmo ano,
veio para o Brasil. Durante os longos dias de viagem, ele fez um propósito, que
cumpriu até o fim da vida: “Quero santificar-me, ajudando os brasileiros a se
tornarem santos”.
Ao chegar aqui,
foi para Goiânia, onde trabalhou como missionário, viajando a cavalo pelo
interior do Estado.
Conta-se que
um dia, ao passar por uma cidade, ficou sabendo que cinco homens armados
estavam em volta de uma casa, para matar o dono da casa, que estava dentro. Era
o terrível círculo vicioso da vingança entre famílias.
Pe. Antão não
duvidou. Usando sua batina, desceu do cavalo, entrou na casa e saiu abraçado
com o homem, protegendo-o com o seu corpo. Desse modo, a pobre vítima pôde escapar
e fugiu.
Em outra
ocasião, coincidiu que bem nos dias da Missão chegou um circo à cidade. Como os
moradores estavam preferindo a Missão, alguns do circo ficaram com raiva e resolveram
ir à igreja para atrapalhar a Missão. Ficavam atrás do padre, imitando a sua
pronúncia, que era péssima. Eles ridicularizavam e faziam o povo rir.
Numa noite, um
deles caiu de uma corda no circo e se machucou gravemente. O povo viu aquilo como
um castigo de Deus, e o circo teve de ir embora. A partir daí, a Missão pegou
de uma vez.
Pe. Antão
gostava também de pregar retiros, esperando que acontecesse com os participantes
o que aconteceu com ele, isto é, deixar-se tocar pela graça de Deus e mudar de
vida.
Foi ele que
construiu a matriz de Trindade, GO, e a igreja de Bela Vista de Goiás. Nessas
construções, ele próprio ia ao mato, cortava a madeira e trazia.
Em 1915, Pe.
Antão mudou-se para Aparecida, SP, a fim de trabalhar no Santuário de Nossa
Senhora Aparecida. Construiu o Lar Nossa Senhora Aparecida, para idosos.
Lutou, junto
com outros aparecidenses, pela emancipação da cidade, o que aconteceu dia
17/12/1928.
Foi ele a
pessoa que mais trabalhou para que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada Padroeira
do Brasil, o que aconteceu em 1930.
Mas o seu
trabalho de maior destaque foi o iniciou da construção do novo Santuário Nacional
de Nossa Senhora Aparecida, o maior templo mariano do mundo.
Uma característica
do Pe. Antão era não falar mal de ninguém. Sempre que podia, ele impedia que as
pessoas cometessem a maledicência.
Nos seus
últimos anos de vida, ele não conseguia mais celebrar a santa Missa, mas não perdia
tempo. Atendia Confissões. Era sempre sorridente, calmo e acolhedor. Isso até o
seu último dia de vida. Faleceu dia 28/09/1965, com 85 anos de idade.
“Como são
belos, sobre as montanhas, os pés do mensageiro que leva a paz” (Is 52,7; Rm
10,15).
Anjos
fazem perguntas a Deus
Diz uma lenda
que, quando Deus terminou a criação do mundo, cinco anjos aproximaram-se dele e
fizeram perguntas.
- O primeiro
perguntou: “Como que o Senhor fez esta obra fantástica?” Este anjo é continuado
hoje pelos cientistas.
- O segundo
disse: “Por que o Senhor criou o universo?” Ele é continuado pelos filósofos.
- O terceiro
falou: “Quanto vale esta obra?” Este anjo é representado hoje pelos comerciantes.
- O quarto
bateu palmas para Deus.
- E o quinto
perguntou: “Posso ajudar?”
Este último é
continuado hoje pelos colaboradores da criação. Nos seis dias da semana, devemos
imitar o quinto anjo, colaborando na criação do mundo. E no domingo, imitar o
quarto anjo, louvando a Deus por tantas coisas bonitas que ele fez.
Três
meninos, mas só um é filho
Três
mulheres conversavam ao lado de um poço, e um velho as escutava. A primeira
dizia: “Meu filho é muito forte, corre e pula”.
A segunda dizia: “O meu filho canta
como o passarinho”.
A
terceira mulher nada dizia. Então o velho perguntou: “Você não tem filho?”
-
“Tenho. Mas ele é um menino normal, como todas as crianças”.
As
três mulheres pegaram seus potes cheios de água e foram caminhando. No meio do
caminho, elas pararam para descansar, e o velho sentou-se ao lado delas. Logo
elas viram seus filhos caminhando para perto delas.
O
primeiro vinha correndo e pulando. O segundo vinha cantando lindas canções. O
terceiro não vinha pulando nem cantando. Ele correu em direção à mãe, pegou o
pote cheio de água e levou para casa.
Então
as três mulheres perguntaram para o velho homem: “O que o senhor achou dos
nossos filhos?” Ele respondeu: “Realmente eu acabei de ver
três meninos. Mas vi apenas um filho”.
“É uma desonra
para o filho a mãe desprezada” (Eclo 3,13). “Filhos, obedecei a vossos pais, no
Senhor, pois isto é de justiça: ‘Honra teu pai e tua mãe’. Este é o primeiro mandamento
que vem acompanhado de uma promessa: ‘a fim de que sejas feliz, e tenhas longa
vida sobre a terra” (Ef 6,1-3; Ex 20,12). “Quem usa de brutalidade para com o
pai ou a mãe, é um filho desonrado e infame” (Pv 19,26).
Luís
XI e o adivinho
Luiz XI foi
rei da França, de 1461 a
1483. Era um homem mau, cruel e violento.
Um dia lhe
contaram que um adivinho havia previsto a morte de uma funcionária do palácio,
e isso aconteceu. Disseram-lhe também que esse adivinho era extraordinário.
