26 Histórias (50Out14)
Árvore cuida de suas raízes
Havia, certa vez,
várias árvores espalhadas em um campo. Todas se preocupavam com a folhagem, com
o perfume e em ser cada vez mais altas e bonitas.
Menos uma que se
preocupava com a raiz. Esta investia toda a sua seiva em aprofundar suas raízes
e ficar bem forte. As outras riam e zombavam dela a cada instante, e essas
humilhações a faziam sofrer.
Aconteceu que veio um
temporal muito forte e quase todas as árvores caíram. Foi aí que descobriram
que aquela tinha razão.
O que nos mantém
firmes nos momentos difíceis não é a nossa aparência, mas o que está oculto em
nossas raízes, dentro do nosso coração. Isto se chama AMOR.
O que vale é usar bem os dons
Havia, certa vez, uma
senhora que vivia triste por não conseguir pregar a Palavra de Deus. Ela era
uma das pessoas mais dedicadas da Comunidade, desde limpar os bancos até fritar
pastéis nas festas.
Todos temos dons que
Deus colocou em nós. São capacidades diferentes, mas o fim é o mesmo. Alguns
são como o alicerce da igreja: Não aparece, mas é ele que a sustenta.
Vós todos sois o corpo
de Cristo. Cada um é um membro. Na Igreja, Deus estabeleceu os apóstolos, os
profetas, os que ensinam; depois, dons diversos: cura, beneficência,
administração... (Cf 1Cor 12,27-30).
Portanto, não vamos
pretender possuir todos os dons. Basta um, e desempenhá-lo bem.
A mãe que chorava e ria
Havia, certa vez, uma
mãe viúva, que era muito ligada à Igreja. Um dia seu filho lhe disse que queria
ir para o seminário. Ela preparou o enxoval com a maior alegria, evitando
demonstrar, a fim de não interferir na decisão do adolescente.
Tratava-se de um
seminário religioso, que ficava distante dois dias de viagem. Depois de tudo
pronto, o filho foi para a rodoviária tomar o ônibus e ela foi junto.
Na rodoviária,
aconteceu uma cena rara: Quando o filho já estava dentro do ônibus, olhou pela
janela e viu sua mãe chorando e rindo ao mesmo tempo. Chorava devido à
separação do filho querido, e ria de contentamento por ele ir para o seminário,
e também para o apoiar, pois ele também estava sofrendo.
Ali apareceram claro
os dois sentimentos: O humano e o que nasce da fé e do amor a Deus. A exemplo
daquela mãe, vamos fazer com que a fé prevaleça sobre o sentimento humano.
Maria Santíssima, ao
pé da cruz, teve um sentimento parecido: Chorava ao ver o filho sofrendo, mas
se alegrava por ele estar concluindo a sua obra da salvar a humanidade. Mãe das
dores, rogai por nós.
Entrar pela porta da direita
Nós costumamos ter um
nível de exigência maior do que o necessário. Quando, por exemplo, alguém, em
um estacionamento, coloca seu carro muito encostado no nosso, em vez de
entrarmos pela porta da direita, vamos reclamar com o chefe do estacionamento.
Entrar pela porta da
direita é ser pacífico, é ser criativo na busca de alternativas em favor da paz
e evitando conflitos. Uma vez ou outra, não faz a menor diferença entrar pela
porta da direita ou da esquerda. Mas muitos têm complexo de perseguição, veem o
mundo inteiro contra si.
Se eu procurar, vou
encontrar dezenas de situações irritantes, como esse da porta do carro. É um
elevador que para, um telefonema... Não vou perder tempo, ficando mal humorado.
Então eu procuro a porta da direita e continua a minha vida, feliz. (Fonte:
Drauzio Varella)
O falcão solidário
Certa vez, o sr.
Antônio entrou na igreja para rezar. Seus olhos pousaram sobre uma velha coruja
que estava empoleirada dentro de uma fresta da parede. No dia seguinte, na
mesma hora, a ave ainda estava lá. No terceiro dia a mesma coisa. Antônio
aproximou-se para observar e viu que ela era cega.
Ah, agora entendo,
pensou ele, por que esta pobre ave não abandona este buraco escuro e não se
mexe. É cega! Sabe lá como faz para se alimentar.
Nisso chegou um falcão
e pousou perto da velha coruja. Trazia no bico uma pequena cobra. Começou a
despedaçá-la e dar as partes à coruja.
Sr. Antônio começou a
raciocinar e tirar as conclusões: Eu não valho mais que uma coruja cega aos
olhos de Deus? pensou ele. E decidiu abandonar o seu trabalho de sapateiro,
confiando que Deus iria cuidar dele.
Foi sentar-se na porta
da igreja. Esperava que as pessoas que passavam deixassem cair esmolas em sua
mão estendida.
Um de seus amigos o
reconheceu e perguntou: “Oh, sr. Antônio! O que foi que lhe aconteceu?” Como
resposta, o sapateiro contou a história e concluiu: “Não seria aquilo uma
chamada do céu, um sinal da vontade de Deus?”
Mas o amigo lhe disse:
“Tenho certeza de que você não entendeu o que Deus lhe quis dizer. Se ele fez
você presenciar a cena, não o fez para você aprendeu a ser como a coruja, mas
como a falcão que se coloca a serviço de um ser necessitado. Diante de Deus,
realmente somos como aquela coruja, ele cuida de nós. Mas diante do próximo devemos
ser como o falcão”.
Deus nos chama de
várias formas, basta estarmos atentos à sua maneira de tocar o nosso coração.
Mas precisamos estar embebidos do seu amor. (Fonte: Cláudia Regina)
Testemunho, fonte inesgotável
Certa vez, uma senhora
estava na fila do caixa de uma farmácia. A fila era comprida. Um rapaz, que
estava na frente, viu-a e deu seu lugar a ela. A senhora achou bonito o gesto e
disse isso a ele. O moço respondeu: “Aprendi com a senhora na catequese, quando
eu era criança”.
Aquela mulher
sentiu-se feliz. Pagou a pena, pensou a ela. A Palavra de Deus, que eu
transmiti, ainda está produzindo frutos, apesar de tantos anos passados. A
Palavra de Deus é como a semente. Nós a semeamos, mas é o Espírito Santo que a
faz crescer. Que aproveitemos todas as oportunidades para espalhar essa semente
bendita e preciosa.
“A Palavra de Deus é
viva e eficaz. É mais penetrante que uma espada de dois gumes” (Hb 4,12).
Ver as qualidades do outro
Certa vez, um menino interrompeu
bruscamente o brinquedo com um colega e foi correndo para casa. Ao chegar,
lamuriou-se com o pai a respeito do amigo. O pai ouviu calado, depois disse:
“Vá buscar a balança e traga também os blocos”.
- Mas o que tem isso a
ver com o Beto?