Adivinhava tudo com precisão.
O rei mandou
trazê-lo, e instruiu os seus guardas: “Se eu fizer tal sinal, vocês o matem imediatamente”.
O homem veio e o rei lhe disse: “Dizem que você adivinha as coisas. É verdade?”
- “É, às vezes,
com a graça de Deus”.
- “Então me
diga: Quando você irá morrer?”
- “Três dias
antes de vossa majestade.”
Diante dessa
afirmação, o rei preferiu não matá-lo, pois tinha muito medo da morte. E com
razão, pois era um homem mau.
Não basta ter
medo da morte. Precisamos estar sempre preparados, pois, com medo ou sem medo,
ela vem para todos, e em hora imprevista.
Maria
Santíssima era uma mulher vigilante. Vivia sempre preparada para o encontro com
o seu grande amor que é Deus. Santa Mãe de Deus, rogai por nós.
Deixa
a luz do Céu entrar
Certa vez, um
homem caminhava triste e solitário, deixando a cidade e subindo a montanha que
ficava ao lado.
Quando estava
no meio da subida, encontrou-se com um lenhador. Este, ao vê-lo tão amargurado,
perguntou: “O que você tem, amigo? Por que está assim, com a cabeça baixa,
testa franzida, feição triste?” O homem respondeu: “Eu me sinto muito só e
infeliz”.
O lenhador
aproximou-se dele e disse: “Eu passo o dia todo aqui e não me sinto sozinho,
pois Deus está comigo”.
Em seguida,
pediu ao homem que olhasse para trás e visse a cidade lá embaixo. Era de manhã
e o sol batia nas casas.
“Você está
vendo as casas”, disse. “Algumas estão com as janelas fechadas e o sol não
entra. Outras estão com as janelas abertas, e nestas o sol está entrando. O
nosso coração é como aquelas casas. Se nós abrirmos as suas janelas, a luz entrará.
Veja esta natureza tão bela ao nosso redor. Deus nos mostra o seu rosto, o seu
coração. Deixe que o sol entre dentro de você também. Através da natureza, você
encontrará Deus, e com ele a felicidade.”
Ao ouvir essas
palavras, o semblante do homem iluminou-se. Agradeceu ao lenhador, despediu-se
e continuou subindo a montanha.
O amor e o bom
exemplo agem como o fermento. Vamos testemunhar o bem, deixar que a luz de Deus
entre em nós e nos transforme em luz do mundo.
“Tu anseias,
eu bem sei, a salvação. Tens desejo de vencer a escuridão. Abre, pois, de par
em par, teu coração, e deixa a luz do Céu entrar.
Maria
Santíssima é chamada Senhora da Luz. Santa Maria, rogai por nós.
A
foto mais bonita que a criança
Certa vez, uma
jovem mãe estava com o seu bebê no portão da casa. Passou uma senhora, parou e
disse: “Como é bonita esta criança!” A mãe falou: “Espere um pouquinho. Vou buscar
a fotografia dela para a senhora ver que é mais bonita ainda”.
O que aquela
mãe fez foi simplesmente ridículo, porque os fotógrafos podem falsificar fotografias,
“melhorando” as pessoas.
Mas há algo
parecido com a Redenção feita por Jesus. Esta foi além e tornou o original,
isto é, o homem criado por Deus, melhor e mais bonito ainda. Por isso que
cantamos no sábado santo, referindo-nos ao pecado original: “Ó culpa tão feliz
que há merecido a graça de um tão grande Redentor”.
Quando Maria
Santíssima ouvia, ao participar da santa Missa, aquelas palavras do seu Filho:
“Tomai todos e comei, isto é o meu corpo... Tomai todos e bebei...” certamente
ela pensava: Este corpo foi gerado dentro de mim.
E quando ela
comungava, era quase que uma nova encarnação. Aquele coração que batia em seu
ventre volta agora para sustentá-la na caminhada.
Claro que
Maria se lembrava também dos maus tratos que Jesus recebeu e continuava recebendo
dos homens, e voltava a sentir a espada que, no Calvário, transpassou o seu
coração. Por isso lhe pedimos: “Ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores”.
A
formicida granulada
Certa vez,
apareceu na roça de um agricultor um formigueiro. Eram formigas devoradoras que
estavam destruindo a plantação.
Então o homem
colocou na entrada do formigueiro um veneno em forma de grãozinhos, com aparência
e cheiro atraentes às formigas. Julgando que os pequenos grânulos fossem
comida, as formigas os apanharam e conduziram para dentro do formigueiro.
Quando o
agricultor voltou, no dia seguinte, todas as formigas estavam mortas. Mas ele
ficou triste, porque outro formigueiro ao lado, cujas formigas não eram agressivas,
também levaram a “comida” para dentro de suas casas e morreram.
Somos fracos,
podemos nos enganar pelo inimigo. O pecado sempre se apresenta como algo bom e não
nocivo. Depois que o praticamos, aí é que ele mostra todo o seu veneno.
Por isso Jesus
nos alerta: “Cuidado com os falsos profetas; eles vêm até vós vestidos de ovelhas,
mas por dentro são lobos ferozes” (Mt 7,15).
Maria
Santíssima era esperta e não caiu nas armadilhas do tentador. Ela tinha a fidelidade
própria de quem ama. A noiva espera a chegada do noivo e se prepara para isso
com a maior alegria. Assim era Nossa Senhora. Que ela nos ensine a sermos
sempre vigilantes.
O
descobridor do fogo
Há milhares de
anos, um homem descobriu como se faz o fogo. Ao esfregar uma pedra na outra,
ele percebeu que saíam faíscas. Repetiu o gesto junto a palhas secas e as faíscas
se transformaram em chamas. Ficou vislumbrado.
Levou a sua
invenção para muitas aldeias. As pessoas ficavam felizes porque podiam cozinhar
a carne, o arroz, o feijão e aquecer-se no tempo de frio. Aquele homem era humilde;
não queria fama nem ficar rico com a sua descoberta.
Entretanto,
umas pessoas malvadas, levadas pela inveja e pelo medo de perder algum ganho
com o aparecimento da nova invenção, mataram aquele homem.
Quando as
pessoas ficaram sabendo, construíram estátuas dele e ficavam comentando sobre a
sua vida, suas virtudes e seu heroísmo.
Mas o problema
foi que, com isso, se esqueceram de como fazer fogo. Assim, precisou, mais
tarde, surgir outro descobridor do fogo.
Podemos
comparar Jesus com aquele homem. Pode acontecer de reverenciarmos a pessoa de Jesus,
mas nos esquecermos da Boa Nova que ele trouxe. Amar não é olhar um para o outro,
mas os dois na mesma direção. Se queremos agradar a Jesus, vamos cuidar do fogo
que ele nos trouxe, que é o amor. Amor que nos torna todos iguais, porque somos
irmãos. E um amor que nos compromete, como comprometeu a Jesus.
“Nem todo
aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos céus, mas só aquele
que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21).
O
professor, o sábio e as árvores
Certa vez, um
professor entrou em crise existencial e procurou um sábio. Ao chegar à casa
dele, viu que havia várias pessoas na sala de espera aguardando sua vez de
falar com ele.
Quando,
finalmente, o professor foi chamado, disse ao sábio: “Por que eu me sinto inferior
ao senhor? Apenas um momento atrás, tudo estava bem comigo. Quando entrei aqui
na sua casa, subitamente me senti inferior”.
O sábio falou:
“Volte para a sala de espera. Quando todas as pessoas tiverem partido, eu lhe
responderei”.
Depois que
todos foram atendidos, o sábio o levou para fora de sua casa. Já era noite, e a
lua cheia estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
“Olhe para
estas duas árvores, a árvore alta e a pequena ao lado. Durante o ano, nunca
houve problema entre elas. A árvore menor jamais disse à maior: ‘Por que me
sinto inferior diante de você?’ Esta árvore é pequena e aquela é grande; este é
o fato. E nunca ouvi sussurro algum delas a este respeito.”
O professor
argumentou: “Isto se dá porque elas não podem se comparar”.
O sábio
replicou: “Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta. Quando você
não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é,
simplesmente existe. Se é um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não
importa. Você é você mesmo”.
E o sábio
continuou: “Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas.
O canto de um pássaro é tão importante quanto qualquer grande cantor, pois o mundo
seria menos belo sem o canto da pequena ave. Tudo é necessário e tudo se
encaixa. É uma unidade. Ninguém é mais alto ou mais baixo, superior ou
inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na natureza,
tamanho não é diferença, tudo é expressão igual de vida”.
“Eu te louvo,
Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos
e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11,25).
Santo
Afonso oferece a Maria sua toga
Santo Afonso
Maria de Ligório, o fundador dos missionários redentoristas, era italiano e viveu
no Séc. XVIII. Era um homem apaixonado por Deus.
Afonso tinha
também um forte dinamismo profético. Quando jovem, escolheu a profissão de
advogado para defender o direito dos pobres.
Um dia, ele
estava no tribunal, defendendo o direito de um senhor pobre, contra um dos homens
mais poderosos da Itália. Este comprou o juiz e Afonso perdeu a causa.
A partir daí,
Afonso decepcionou-se com a advocacia. Foi a uma igreja dedicada a Nossa
Senhora e depositou aos pés da Santa a sua toga de advogado.
Resolveu
tornar-se padre. Como sacerdote, logo percebeu que, em sua cidade, Nápoles, os
pobres eram discriminados até no atendimento religioso. Começou, então, a
fundar Comunidades católicas na periferia.
Um dia, exausto
de tanto trabalhar, foi tirar uns dias de descanso em uma região rural. Ali,
conheceu os cabreiros. Viu neles as pessoas mais pobres e abandonadas do País.
Afonso esqueceu-se do cansaço e pôs-se a ensinar-lhes o catecismo, a fazer
batizados, casamentos... Enfim, conviver com aquela gente preferida de Deus.
Acabou mudando-se para aquela região. Foi ali que nasceu a Congregação Redentorista.
“Enviou-me
paras evangelizar os pobres” (Lc 4,18). “Junto dele a Redenção é abundante” (Sl
129,7).
Maria
Santíssima exerceu forte influência na vida de Afonso, porque também ela é preocupada
com os mais pobres e abandonados, como vemos em seu hino, o Magnificat. Mãe dos
excluídos, rogai por nós.
Pe.
Ezequiel Ramin
Pe. Ezequiel
Ramin era italiano, da congregação dos Combonianos. Nasceu em 1956. Era pároco
da cidade de Cacoal, Rondônia, município enorme, no qual havia vinte aldeias de
índios, além de dez mil famílias de agricultores espalhadas pelo mato.
Pe. Ezequiel,
com todo o entusiasmo de jovem sacerdote, começou a visitar as famílias, celebrar
Missas, fazer reuniões e organizar Comunidades Eclesiais de Base.
Mas logo se
deparou com uma triste situação: As matas estavam sendo invadidas e devastadas
por fortes grupos econômicos que, com suas poderosas motosserras, derrubavam
árvores seculares e levavam a madeira, geralmente para fora do Brasil.
O povo estava
também assustado com as cercas de arame farpado que surgiam em todo canto, com
placas trazendo nomes de pessoas desconhecidas que se diziam proprietárias daquelas
terras, onde as famílias viviam, desde seus avós.