- Depois você verá.
Vamos fazer uma brincadeira.
O garoto obedeceu e
trouxe a balança e os blocos. Então o pai lhe disse: “Primeiro vamos colocar
neste prato da balança os defeitos do Beto. Cada defeito é representado por um
bloco”. O menino foi citando os defeitos e colocando blocos.
“Você não tem nada
mais a dizer?” perguntou o pai. A criança respondeu que não.
“Então você vai,
agora, enumerar as qualidades dele. Cada qualidade será representada por um
bloco no outro prato da balança.” A proposta surpreendeu o garoto. Ele hesitou,
mas o pai o animou dizendo:
“Ele não deixa você
andar em sua bicicleta?” (Um bloco) “Não reparte seu doce com você? (Ouro
bloco). A partir daí, o próprio menino começou a enumerar outras qualidades do
amiguinho. De repente, a balança inclinou-se para o lado das qualidades. O
próprio garoto deu risada. O pai comentou:
“Você gosta dele,
tanto que ficou alegre ao verificar que suas qualidades ultrapassa os
defeitos”.
Isso sempre acontece
na nossa vida. As qualidades das pessoas com quem convivemos superam de longe
seus defeitos. Por isso, antes de apresentar os defeitos de uma pessoa, procure
refletir sobre suas qualidades, que são dons de Deus, e cite algumas. Nunca
apresentar só os pontos negativos.
O viajante silencioso
Certa vez, um rei
estava viajando de trem, junto com sua comitiva. Eles notaram que no mesmo vagão
viajava um senhor mal trajado e com os olhos fechados. E tanto a comitiva como
o rei começaram a zombar dele. Provocaram o homem com gracejos e humilhações.
Quando chegaram a uma
estação, o homem mal trajado desceu. Fora, havia uma multidão esperando-o e o
receberam com muita alegria e festa. Tratava-se do mais conhecido e querido
mestre daquela região.
Imediatamente o rei
desceu do trem, foi até ele e pediu-lhe desculpas pelas zombarias. O mestre
respondeu: “Vossa majestade só será perdoado se percorrer todo o reino e
ajoelhar-se diante de cada pobre e mal trajado do reino e pedir perdão pelo que
fez”.
O mestre tinha razão,
porque o rei não o conhecia. Portanto, com aquele gesto, atingiu não a ele mas
a todos os excluídos do reino, que certamente eram muitos e muitas.
“O rei lhes
responderá: ‘Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um
desses mais pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt 25,45).
A professora, o Ricardo e a pulseira
Havia uma professora
do quarto ano do Ensino Fundamental, que um dia disse para os alunos que
gostava de todos igualmente. Depois se tocou que não era bem assim: O Ricardo
era um aluno distraído, não tinha boas notas e vinha para a aula com as mãos
sujas.
Ela se lembrou do
presente que ele lhe dera no Dia do Professor, que ela havia embrulhado em um
jornal velho em sua casa: Uma pulseira faltando umas pedras e um frasco de
perfume já usado pela metade.
Na reunião dos
professores, olhando as fichas dos anos anteriores dos alunos problemáticos,
viu o seguinte: 1º ano: Ótimo aluno. 2º ano: A mãe fica doente e depois vem a
falecer, e o pai não vem às reuniões da escola. 3º ano: Calado, tristinho,
notas baixas.
No dia seguinte, a
professore colocou a pulseira, passou o perfume nas mãos e antes da aula
aproximou-se do Ricardo. Ele viu a pulseira, sentiu o perfume: “Que perfume
agradável a senhora usou!”
Na formatura do final
do ano, ela coloca a pulseira e usa o perdume. Ao abraçá-lo, ele comenta: “A
senhora se parece com a minha mãe”.
O Ricardo vai morar em
outra cidade. Muitos anos depois, a professora recebe um convite para o
Doutorado do Ricardo. Ela coloca a pulseira, usa aquele perfume e vai
abraçá-lo. Abraço emocionado. Ele lhe disse: “Obrigado por acreditar em mim e
fazer sentir que posso fazer a diferença”.
A professora: “Engano
seu. Depois que o conheci, aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos
que ecoam na alma do aluno”.
Busque o amor, o resto
vem por acréscimo. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos
amardes uns aos outros” (Jo 13,35). (Fonte: Pe. Luís Carlos Treider)
Cheiro de cebola e alho
Certa vez, um
missionário foi trabalhar e morar numa região onde todas as pessoas comiam
cebola e alho. Por isso todos exalavam cheiro de alho e cebola.
A princípio, o
missionário estranhou demais. Chegou mesmo a reclamar. Mas como acabar com um
costume tão arraigado?
Experimentou também
comer alho e cebola. No começo sentiu repugnância. Mas acostumou-se e parou de
sentir o mau odor de cebola e alho que exalava de seus paroquianos.
A convivência muda
sempre os dois lados. Daí a necessidade da enculturação, como fez o Filho de
Deus ao vir morar conosco e ser igual a nós em tudo, exceto no pecado. Ele se
tornou igual a nós para que nos tornássemos iguais a ele.
Santo Atanásio e a epiqueia
Santo Atanásio foi
bispo de Alexandria, no Egito, no séc. IV. Combateu atitudes erradas do
imperador, e por isso foi muito perseguido e vivia às escondidas.
Um dia, ele viajava de
barco pelo rio Nilo, de maneira disfarçada, usando roupas de um homem pobre da
roça. Policiais do imperador pararam a embarcação e perguntaram a ele próprio:
“Viram o bispo Atanásio? Onde ele está?”
Ele respondeu: “Não
está longe de vocês. Poderão alcançá-lo facilmente”. “Obrigado pela
informação”, disseram os policiais. E saíram apressadamente na direção
contrária. Assim Atanásio continuou tranquilo a sua viagem.
Atanásio não mentiu,
apenas escondeu parte da verdade, o que, na teologia moral, chama-se epiqueia,
ou restrição mental. Não somos obrigados a dizer toda a verdade para todo
mundo. Podemos ocultar parte dela, quando esta parte não foi perguntada
diretamente.
Monge irascível quer vencer
Havia, certa vez, um
monge que, após vários anos de vida no mosteiro, conseguiu muitas vitórias.
Orava e meditava horas inteiras, as mãos tornaram-se calejadas devido ao
trabalho rude no campo, as paixões iam amortecendo pouco a pouco...
Somente um defeito
resistia a todos os esforços: seu gênio irascível. Por um nada ele se
enraivecia. Se um confrade, ao colher espigas no campo, deixava uma para trás,
ele já se irritava. Se, na capela, alguém desafinava ao cantar, dava-lhe uma
cotovelada.
Um dia, em conversa
com seu superior, disse que não suportava o jeito dos colegas. Eles o irritavam
demais. Preferia morar sozinho. Como experiência, foi-lhe permitido viver no
deserto.
Fez lá sua cabana e
sentiu-se feliz. Pelo menos na primeira noite. No dia seguinte, ao buscar água
na cisterna, o balde virou, derramando toda a água. “Paciência”, disse consigo.
Tirou nova água e foi caminhando para a cabana.
Ao abaixar-se na
porta, o balde virou-se de novo. “Maldito”, exclamou impaciente. Voltou ao
poço, encheu o balde pela terceira vez e enfrentou o caminho de volta. Já
nervoso como estava, tropeçou e caiu com balde e tudo, enquanto a língua
despejava uma enxurrada de palavrões.
Passou o dia rezando e
refletindo. À noite, concluiu: Agora eu sei onde está o defeito. Não é nos meus
confrades do mosteiro, mas em mim. Eu é que devo mudar de gênio. O inimigo está
dentro de mim, não nos outros. Vou voltar para o mosteiro e começar tudo de
novo. (Fonte: Pe. Clóvia de Jesus Bovo)
Orígenes queria ser mártir
Orígenes foi um
cristão, escritor e grande teólogo, natural de Alexandria, no Egito. Viveu do
ano 185 a 253, tempo forte de perseguição aos cristãos.
Quando ele era
criança, queria ser mártir. Um dia, resolveu sair secretamente de casa e
entregar-se aos carrascos. Só não aconteceu porque sua mãe, que descobriu em
tempo a sua intenção, prendeu-o em um quarto da casa.
Isso porque seu pai, o
bem aventurado Leônidas, havia morrido mártir. O que o menino queria não era
nada mais que imitar o pai. Os filhos homens sempre querem imitar seu pai. Já
as meninas querem imitar a mãe.
Daí a necessidade do
bom exemplo em casa. Os filhos seguem mais o que os pais fazem do que o que
eles dizem ou aconselham.
Blusa de frio para Jesus
Certa vez, uma moça
estava fazendo uma blusa de frio. Seu irmão achou-a bonita e disse: “Você vai
me dar de presente esta blusa?” A jovem respondeu: “Infelizmente não posso. Ela
é de uma pessoa muito importante!”
- Posso saber quem é?
- Sim. É um pobre.
Portanto é para o próprio Jesus.
“Eu estava nu e me
vestistes... Todas as vezes que fizestes isso a um desses mais pequenos, que
são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,36-40).
Ajuda inteligente
Havia, certa vez, uma
senhora idosa que morava sozinha e nunca tomava banho nem trocava de roupa. Sua
casa era uma imundície. Quando andava pelas ruas, os moleques gritavam-lhe um
apelido pejorativo e ela sempre respondia com palavras de baixo calão. Se
alguém a cumprimentava, ela não respondia. Não se tinha notícia de algum
parente seu.
Acompanhava-a um
cachorrinho vira lata, também sujo igual a ela, que era o seu animal de
estimação, seu único amigo.
Um senhor, quando ia
para o trabalho, passava todos os dias em frente à sua casa. Como não tinha
acesso a ela, teve a ideia de agradar o cachorro, visando aproximar-se da dona.
Todos os dias ele trazia um pedaço de carne ou de linguiça e dava ao
cachorrinho, que devorava no mesmo instante. Sua passagem já era ansiosamente
esperada pelo cão, e também por sua dona.
Um dia, ela sorriu
para o homem. Dias depois, abriu-lhe a porta de sua casa. Assim ele foi se
aproximando devagar. Veio então a oportunidade do diálogo. A princípio palavras
banais, mas depois ele puxava o assunto para Deus e para a Igreja.
Um dia, sua esposa o
acompanhou, levando de presente para ela um vestido e um par de sapatos. Assim
ela tomou banho, a primeira vez depois de muitos anos. A senhora conseguiu
também, junto com algumas colegas, entrar na sua casa e fazer uma boa faxina. A
maior alegria do casal foi quando a viu na Missa de domingo.
O nosso mundo atual é
contraditório. Tem tanta tecnologia, tantas coisas bonitas, mas casos como esse
ainda existem, e muitos. “Vinde benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que
está preparado para vós desde o início do mundo.” (Fonte: Maria Olívia
Coutinho)
Homem rico, mas descontente
Certa vez, um homem,
descontente com a sorte, queixava-se de Deus para um amigo. Ele dizia: “Deus dá
tanta riqueza a muita gente, mas a mim não dá coisa alguma! Como eu vou vencer
na vida, se não tenho nada?”
O amigo lhe disse:
“Mas Deus lhe deu saúde, isso não é uma riqueza?” O outro respondeu: “Não digo
isso, pois até me orgulho da saúde e da força que tenho”.
Nessa hora, o amigo
pegou na mão dele e perguntou: “Por dez mil Reais, posso cortar-te esta mão?”
“Você está louco”, reagiu o outro. “Nem por vinte mil”.
- E a mão esquerda?
- Também não.
- Por cem mil,
concorda em ficar cego para o resto da vida?
- O quê? Nem um olho
eu daria por esta quantia.
Como você é rico,
concluiu o amigo. Você está sendo ingrato a Deus!
A vela e o fósforo
Certa vez, uma vela
recusou-se a ser acendida pelo fósforo. Este lhe disse: “Eu tenho a tarefa de
acender você!” Assustada, a vela respondeu: “Não! Isso não! Se eu me deixar
acender, os meus dias estarão contados”. O fósforo perguntou:
“Você prefere passar a
vida em brancas nuvens, sem cumprir a missão para a qual você existe?” “Mas
queimar dói e me consome!” sussurrou a vela, insegura e apavorada.
“É verdade”, explicou
o fósforo. “Mas é este o segredo de nossa realização. Somos criados para
servir. E se eu não acender você, perco o sentido da minha vida. Eu existo para
acender fogo. Você existe para iluminar e aquecer”.
E continuou: “Tudo o
que você oferecer através da dor, do sofrimento e do empenho, será transformado
em luz. Consumindo-se, você não se acabará, mas outros passarão o seu fogo
adiante. Você só morrerá se recusar a ser acendida”.
Nesta hora, a vela
afinou o seu pavio e disse ao fósforo: “Peço a você que me acenda”.
Invoque Maria
Santíssima. Não deixe de pedir a ela que se mostre sempre sua Mãe, e que você
cumpra, com a graça do seu Filho, a sua vocação.
O bispo gago
No século IV, havia em
Saragoça, Estado espanhol localizado ao norte do País, um bispo chamado Dom
Valério, que era gago. Além de gago, perdia completamente a voz quando dominado
pela emoção.
Em sua diocese havia
um rapaz muito instruído, tanto nas ciências humanas como na teologia. Além
disso, tinha palavra fácil e fluente. Era o Diácono Vicente. Dom Valério
escolheu-o para ser seu intérprete e pregador. Era ele quem fazia as homilias,
no lugar do bispo.