O pior eram os
pistoleiros e jagunços que começaram a aparecer, com suas armas na cintura.
Inclusive uma área grande e bonita, que tinha uma Comunidade Católica atuante,
de uma hora para outra foi cercada com cerca de arame farpado, e rodeada de
placas com o nome: “Fazenda Catuva”.
Nas Missas
mensais, Pe. Ezequiel percebia que o povo estava assustado e triste, sem saber
a quem recorrer. Os pistoleiros visitavam as casas e diziam abertamente: “Caiam
fora daqui, porque agora tudo isso é de fulano de tal. Quem não sair vai levar
chumbo”.
“Mas os nossos
avós já moravam aqui!” diziam os moradores.
- “Não
interessa. A ordem que temos é limpar a área”.
O povo tinha
medo, porque via nas caras deles que eram assassinos. Muitas famílias deixaram
suas propriedades e foram morar na periferia das cidades grandes.
Pe. Ezequiel
aconselhava: “Fiquem aqui por enquanto! Nossa diocese já arrumou um advogado e
ele está trabalhando pelos direitos de vocês”.
Por isso,
algumas famílias disseram para os jagunços: “Nós não vamos embora, porque o
nosso Pároco nos mandou esperar”.
Quando o
pretenso dono foi informado, encheu-se de ódio contra o Pe. Ezequiel. Então
pediu aos pistoleiros que o matassem.
Algumas
pessoas o aconselharam a voltar para a Itália, ou ir para outra região do Brasil,
mas ele não quis.
Numa noite em
que ele voltava de uma Missa em uma Comunidade rural, ao frear o jipe para
passar em um mata-burro, foi morto a tiros. Era o dia 24/07/1984. Tinha apenas
trinta e dois anos de idade e quatro de padre.
O enterro foi
muito bonito e comovente. A hora mais emocionante foi quando todo o povo cantou
a música de que ele mais gostava: Pai Nosso dos mártires. O canto diz:
“Pai nosso,
dos pobres e marginalizados, teu nome é santificado quando a justiça é nossa
medida. Teu Reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão. Queremos
fazer tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador. Não vamos seguir as
doutrinas corrompidas pelo poder opressor. Pedimos-te o pão da vida, o pão da
segurança, o pão das multidões. Perdoa-nos quando por medo, ficamos calados
diante da morte. Perdoa e destrói o reino em que a corrupção é a lei mais forte...”
Santa
Cecília
Santa Cecília
viveu em Roma, no Séc. III. Era um tempo de forte perseguição à Igreja por
parte do império romano.
Logo que
cresceu, Cecília tornou-se uma garota muito linda. Ela tinha um amor enorme a
Deus e, em segredo, consagrou a ele a sua vida e sua virgindade.
Seguindo o
costume da época, seus pais a prometeram em casamento a um rapaz importante da
aristocracia romana, mas pagão.
Contra a sua
vontade, Cecília teve de ir ao casamento. Durante a celebração, ela mudava
mentalmente as letras das músicas de amor que eram cantadas, colocando Deus no
lugar do rapaz decantado.
Assim,
enquanto a orquestra tocava melodias de amor humano, ela, no seu íntimo, acompanhava
as músicas colocando letras de amor a Deus. Por isso que Cecília é a padroeira
da música.
Antes de
dormirem juntos, ela contou ao rapaz o seu voto. Ele entendeu e a respeitou. No
fim, também ele se converteu à Igreja Católica.
Mas,
infelizmente, Cecília foi condenada à morte, por ser católica. Antes da execução,
o próprio Papa, chamado Urbano, veio ao cárcere e lhe deu o sacramento da Unção
dos Enfermos.
Na verdade,
não era só Cecília que era apaixonada por Deus. Deus também era apaixonado por
ela. Não só por ela, mas por cada um de nós. Você também não quer imitar
Cecília? Quem convida é o próprio Deus. Todo amor verdadeiro é totalizante e
inclui a doação da vida.
“Eu quero ver
acontecer. Um sonho bom, sonho de muitos, acontecer. Nascendo da noite escura,
a manhã futura trazendo amor. No vento da madrugada, a paz tão sonhada brotando
em flor.”
Quando Maria,
ao saber da necessidade da prima Isabel, foi apressadamente ajudá-la. A pressa
não foi porque Isabel estivesse precisando com urgência. Foi o amor a Deus que
Maria carregava dentro de si que a fez apressar-se. A prova disso é que, ao
chegar à casa da prima, cantou louvando a Deus. Santa Maria e Santa Cecília,
rogai por nós.
A
flor para a esposa
Certa vez, um
homem estava entrando em casa para o almoço e lembrou-se que aquele dia era o
aniversário da esposa. Coisa rara, porque homem geralmente não lembra dessas
coisas.
Ele apanhou
uma rosa do jardim dela, na frente da casa, e entrou com a mão para trás, todo
sem jeito. Entregou-lhe a flor e a própria esposa teve a iniciativa do abraço.
Ela percebeu a
falta de espontaneidade do querido esposo, mas mesmo assim ficou muito feliz.
Cada um mostra o amor do jeito que pode. O importante é sempre mostrar amor e
perdão.
O homem é
diferente da mulher. Ele dificilmente fala que ama. Seu amor é demonstrado sem
palavras, através da dedicação ao trabalho. Quando ele chega em casa cansado,
sujo e meio calado, esta é a sua forma de dizer para a família que a ama. É
como se dissesse: “Faço tudo isso por vocês”.
Feliz a
família que sabe ler nos gestos e nas entrelinhas o amor do outro. Não precisamos
ficar cobrando carinho ou demonstrações de afeto, pois o maior gesto é a
dedicação de cada dia.