Estava no tempo da
perseguição romana, e Dom Valério foi preso. Após muitas humilhações e
torturas, foi chamado ao tribunal. Quando se viu na frente do juiz, sua voz
sumiu. Engasgava, gaguejava, forcejava, gesticulava...
Então Vicente
conseguiu licença do juiz para falar no lugar dele. Dom Valério acenou com
gesto afirmativo. Vicente tomou a palavra e rebateu com brilhantismo todas as
acusações feitas contra o bispo.
O furor do juiz
voltou-se para Vicente, que foi torturado e barbaramente assassinado. E Dom
Valério foi desterrado.
Nós precisamos ser
intérpretes dos pequenos e indefesos, defendendo seus direitos e sua fé. E se
isso nos custar algum sacrifício, vamos enfrentar com amor.
É difícil aproximarmos
de Maria, sem que ela nos leve até seu Filho. Essa é a sua missão. Assim, a
devoção mariana nunca é estéril; pelo contrário, seu efeito será sempre um
encontro transformador com Deus. (Fonte: Pe. Clóvis de Jesus Bovo)
Figura da morte e da ressurreição
Certa vez, um grupo de
pessoas estava em uma praia, perto de um porto, e viu um navio partir para o
alto mar. No começo, ele era grande, nítido, com janelas coloridas e bandeiras.
Mas, à medida em que
se afastava, foi diminuindo... até que parecia um ponto, lá onde parece que o
céu se encontra com o mar. De longe, parecia que o navio ficou pequeno, mas era
só impressão, pois ele continuava o mesmo.
Do outro lado, havia
outro grupo de pessoas, na praia, esperando o navio. No começo, viram apenas um
ponto aparecer em alto mar. O ponto foi crescendo, crescendo, e já parecia um
barco. Depois viram que era um navio. Mas a beleza das suas janelas e
bandeiras, só viram depois que o navio chegou ao porto.
A cena representa a
morte e a ressurreição. Devido à doença, a pessoa vai ficando mais fraca e
diminuindo. Mas é só impressão, porque a alma continua cheia de vida. De
repente, a pessoa desaparece da terra (morte), mas aparece na outra vida
(ressurreição).
“A vida não é tirada,
mas transformada. Desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado no Céu um corpo
imperecível” (Texto litúrgico).
Se faltar alegria em
nossa casa, em nossa vida, chamemos por Maria.
A mãe que não trancava a porta
Certa vez, um rapaz,
degenerado pelas más companhias e bebedeiras, ofendeu gravemente a mãe, que era
viúva, e fugiu no mundo.
Daquele dia em diante,
a mãe nunca mais trancou a porta da casa. Os vizinhos advertiam-na sobre o
perigo de deixar a porta aberta 24 horas, mas a senhora respondia:
“Faço isso porque
tenho fé que ele vai voltar. E quando voltar, pode ser altas horas da noite e
eu esteja dormindo, não quero que ele precise bater à porta. Espero que assim
ele se sinta acolhido em sua casa. É só chegar e entrar.
Aquele desejo de
acolher o filho foi recompensado. Ele voltou, como o filho pródigo.
Deus está sempre com a
porta do seu coração aberta para nós; não precisamos nem bater. Ele só não
entra diretamente na nossa vida, porque respeita a nossa liberdade e espera a
nossa iniciativa. Isso, mesmo que sejamos filhos ou filhas pródigas.
Que nós também façamos
assim na nossa família e na nossa Comunidade. Não precisamos deixar a porta da
casa aberta, e sim, do nosso coração.
Imitar Maria é acolher
com amor o grande presente que Deus quer nos dar: a sua graça.
O pagamento do dentista
Certa vez, um homem
foi trabalhar de manhã, mas antes deixou com a esposa o dinheiro exato para ela
pagar o dentista.
Apareceu uma mulher
pedindo dez Reais, e explicou para que ela precisa daquele dinheiro com
urgência. A dona da casa ficou apreensiva, pois não tinha um tostão além
daquele dinheiro do dentista. No entanto, não pensou duas vezes. Tirou dez
Reais e lhe deu, confiando na providência divina. Deus vai dar um jeito, pensou
ela.
Quando ela estava
saindo para ir ao dentista, seu filho casado apareceu, de forma inesperada,
pois era hora de trabalho. Perguntou onde ela estava indo. “Vou pagar o
dentista”, respondeu a mãe.
Ele perguntou quanto
era, preencheu um cheque e deu a ela, dizendo: “Aqui está o pagamento do
dentista. Esse dinheiro aí fica para a senhora”.
Aquela senhora deu
glória a Deus que sempre ampara quem ama o próximo.
O primeiro passo para
imitar Maria é termos intimidade com a Palavra de Deus. É a paixão pela Palavra
que faz com que o Verbo Eterno se faça carne também em nós.
Rei e cozinheiro, mesmo salário
Certa vez, um rei
dirigiu-se, acompanhado de sua comitiva, a um lugar bem distante da sede do
reino. Foram vários dias de carruagem.
Ao chegar, cansado de
tantas cerimônias e protocolos de acolhida, resolveu dar um giro, sozinho,
pelas dependências da casa. Desfez-se da roupa real e saiu sem rumo.
Ao chegar à cozinha,
perguntou ao cozinheiro: “Quanto o senhor ganha?” O homem, que não suspeitava
que aquele homem fosse o rei, respondeu: “Eu ganho tanto quanto o rei”.
Sem entender a
resposta, o rei retrucou: “Como assim? Você quer comparar o seu trabalho de
assar galinhas ao do rei que dirige os altos destinos do reino?”
“O serviço pode ser
diferente”, sustentou o cozinheiro. “Mas o salário é o mesmo. Eu, com o meu
trabalho, ganho o Céu. O rei, com o trabalho dele, ganha o mesmo Céu. Isso se
nós dois cumprirmos a nossa obrigação por amor a Deus”.
“Irmãos, aspirai aos
dons mais elevados. Vou mostrar-lhes um caminho incomparavelmente superior:
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, mas não tivesse amor,
eu seria como um bronze que ressoa ou um címbalo que retine” (1Cor 12,31-13,1).
O que importa para
Deus não é o quanto ou o que fazemos, mas o amor com que fazemos as coisas.
Enchamo-nos de
segurança, pois temos como mãe a própria Mãe de Deus e Rainha do Céu e da
terra.
Coração meu, rosto dos outros
A cena descrita abaixo
aconteceu em Washington, em 1862. Um dos auxiliares diretos do presidente
Abraham Lincoln tentou arrumar emprego para um amigo na Casa Branca. Ele foi
sincero e disse ao presidente: “Eu não me simpatizo com a fisionomia dele, mas
este meu amigo não é responsável pelo rosto que tem”.
“Como não?” respondeu
Lincoln. “Todo homem é responsável por sua fisionomia. O rosto é o espelho fiel
da alma, reflete o que se passa nos recessos do nosso ser”. De fato, o coração
é meu, posso chorar. Mas o rosto é dos outros: devo sorrir.
Por isso, sorria
sempre. Nunca deixe que alguém espie pela janela do seu interior, para não ter
o desencanto de encontrar um coração ferido.
O mundo sorri menos, à
medida em que se afasta de Deus. Os homens se entristecem quando vivem no pecado,
na falta de perdão ou no ódio.
Recorramos sempre a
Maria Santíssima, e ela atrairá, com suavidade de Mãe, a graça de Deus sobre
nós. (Fonte: Pe. Roque Schneider)
O guarda florestal distraído
Certa vez, um guarda
florestal levava um grupo de turistas para visitar uma floresta. Ele estava tão
entretido em explicar ao grupo tudo o que sabia sobre o local, que não percebeu
as mensagens que chegavam em seu rádio de comunicação.
Quando passavam perto
de uma torre, foi alcançado pelo vigia que, ofegante, perguntou-lhe: “Por que
você não atendeu às chamadas do seu rádio? Uma onça pintada está espreitando o
grupo!”
Deus se comunica
conosco o dia todo, e ele nos fala de muitos modos. Precisamos estar sempre
sintonizados com ele, enquanto atravessamos a floresta da vida, pois há muitas
“onças pintadas” nos espreitando. “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).
A maior alegria que
podemos dar a Maria Santíssima é levar seu Filho a outras pessoas.
Homem vira as costas para Deus
Havia, certa vez, um
homem que tinha o grande desejo de se encontrar com Deus.
Um dia, ele estava
andando na rua e encontrou-se com uma mulher pobre trazendo uma criança nos
braços. A mulher estendeu a mão, a criança chorou, mas o homem virou as costas
e foi-se embora.
Quando chegou em casa,
havia um bilhete colocado na sua porta, em que estava escrito: “Nós nos
encontramos hoje, mas você virou as costas para mim”.
Deus depositou a
plenitude de suas graças em Maria. E ela usa deste privilégio em nosso favor,
intercedendo por nós.
O cego que queria ser luz
Certa vez, na
antiguidade, um cego caminhava à noite numa rua, levando uma lamparina acesa.
Nas noites sem lua, as ruas daquela cidade eram muito escuras.
Uma pessoa
perguntou-lhe: “O que você está fazendo com essa lamparina acesa, se é cego?”
Ele respondeu: “Estou querendo iluminar a rua para os outros passarem, não para
mim”.
“Vós sois a luz do
mundo. Uma cidade construída sobre a montanha não fica escondida. Não se acende
uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma mesa, mas sim no candeeiro, onde brilha
para todos os que estão em casa” (Mt 5,14-16).
Mesmo se não
caminhamos inteiramente na luz, podemos iluminar o caminha dos outros.
Quem é de Maria, é
nosso irmão ou irmã também por parte de Mãe.
Como andar em uma corda
Certa vez, um
discípulo perguntou ao mestre: “Como posso servir a Deus?” Em resposta, o
mestre contou-lhe a seguinte história:
Um rei tinha dois
amigos que foram declarados culpados de um crime e condenados à morte. Embora o
rei gostasse muito deles, não ousou libertá-los imediatamente, por medo de dar
mau exemplo ao povo. Por isso deu o seu veredito:
Uma corda deve ser
esticada sobre um abismo profundo, e cada um dos dois deve atravessar o abismo
caminhando sobre a corda. Se conseguirem, estarão salvos. Se caírem, morrerão
na própria queda”.
O primeiro atravessou
com segurança. O outro gritou para o colega: “Como você conseguiu passar?” Ele
respondeu: “Tudo o que fiz foi: Quando me via pendendo para um lado,
inclinava-me para o outro imediatamente”.
Deus colocou em nosso
interior uma espécie de censor de equilíbrio que nos informa quando começamos o
pender para o pecado. É hora de nos inclinarmos para o lado oposto, isto é,
praticar virtudes e penitências contrárias à tendência pecaminosa.
Com esse gesto,
abrimos a porta para Deus entrar na nossa vida e segurar a nossa mão.
As orações de Maria
têm mais poder diante da Majestade divina do que as preces de todos os anjos e
santos juntos.
Rapaz quer parar de estudar
Certa vez, no final do
ano, um rapazinho disse para o pai: “No ano que vem, eu não vou estudar”. O pai
respondeu: “Ah, é? Mas aqui em casa à toa você não fica, e não terá mais sua
mesada. Vou arrumar um emprego para você”.
O pai procurou um
amigo que era mestre de obras, explicou o caso e disse-lhe: “Por favor,
admita-o na sua equipe”.
Os dias se passaram.
Depois que o rapaz fez o último exame, o pai lhe disse: “O seu emprego está
arrumado. Você fará parte da equipe do fulano de tal, que é mestre de obras.
Ele está precisando e quer que você comece amanhã”.
No outro dia, o
mocinho foi trabalhar. O serviço inicial era servente de pedreiro. Suas mãos
logo ficaram calejadas de tanto misturar massa de concreto e carregá-la no
carrinho.
Passou uma semana,
duas semanas... No começo de janeiro, ele disse ao pai: “Pai, eu mudei de
ideia. Vou continuar estudando”. E fez sua matrícula.
Quem contou essa
história foi um excelente médico. “Se não fosse aquela tática do meu pai”,
disse ele, “eu teria parado os estudos naquele ano. Eu pensava que meu pai ia
continuar dando-me a mesada de sempre, e pagando todos os meus gastos. Assim eu
poderia passear e me divertir. Mas eu senti o quanto custa ganhar dinheiro”.
O amor à nossa querida
Mãe do Céu é um sopro que atiça em fogo as brasas de virtudes que estão ocultas
sob o rescaldo da nossa tibieza.
Vocação, rapaz adia resposta
Um dia, Deus bateu à
porta de um rapaz e o chamou, dizendo: “Levante-se e vá cuidar do meu povo”. O
rapaz respondeu: “Senhor, eu vou, mas não agora! Sou ainda novo e tenho pouca
experiência na vida. Venha me chamar daqui a uns três anos, aí então eu
atenderei”. Deus falou: “Está bem”.
Três anos depois, Deus
voltou e o chamou: “Fulano, vá cuidar do meu povo”. Ele respondeu: “Oh, Senhor!
Eu me casei e tenho crianças pequenas. Minha família ocupa todo o meu tempo.
Depois que as crianças crescerem, pode me chamar que eu atenderei”.
Muitos anos mais
tarde, todos os filhos dele se casaram, pela terceira vez Deus voltou e o
chamou, dizendo: “Fulano, você já criou os filhos, eles estão todos casados.