Psicologia
Havia, certa
vez, uma família numerosa que morava na roça, perto da cidade, e o pai era bastante
rigoroso na educação. Inclusive, ele tinha numa gaveta uma varinha de marmelo,
com a qual de vez em quando batia em um filho ou filha.
Mas só fazia
isso após a terceira repreensão sem resultado, e alertando a criança de que, se
não obedecer, vai apanhar.
A filha mais
velha cresceu e tornou-se catequista.
Amiga do
padre, ela conseguiu convencê-lo a convidar um psicólogo para fazer uma palestra
aos paroquianos sobre a educação dos filhos. O padre, ao convidar o psicólogo,
contou-lhe o motivo do convite. Por isso, este veio determinado em pedir para
não bater nos filhos.
A palestra foi
à noite, e toda aquela família estava presente.
O psicólogo,
logo no início, disse que agora não se pode mais bater nos filhos, porque o que
resolve é a psicologia. Durante a palestra, de uma forma ou de outra, ele ia
sempre repetindo essa afirmação. Falou durante uma hora.
Terminada a
palestra, a família voltou para casa. Logo ao chegar, o pai abriu a gaveta, mostrou
a vara de marmelo para todos os filhos e disse: “De hoje em diante, isso aqui
vai chamar-se psicologia”.
“O pai que
poupa a vara odeia seu filho” (Pr 13,24).
De fato, não
se deve exagerar no uso desse meio de educação. Mas há situações em que ele é necessário.
Aquele psicólogo foi unilateral. Os psicólogos são unânimes em afirmar que, de
vez em quando, as tradicionais palmadinhas no bumbum fazem bem.
Claro, sempre
após uma desobediência repetida, e a criança sabendo que poderá apanhar. O importante
é que a criança perceba: A mamãe, ou o papai, está me batendo porque eu errei,
não porque ela está nervosa. Descarga de nervosismo na criança causa insegurança
e faz mal.
Nós queremos
evitar que as crianças se tornem joio mais tarde. Desejamos que elas sejam
trigo de Deus, boas sementes, para o bem da Igreja, da sociedade e delas mesmas.
E para isso recorremos a todos os recursos da boa educação.
Maria
Santíssima, ao encontrar seu Filho no Templo, depois três dias de procura, não
foi logo dando bronca, julgando-se dona da razão. Pelo contrário, ela foi humilde
e primeiro quis saber do menino o motivo: “Filho, por que agiste assim conosco?
Olha, teu pai e eu estávamos angustiados à tua procura!” (Lc 2,48). Rainha das
famílias, rogai por nós.
Eugênio
Lira
Eugênio Lira
da Silva nasceu em Bonfim, BA, dia 08/01/1947. Estudou no colégio dos Irmãos
Maristas da cidade e, desde criança, surgiu nele o desejo de dedicar sua vida à
defesa dos pobres, como fez Jesus. Formou-se advogado.
Logo que
recebeu o diploma, passou a fazer parte da FETAG (Federação dos Trabalhadores
da Agricultura). Como na cidade de Santa Maria da Vitória, BA, havia muitos
grileiros comprando escrituras falsas de terra nos cartórios e expulsando os
moradores, Eugênio mudou-se para lá.
Ele nem
imaginava em que enxame de abelhas estava entrando. Logo que chegou, um fazendeiro
tentou comprá-lo, para que ele fizesse o trabalho contrário: Tirasse os posseiros
daquela área da qual o fazendeiro havia se apoderado.
Mas Eugênio
não se vendeu. Pelo contrário, entrou a fundo no caso. Reuniu ampla documentação
e o processo foi parar em Salvador.
Formou-se uma
CPI na Assembleia Legislativa do Estado, para investigar a questão, e Dr.
Eugênio Lira foi designado para depor nessa CPI.
Seis dias
antes do seu depoimento, dia 22/10/1977, ele foi assassinado, na rua, ao lado
da esposa, grávida. Eugênio tinha 30 anos. O assassino foi preso. Era um pistoleiro
que confessou ter sido contratado pelos fazendeiros.
A Missa de
sétimo dia foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Grossi, o qual disse na homilia:
“Conheço bem a vida do Eugênio e posso garantir que morreu um santo”.
Se Eugênio Lira
não tivesse sido assassinado, viveria muitos e muitos anos, lutando pelo seu
ideal. Ele foi, mas você está aqui. Todo católico deve ter um ideal na vida.
Ideal é um objetivo que escolhemos para a nossa vida. É uma luz que brilha na
nossa frente, e queremos conquistar. Só quem tem ideal é plenamente feliz.
A
eternidade e o beija-flor
Certa vez, um
líder católico falou, no Culto Dominical, sobre a eternidade. Terminado o Culto,
um senhor o procurou e disse: “Eu não entendi o que você disse sobre a eternidade”.
O líder levou-o até uma janela, apontou para uma grande montanha que havia na
frente, de pura pedra, e disse:
“Observe esta
montanha. Imagine que, de cem em cem anos, um beija-flor assenta-se lá em cima,
na pedra mais alta, e esfrega o biquinho na pedra. Ele gasta um pouquinho a
pedra com o seu bico. Quando o beija-flor gastar, com o seu biquinho, toda esta
montanha, estará apenas começando a eternidade.”
“Se permanecer
em vós aquilo que ouvistes desde o princípio, permanecereis no Filho e no Pai.
E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” (1Jo 2,24-25).
O
roubo da enxada
Durante a
segunda guerra mundial, um grande grupo de prisioneiros estava construindo uma
estrada de ferro, em ritmo de trabalhos forçados. Eram tratados com brutalidade
pelos soldados.