Você e a esposa estão sozinhos em casa. Vá cuidar do meu povo”. Ele respondeu:
“Senhor, eu estou cansado. Sonhava com estes dias para descansar. Daqui a um
tempo, o Senhor volte, que eu atenderei ao seu chamado”.
Anos depois, Deus
voltou e o chamou, dizendo: “Agora você já descansou. Vá cuidar do meu povo”.
Ele respondeu: “Senhor, desculpe-me, mas agora não dá mais. Eu já estou velho,
doente, e não tenho forças para atender ao seu chamado”.
Que diferença entre
esse senhor e as vocações bíblicas: Samuel, Ester, os Apóstolos... Isaías disse
para Deus que estava cheio de pecados. Deus resolveu o problema na hora,
passando uma brasa nos seus lábios e queimando seus pecados. Então Isaías
disse: “Aqui estou! Envia-me” (Is 6,5-8).
A resposta vocacional
mais bonita é a de Jesus: “Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios
pelos pecados. Então eu disse: Eis que eu vim, ó Pai, para fazer a tua vontade”
(Hb 10,6-7).
Maria Santíssima deu
uma resposta insuperável. Ninguém, depois de Jesus, foi tão pronto e disponível
no seu sim a Deus Pai: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim conforme a
tua palavra”. Que aprendamos a ser mais generosos diante do chamado de Deus.
Reconhecer os valores do próximo
Havia, certa vez, uma
esposa que vivia reclamando da televisão. Ela queria que o marido comprasse uma
nova. Ele sempre dizia que ainda não estava em condições. Apesar da explicação,
ela andava o tempo todo de mau humor.
Um dia, ela foi
passear no jardim da cidade, com o filho de doze anos, que queria andar de
skate. Lá, enquanto o filho brincava, ela viu um menino do tamanho do seu
filho, sentado num banco. O garoto parecia triste. Ela aproximou-se para
conversar:
“Você não tem skate?”
perguntou. Ele respondeu: “Tenho. Mas eu não quero brincar”. “Por quê? O que
houve?” insistiu a senhora. Ele, com a cabecinha baixa, disse: “Meu pai
separou-se da minha mãe e arrumou outra mulher!”
Aquela senhora caiu em
si e pensou: Eu tão preocupada com uma televisão, e não valorizo o esposo que
tenho! Ao voltar para casa, deixou o mau humor e nunca mais reclamou da
televisão.
Nunca se ouviu dizer
que alguém tenha recorrido a Maria Santíssima e não tenha sido atendido.
A sabedoria de Salomão
Na antiguidade, o rei
era também juiz. O rei Salomão, antes de tomar posse do reino de Israel, fez
uma longa oração, pedindo os dons do Espírito Santo para bem governar o Povo de
Deus, especialmente a sabedoria.
1Rs 3,16-27 conta que
duas mulheres o procuraram, trazendo um bebê. Elas moravam juntas e deram à luz
com diferença de poucos dias. Dormiam com seus bebês ao lado. Uma delas,
enquanto dormia, virou-se em cima do seu filhinho e este morreu sufocado.
Ao acordar e perceber
o acontecido, teve uma ideia maldosa. Como a colega estava em sono profundo,
trocou os nenês. Quando a outra acordou, viu, assustada, a criança morta ao seu
lado. Mas logo percebeu que não era o seu filho, e sim da outra.
Como esta negava,
foram ao rei para que ele decidisse a questão, levando o bebê vivo. Salomão
ouviu o relato das duas, cada uma apresentando a sua versão. Em seguida, rezou
em seu coração, pedindo o discernimento. E teve uma ideia. Colocou o nenê sobre
a mesa e disse para um soldado: “Pegue sua espada, corte esta criança, e dê a
metade para cada uma dessas mulheres”.
Nesta hora, a mãe
verdadeira gritou assustada: “Majestade, dê o nenê para a minha colega, mas não
o mate!” A outra estava calma e dizia: “Isso mesmo. Nem para mim nem para ela.
Pode cortar a criança”.
Diante dessas duas
reações opostas, o rei percebeu claramente qual delas era a mãe verdadeira. Era
aquela que não quis que o soldado cortasse a criança. E deu para ela o
bebezinho.
Vamos também nós,
quando tivermos de tomar uma decisão, rezar, pedindo a ajuda do Espírito Santo.
Bendito seja o nosso
Deus que nos deu a sua Mãe para ser a nossa Mãe!
A palestrante que tocou o coração
Certa vez, uma escola
da periferia de uma cidade grande passava por sérios problemas de disciplina. A
direção pediu ao grupo de jovens da sua paróquia, no centro da cidade, que
fizesse, no domingo, um encontro com os alunos do Ensino Médio, na própria
escola.
O grupo assumiu com
entusiasmo a tarefa. Uma
garota de 16 anos ficou encarregada de fazer uma palestra sobre fé. Era a
primeira vez que ela ia falar em público.
No dia do encontro, o
auditório da escola estava repleto. Turminha da pesada. Quando a menina começou a falar, sua voz sumiu. Mas logo
recuperou a calma e explicou: “Vocês me desculpem, é a primeira vez que falo em
público”.
Dali para frente se
desinibiu. Esqueceu-se do papel e soltou-se, falando espontaneamente, com
admirável desenvoltura, jovialidade e beleza. Quando terminou, disse: “Agora,
quem quiser, pode fazer perguntas”.
Os alunos perguntavam
sobre vários assuntos e ela respondia com a maior clareza e simpatia. No fim,
quando ela saiu do auditório, simplesmente caiu nos braços das colegas
dirigentes que a esperavam no corredor.
Nos dias seguintes, os
professores perceberam a mudança que aconteceu na escola, e perguntavam: “Como
que nós, com todo o nosso esforço e formação pedagógica, não conseguimos o que
aqueles jovens conseguiram em um dia!”
Claro, não foi o grupo
de jovens que falou, e sim o Espírito Santo através deles. Eles foram meros
instrumentos.
“Recebereis o poder do
Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém,
por toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8).
Mediante o Terço, o
povo cristão aprende com Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a
experimentar a profundidade do seu amor.
A catequista no restaurante chique
Certa vez, uma jovem
catequista foi convidada por uma colega da escola, para almoçar com ela e sua
família, em um restaurante de luxo. A catequista aceitou o convite.
Ao saírem, após o
almoço, a catequista viu uma cena que a deixou revoltada: Do lado de fora,
havia várias crianças bem pobres, mal vestidas, subnutridas e com fome, que
sentiam até o cheiro da comida lá dentro.
A catequista deu uma
ajuda a uma das crianças. Ao ver o gesto, um senhor, que também saía do
restaurante, disse a ela: “Esse povo vem todos os dias aqui. Isso é caso de
polícia”.
A catequista, já
irritada, respondeu: “Realmente é caso de polícia. Deviam prender o dono do
restaurante e todos nós, por não darmos atenção a esse problema”.
O que aconteceu entre
a catequista e aquele senhor foi o choque de duas mentalidades opostas: A do
mundo cão e a dos discípulos de Jesus.
“Afastai-vos de mim,
malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos.
Pois eu estava com fome, e não me destes de comer” (Mt 25,41-42).
Quando chegar a
tempestade, se você se abrigar nesse refúgio firme que é Maria Santíssima, não
haverá perigo de se afundar.
Quanto vale uma árvore?
Havia, certa vez, um
senhor aposentado que todos os dias ia, com o neto de dez anos, pegar folhas
secas no quintal.
Um dia, o menino
falou: “Vô, vamos cortar esta árvore. Assim acaba de uma vez esta sujeira”. O
velho respondeu:
“Filho, veja quantos
males iria nos causar:
- Os passarinhos não
se reuniriam mais de manhã, para cantar.
- A árvore purifica o
ar que respiramos e atrai as chuvas.
- Eu e sua vó nos
sentamos todas as tardes na sombra desta árvore para conversar.
- E nós dois não
teríamos um momento para trabalhar juntos, batendo papo”.
O garoto, emocionado,
disse: “Vô, não vamos cortar esta árvore nunca”.
Se procurar Maria
Santíssima, você encontrará Jesus, e aprenderá, sempre com maior profundidade,
o que há no coração de Deus.
Mercadoria preciosa
Certa vez, na
antiguidade, um navio estava atravessando o Mar Mediterrâneo, carregado de
mercadoria, que ia no porão do navio. Em cima, estavam os mercadores. Estes
falavam com orgulho sobre os seus bens e as perspectivas de mercado.
Entre os passageiros,
havia um que não era comerciante. Era um líder católico e levava apenas a sua
malinha, com objetos pessoais. Os mercadores o desprezavam.
Mas aconteceu um
problema: À tarde, o navio estava tão pesado que se rachou e afundou de
repente. Todas as pessoas se salvaram, em pequenos barcos salva-vidas.
Chegaram a uma cidade
desconhecida. A tripulação e os passageiros estavam inseguros, sem saber o que
fazer. O líder católico disse: “Calma!” Ele procurou a igreja matriz da cidade
e conversou com o pároco. Este serviu lanche para todos, e foram para a Missa
das dezenove horas.
No final da Missa, o
padre explicou o problema e a Comunidade providenciou hospedagem para todos
eles.
Dali para frente,
aquele líder, que era desprezado, tornou-se muito querido de todo o grupo. Na
verdade, ele levava a mercadoria mais preciosa que havia no navio: a sua fé.
Quem tem fé, está com
Deus; e quem está com Deus tem tudo, pois ele é Pai e seu poder é infinito.
“Ajuntai para vós
tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões
assaltam e roubam” (Mt 6,20).
Maria Santíssima é
nossa grande inspiração no cumprimento da vontade de Deus. Que sua vida seja
para nós uma meta.
A ajuda na hora certa
Certa vez, uma senhora
foi à Missa com a intenção de comungar. Como fazia calor, foi de mangas curtas
e nem se lembrou que o padre daquela igreja era tradicionalista e não dava
comunhão para mulheres com mangas curtas.
Ela participou da
Missa e, quando chegou a hora da comunhão, lembrou-se do problema. Então fez a
seguinte oração: “Olhe para mim, Nossa Senhora, eu quero comungar!”
Na hora, uma moça, que
acabara de comungar, chegou por trás dela e colocou nos seus ombros uma jaqueta
de mangas compridas, para que pudesse comungar.
Na ação de graças, ela
tinha no mínimo três orações: Agradecer a Jesus ter vindo ao seu coração,
agradecer a Nossa Senhora e pedir pela moça que lhe emprestara a jaqueta.
Parece que a moça adivinhou o desejo dela.
Há pessoas que
adivinham as necessidades dos outros. Outras são o contrário: Vivem no seu
mundinho particular e nem veem as pessoas carentes ao seu redor.
Na parábola do rico e
do Lázaro (Lc 16,19-31), o rico andava tão preocupado com seus negócios que nem
via o Lázaro ao lado do seu portão. No entanto, isto lhe custou caro: foi
condenado e não entrou no Céu.
A conversão de Paul Clodel
Havia, certa vez, um
grande filósofo europeu, que era ateu. Um dia, ele estava passando em frente a
uma igreja católica e ouviu uma música muito bonita. Entrou. Era um coral de
crianças cantando o Magnificat.
A música provocou uma
mudança radical na vida de Clodel. Mais tarde, comentando sobre o fato, ele
disse: “Em um instante meu coração foi tocado, e acreditei. Acreditei com tal
força de adesão, com tal ímpeto de todo o meu ser, com uma convicção tão
poderosa e com tal certeza, que não deixava lugar para a menor dúvida”.
Isso depois de Clodel
ter lido muitos livros e buscado, de norte a sul, respostas para as suas
dúvidas de fé. Aquelas crianças falaram ao seu coração. Entretanto, nem as
crianças nem o maestro ficaram sabendo disso. A maioria dos testemunhos que
damos, nós não percebemos.
As nossas igrejas, nas
Missas de domingo, com seus cantos bonitos, dão um testemunho singular,
parecido com este que converteu Paul Clodel.
O desejo de Deus para
nós é que sejamos como Maria, cheios da graça divina, e nos esforcemos para
nunca perdê-la.
Eu também sou filho de Deus
Certa vez, um grupo de
rapazes foi passear numa montanha. Para o lanche, levaram apenas um frango que
a mãe de um deles havia assado.
Ao meio dia, quando
todos estavam com muita fome, reuniram-se para comer o frango. A turma se
ajuntou em cima do frango, cada um arrancando um pedaço. Um rapaz, que estava
lá atrás e não conseguia chegar, gritou: “Êi! Eu também sou filho de Deus!”
É interessante: Nessas
horas nós nos lembramos que somos filhos de Deus. Mas, em nosso dia a dia, nem
sempre pensamos nesse Pai amoroso que temos sempre ao nosso lado.
Vamos lembrar-nos
dessa maravilha durante o dia, pois nosso Pai do Céu está ao nosso lado o dia
todo, querendo aproximar-se mais de nós. Mas isso depende de nós. Vamos também
agradecer a Jesus o presente que nos deu, de nos tornarmos filhos e filhas de
Deus.
Maria Santíssima ganha
de nós, porque além de ser filha de Deus Pai, é Mãe de Deus Filho e esposa do
Deus Espírito Santo. Que ela nos ajude a nos aproximarmos mais das três Pessoas
Divinas.
São João Maria Vianey
São João Maria Vianey
era um pároco do interior da França. Nasceu na roça. Quando jovem, quis ser
padre, mas a sua inteligência era tão fraca que não conseguia nem acompanhar os
estudos numa sala de aula.