Um dia, sumiu
uma enxada. O comandante reuniu os presos e perguntou quem foi que a roubou. Ninguém
respondeu. Ele então disse que todos iam ser castigados severamente, e espancados.
Neste momento,
um preso deu um passo à frente e disse que foi ele. Tocado pela fúria, o
comandante o repreendeu por não ter confessado logo. E naquele mesmo instante,
na frente dos colegas, espancou-o fortemente com o cabo do seu rifle. A surra
foi tão forte que o pobre homem não resistiu e morreu.
Recontando, depois,
as ferramentas, descobriram que não faltava nem uma enxada. Foi erro de contagem!
Aquele preso não havia roubado nada. Ele simplesmente ficou com dó dos colegas
e quis livrá-los da surra. Sacrificou-se pelos companheiros.
“Ninguém tem
amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).
Edith
Piaf
Na década de
1960, existia na França uma célebre cantora, chamada Edith Piaf. Era uma moça
bonita, que tinha uma voz belíssima. Encantava a juventude.
Infelizmente,
Edith contraiu uma doença grave. Ficou um bom tempo hospitalizada. Ali, no silêncio,
e também devido à desconfiança de que ia morrer, a jovem começou a ver a vida
com olhos diferentes. Veja algumas frases que ela escreveu aos parentes e
amigos, em suas cartas:
“Eu gostaria
de compreender para que levei uma vida tão absurda.” “Quero ser sincera comigo
mesma. Fiz muitas besteiras. Houve ocasiões em que fui injusta, perversa e até
depravada. Eu tinha todas as condições para ser feliz, e não aproveitei.”
“Houve momentos em que acreditei ter encontrado a paz, mas logo ela me escapava.”
De fato, Edith
não sarou, e meses depois veio a falecer. Mas morreu em paz.
Lendo hoje as
cartas de Edith, percebemos que, ali no hospital, ela encontrou a paz. Seus dias
mais felizes da vida foram justamente os que passou no hospital, com muitas
dores físicas. Isto simplesmente porque só ali ela conseguir ser sincera
consigo mesma.
É na verdade
que encontramos Deus, pois ele é a Verdade. Por mais que tenhamos glórias,
dinheiro, fama, amores, como teve Edith, nunca teremos paz completa, se não nos
olharmos na verdade de nós mesmos.
A
Comunidade N. Sra. de Fátima
Havia, certa
vez, na periferia de uma cidade grande, uma Comunidade católica chamada Nossa Senhora
de Fátima. As celebrações eram feitas no Centro Comunitário do bairro, já que a
Comunidade não tinha um local para se reunir. O Centro Comunitário pertencia à
prefeitura.
Um dia, a
assistente social da prefeitura procurou a líder da Comunidade e lhe pediu que
no próximo domingo avisasse o povo que aquele era o último Culto Dominical
celebrado no Centro Comunitário, pois dali para frente estava proibido.
Imediatamente,
a líder reuniu a equipe de coordenação da Comunidade e deu a triste notícia. Em
meio à oração, tiveram uma ideia:
No domingo
seguinte, no final do Culto Dominical, disseram a todos os presentes: “A assistente
social nos proibiu de reunir aqui. Nós não vemos motivo para isso, já que no domingo
não há atividades no Centro Comunitário. Amanhã, às oito horas da manhã, ela
estará aqui. Nós, a coordenação da Comunidade, convidamos alguns de vocês para
virem unir-se a nós, a fim de conversarmos com ela”.
Alguns
levantaram a mão. Um senhor disse: “Se ela for irredutível, daqui mesmo iremos
à prefeitura conversar com o Sr. Prefeito”.
A notícia espalhou-se
no bairro inteiro. No dia seguinte, quando a assistente social chegou, estavam
ali 82 pessoas adultas, sem contar as crianças. Levaram inclusive um
alto-falante portátil, já preparado para animar a caminhada até a prefeitura.
Ao ver a cena,
a assistente social ficou com tanto medo de perder o emprego, que tremia como
vara verde. Ela pegou o microfone e disse: “Não! Não há problema! Podem continuar
usando o Centro Comunitário para as celebrações. Fica o dito por não dito”.
Na verdade, a
iniciativa de proibir as celebrações era dela mesma, que pertencia a uma seita
evangélica.
Povo unido
jamais será vencido.
Maria
Santíssima foi também uma mulher corajosa e de iniciativa. Ela não teve medo de
cantar um hino em que denunciava pessoas poderosas, que eram injustas com os
pobres e humildes. Quando Jesus foi crucificado, apesar de quase todos fugirem
de medo, ela estava “em pé, junto à cruz”. Que Maria nos ajude a usar a força
da nossa união, a serviço do Reino de Deus.
A
Estola inserida
Certa vez, em
uma paróquia do interior do Brasil, o coordenador de uma Comunidade rural foi
assassinado por um pistoleiro.
O assassino
fora contratado por um grileiro, de uma cidade grande e distante, que queria apoderar-se
de uma grande extensão de terras da região. Para conseguir isso, comprou, nos
cartórios, escrituras falsas de propriedade de terras, e estava afastando os
sitiantes através de ameaças.
Entretanto,
aquele coordenador, devido à sua forte liderança na região, estava impedindo a
ação injusta. Por isso, foi pego numa emboscada e morto a tiros.
Dez anos após
o assassinato, a Comunidade pediu ao padre que celebrasse uma Missa no local
onde ele fora morto.
E a Comunidade
mandou fazer uma estola especial para a Missa. Ela trazia, de um lado, a foto
do homem, e do outro, a seguinte frase: “Ninguém tem amor maior do que aquele
que dá a vida por seus amigos" (Jo 15,13).
No início da
Missa, durante o canto de entrada, a viúva e os filhos do cristão exemplar levaram
a estola até o Altar.
Que bom se nós
também fizéssemos memória de irmãos e irmãs nossas que tombaram na luta pela
justiça e pelo Reino de Deus!
A mulher que não prestava
Certa vez, uma
jovem da roça, líder da Comunidade cristã local, foi fazer tratamento de saúde
em uma cidade grande. Ficou hospedada na casa de uma família de parentes, durante
alguns meses.
As famílias
católicas vizinhas, ao saberem do seu testemunho cristão, começaram a convidá-la
para rezar o Terço em suas casas.
Ela ouviu
vários comentários negativos a respeito de uma vizinha que morava sozinha. As
pessoas diziam: “Naquela casa mora uma mulher que não presta”.
Entretanto, a
jovem, na sua prática pastoral, não deu importância aos comentários e procurou
aproximar-se da senhora.
No início,
aproveitava a hora da ida da mulher para o trabalho e conversava com ela no ponto
de ônibus. Dias depois, a mulher a convidou para ir à sua casa.
A jovem ouvia
mais do que falava, porque percebia que a senhora sentia necessidade de falar e
de se abrir com alguém.
Resultado: As
duas ficaram amigas. A mulher começou a participar dos Terços, e acabou, nos
vizinhos, o estigma de “mulher que não presta”. Depois que a jovem voltou para
a roça, ficou sabendo que a senhora não era mais a mesma.
Precisamos ser
“discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que as pessoas tenham mais
vida nele”. “O amor é forte. Suas chamas são faíscas de Deus no mundo” (Ct
8,6).
O
elevador da mina de carvão
Na França,
existem muitas minas de carvão. Algumas estão muito abaixo do nível da terra e ficam
a até 200 metros
de profundidade.
Numa tarde,
após o serviço, um minerador procurou um sacerdote para expor seus problemas e
pedir orientação. O padre sugeriu: “Por que o senhor não se confessa e não pede
a Deus o perdão de seus pecados?”
Ele respondeu:
“Eu não consigo acreditar que a Confissão perdoa os nossos pecados. O padre apenas
faz uma cruz e diz algumas palavras! Parece-me barato demais”.
O padre lhe
disse: “Sei que o senhor trabalhou hoje, lá embaixo da terra. Como que o senhor
saiu de lá?”
- “Pelo
elevador da mina!” respondeu o homem.
- “E o senhor
pagou alguma coisa?”
- “Não. O
elevador é da firma em que trabalho”.
- “Ficou com
medo do elevador quebrar e o senhor cair lá embaixo?”
- “Também não.
Ele é seguro”.
Nessa hora, o
sacerdote explicou: “Imagine se o senhor ficasse lá embaixo! Na verdade, o
elevador lhe prestou uma ajuda enorme, e de uma forma muito simples. Assim é a
Confissão: O efeito é muito grande, mas a maneira de administrar é rápida e
simples”.
Foi Jesus que
instituiu o sacramento da Confissão. Ele disse aos Apóstolos: “Como o Pai me
enviou, também eu vos envio’. Então soprou sobre eles e falou: ‘Recebei o
Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes,
ficarão retidos” (Jo 20,20-23).
Edel
Quim
Edel Quim
nasceu na Irlanda, no começo do Séc. XX. Era uma garota muito bonita. Desde que
fez a primeira Comunhão, ela recebia frequentemente a Eucaristia.
Ainda bem
jovem, entrou na Legião de Maria, onde caminhou a passos largos na fé e na santidade.
Apesar de cobiçada por muitos rapazes, Edel decidiu não se casar, a fim de se
dedicar, tempo integral, à Legião de Maria.
Em 1936,
quando tinha 29 anos, Edel foi enviada para a África, a fim de difundir por lá
a Legião de Maria. Conseguiu implantar o movimento em seis Países africanos:
Quênia, Tanganica, Uganda, Niassalândia, Zanzibar e na ilha Maurícia.
Depois de dez
anos na África, quando se preparava para iniciar a Legião em Nairobi, Edel
contraiu a Tuberculose, que naquele tempo não tinha cura. Mesmo doente, a sua
alegria e o seu entusiasmo não diminuíram.
Após sua
morte, os legionários do Kênia foram a Nairobi e, com muita facilidade, implantaram
a Legião naquele País.
Podemos dizer
que Edel Quim assemelhou-se a Jesus Cristo, dando também a vida pelos irmãos.
Aconteceu com
ela o que Jesus disse: “Quem me come viverá por mim” (Jo 6,56). Esse “por” é no
sentido de “a partir de”. Quem comunga terá o impulso vital de Jesus, pois se
torna um só corpo com ele. “Amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou,
sentir o que Jesus sentia, viver como Jesus viveu” (Pe.Zezinho).
Edel Quim
imitou também a Mãe de Jesus, já que o seu grupo chama-se Legião de Maria.
Maria Santíssima e Edel Quim, rogai por nós.
Garoto
renova matrícula
Certa vez, um
menino de doze anos foi à escola, a fim de renovar a sua matrícula. Seria papel
dos pais, mas estes estavam muito ocupados naquele primeiro dia de matrícula, e
o garoto, ansioso para se matricular, pediu para ir sozinho.
Na hora de
preencher a ficha, a professora fez-lhe umas perguntas, a fim de saber se a família
tinha condições de ajudar a cobrir os gastos da escola:
- “Seu pai
trabalha?”
- “Sim”.
- “E seus
irmãos, trabalham?”
- “Sim”.
- “E sua mãe,
trabalha?”
- “Não”.
- “Quem lava a
roupa de vocês?”
- “A mamãe”.
- “Quem faz a
comida?”
- “A mamãe”.
- “E quem
limpa a casa?”
- “A mamãe”.
- “Sua mãe faz
tudo isso e não trabalha?”
O menino ficou
envergonhado. Sentiu vergonha de si mesmo, pela falta de reconhecimento ao trabalho
da sua mãe. Chegando em casa, deu-lhe um abraço e contou o diálogo que teve com
a professora. “Foi uma nova aula que tive hoje”, disse ele.
Nós podemos
continuar essa “aula”, dizendo que a mãe faz tudo isso de graça. Nunca cobra de
ninguém. Por isso que dá impressão de que ela não trabalha. A nossa sociedade é
machista, e só dá valor a quem ganha dinheiro.
O
elefante e a formiga fazem parceria
Certa vez, um
elefante estava no deserto, ao pé de uma grande árvore, e com muita fome, pois
não havia comida para ele naquele lugar. A árvore era muito alta e ele não alcançava
as folhes para comê-las.
Viu no chão
uma formiga e se abriu com ela: “Eu quero ir embora daqui, mas antes preciso me
alimentar, senão não aguento a viagem”.
A formiga lhe
disse: “Eu também quero ir embora, porque aqui faz muito calor. Só não vou porque
não consigo caminhar sobre esta areia quente”.
O elefante
então lhe propôs uma parceria: “Vamos fazer o seguinte: Você sobe na árvore e
corta algumas folhas para mim. Depois você sobe nas minhas costas e nós iremos para
outro lugar”.
Em pouco tempo,
a formiga havia cortado o talo de uma folha e esta caiu. Em seguida, vieram
outras.
Depois que o
elefante estava saciado, a formiga subiu nas suas costas e os dois foram para
um oásis. Areia quente não é problema para elefante.
Não importa se
somos grandes ou pequenos. O importante é nos amarmos com sinceridade e nos
ajudarmos uns aos outros.
Diógenes
pede sol ao rei
Diógenes foi
um grande filósofo que viveu em Corinto, na Grécia. Morreu no ano 323 A/C.
Um dia, o rei,
Alexandre, ficou tão entusiasmado com as teses de Diógenes, que o procurou e
disse: “Peça-me o que você quiser que eu lhe darei. Mesmo que seja a metade do
meu reino”.
Diógenes
respondeu: “Está bem. O meu pedido é que o senhor fique um pouco de lado para
que o sol possa bater em mim”.
Todas as
pessoas querem ter um lugar ao sol, isto é, usufruir dos benefícios do progresso
e da tecnologia e poder escolher o próprio caminho.
“Aquele que
ouve a Palavra e não a põe em prática é semelhante a alguém que observa o seu
rosto no espelho. Sai dali e logo esquece como era a sua aparência. Aquele, porém,
que se debruça sobre a Lei perfeita, que é a liberdade, e nela persevera...
esse será feliz” (Tg 1,23-25).
O
homem que queria ficar rico
Havia, certa
vez, um homem que queria, a todo custo, ficar rico. Um dia, ele saiu pelo mato,
a procura de uma pedra de diamante. Colocou comida na sacola, e embrenhou-se na
floresta.
Depois de
andar vários dias, encontrou uma pedra, que não tinha valor nenhum, mas ele achava
que era diamante. Tentou voltar para casa, mas viu que estava perdido. Sem
comida e sem água, pegou um papel e uma caneta e escreveu: “Sei que vou morrer.
Mas morro muito rico”.
De fato, ele
morreu. Dias depois, seu corpo foi localizado. Em uma das mãos estava a pedra
e, na outra, o bilhete.
“Não ajunteis
tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam
e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no Céu” (Mt 6,19-20).
O
dente de elefante
Certa vez, um
senhor foi passear na África e ganhou um dente de elefante. Gostou do presente.
Dali para frente, ele passou a carregar aquele objeto para onde ia, junto com a
sua bagagem, com cuidado para não ser roubado, pois é puro marfim. Pensava dia
e noite na segurança do seu dente de elefante.
Depois de
vários dias, em um aeroporto, o homem descuidou-se e lhe roubaram o dente de
elefante. Na hora, ele ficou triste. Mas depois percebeu que foi um alívio.
Aquele dente de elefante estava acabando com o seu passeio.
Nós temos os
nossos “dentes de elefante”. São objetos dos quais nunca precisamos, mas continuamos
apegados. Que bom se tivéssemos um coração desapegado, preso somente em Deus e
no desejo de fazer a sua vontade! Seríamos muito mais felizes, e também as
pessoas ao nosso redor.
Os apegos a
objetos inúteis fazem parte da estratégia do tentador, a fim de nos levar para o
grupo dele.
Antes da
Anunciação, Maria Santíssima possuía uma única riqueza: A graça de Deus. “Alegra-te,
cheia de graça! O Senhor está contigo” (Lc 1,28). Mãe dos pobres, rogai por
nós.
Para
comungar, criança arranca dentinho
Certa vez, uma
garotinha de cinco anos queria de toda maneira comungar. Ela foi pedir para o
padre. Este lhe disse que ainda não tinha idade, estava novinha.
Ela perguntou
quando poderia receber Jesus. O padre apontou para os seus dois dentinhos de
leite, que ainda sobravam na boca, e disse, brincando: “Quando você perder esses
dois dentinhos aí”.
A menina
despediu-se e foi para casa. Escondida da família, pegou um alicate e arrancou
os dois dentinhos. Em seguida voltou à igreja e, sem perceber que estava com a
boca ensanguentada, falou para o padre: “Agora eu posso receber Jesus?”
Esta menina
fez um erro, evidentemente. Mas mostrou o seu grande amor a Jesus e à Eucaristia.
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