Devido à sua
santidade, o pároco o acolheu na casa paroquial e lhe ensinou, com paciência, o
principal dos estudos humanos e teológicos.
Foi ordenado sacerdote
e nomeado pároco de uma pequena cidade, chamada Ars. O povo dessa cidade era
cheio de vícios e afastado da Igreja. Em pouco tempo, a cidade se transformou,
tornando-se uma paróquia santa e modelo de vida de Comunidade.
Pessoas de longe iam
até Ars, a fim de se confessar ou pedir conselhos ao Pe. João. Ele estava
sempre disponível e as acolhia com alegria, seja durante o dia ou à noite.
Quando um pároco vizinho devia viajar, ou saia de férias, ele o substituía com
prazer.
Pe. João Faleceu dia
04/08/1859, com 73 anos de idade, logo após o Terço das 11 horas, na igreja,
que ele rezava com o povo todos os dias. É o padroeiro dos sacerdotes, e o dia
do seu falecimento foi escolhido como o dia do padre. Por causa dele, agosto é
o mês vocacional.
Também Maria
Santíssima enfrentou dificuldades na travessia do mar da vida. Entretanto,
movida pela fé e pelo amor, venceu a todas. Que ela e São João Vianey nos
ajudem.
Dona Joana, mulher otimista
Certa vez, perguntaram
a uma senhora idosa, viúva, moradora de uma favela e líder da Comunidade
católica, se a sua vida tinha sido boa. Ela respondeu: “Sim. Foi muito boa.
Lutei muito, mas tive a alegria de educar meus filhos e dar-lhes uma
profissão”.
Nesse momento, ela
parou um pouquinho, pensou, e acrescentou com um sorriso: “Engraçado; agora eu
chamo de luta. Na época eu chamava de sofrimento”.
Às vezes, não é a
situação que muda, mas a pessoa. Porque Deus, cujo amor foi derramado em nossos
corações (Rm 5,5), Transforma tudo em bem e em crescimento para nós e para os
que nos rodeiam.
Em Caná, Maria se
mostrou ao mesmo tempo interessada em ajudar os noivos na situação difícil, e
certa de que seria atendida pelo Filho (Jo 2,1-12). Que a imitemos.
A falta que faz um padre
Certa vez, o pároco de
uma cidade do Norte do Brasil teve de viajar às pressas para a Itália, porque
sua mãe estava muito mal e queria vê-lo. Aconteceu que a mãe continuou doente
e, assim, o padre teve de permanecer na Itália.
A sua paróquia era a
única na cidade, que tinha 60 mil habitantes, além da zona rural. E a cidade
mais próxima, que tinha padre ficava a mais de 50 km.
Depois de três meses,
o bispo conseguiu um padre para passar uns dias lá. Estradas de terra,
péssimas. Quando o padre saiu do ônibus, na rodoviária, percebeu que todos
olhavam para ele.
Quando começou a
caminhar até a igreja, um menino aproximou-se e perguntou: “O senhor é o
padre?” “Sim”, respondeu ele. O garoto deu um sorriso e saiu correndo. O padre
percebeu que ele foi avisar na igreja.
Ao chegar à casa
paroquial, após o café, a secretária da paróquia perguntou: “Eu posso avisar as
pessoas que estão esperando o senhor?” O padre concordou. E começou a chegar
gente.
Um dizia: “O senhor
pode celebrar uma Missa pela minha mãe? Faz um mês que ela faleceu”. Uma
senhora disse: “Fazem dois meses que meu marido morreu; podia rezar uma Missa
por ele?”
Os casais jovens
chegavam e diziam: “O senhor pode fazer o nosso casamento? Nós nos casamos no
civil, está fazendo dois meses”. E assim por diante. E o padre anotava tudo.
De repente, chegou um
jovem casal de um distrito pertencente à paróquia. Tinham se casado no civil
fazia três meses. Como sempre, o padre perguntou a eles: “Vocês fizeram o curso
de noivos?” Os dois responderam: “Somos nós que damos o curso de noivos lá! O
padre quase chorou. Eles, que sempre deram o curso de noivos, motivando os noivos
a se casarem na Igreja, quando chegou a vez deles, não havia padre!
Chegou um senhor e
falou: “Eu sou o juiz de paz aqui da cidade. Posso chamar todos os casais que
eu casei no civil nestes três meses? Porque todos queriam casar-se na Igreja”.
O padre concordou e marcou uma data para o casamento comunitário. Compareceram
mais de trinta casais. A igreja ficou lotada. A alegria dos casais era enorme.
Depois de duas semanas, o padre teve de voltar para o seu trabalho.
Como que o padre é
necessário! “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois,
ao dono da colheita que envie trabalhadores para a sua messe!” (Mt 9,37-38).
Maria Santíssima é a
Mãe dos sacerdotes. Que ela interceda junto de Deus por esses companheiros do
seu Filho, e cuide dos jovens que aspiram a essa sublime vocação.
Os mortos reaparecem?
Certa vez, um rapaz
viajava de trem, sem nenhum documento consigo. E houve um acidente grave com o
trem, no qual morreu muita gente. Como aquele rapaz não voltou para casa,
concluíram que ele tinha morrido. A família acreditava em superstições, por
isso procurou um "centro", onde se diz que as almas dos falecidos
"abaixam", e pediram notícias do rapaz.
Após a “sessão”, o
médium falou: “O fulano morreu mesmo e eu acabei de falar com ele. Está
bem". A família chorou, mas se conformou.
Aconteceu que o rapaz
tinha ido era para o hospital. Após o tratamento, recebeu alta e voltou para
casa. Como sua casa ficava na zona rural, onde não havia telefone nem correios,
ele não se comunicou com a família. Desceu do trem, no final da tarde, quando
já estava escurecendo, e foi caminhando a pé para a sua casa. As pessoas que o
viam pensavam que era um fantasma e corriam.
Viu o que dá acreditar
em crendices? Após a nossa morte, passaremos por um julgamento de Jesus Cristo,
chamado Juízo Particular. Dependendo desse Julgamento, teremos apenas três
destinos: O Céu, o inferno e o purgatório. E as pessoas não se comunicam mais
com a terra. O que acontece nas “sessões” é pura sugestão.
Se você recorre a
Maria com confiança, ela não permitirá que sua fé se desvie.
Os abraços de Jesus e de Maria
Certa vez, em uma
festa de Nossa Senhora, um grupo de jovens fez a seguinte encenação: Apareceram
no palco várias pessoas com roupas rasgadas, cada uma com um problema
diferente.
Eles gritavam falta de
tudo, principalmente de amor. Foram caindo no palco e ficando ali no chão. Em
seguida, chegaram Jesus e Maria. Jesus levantava cada um e o abraçava. E Maria
também o abraçava.
Naturalmente, Jesus
abraçava com o jeito de homem e Maria abraça com o carinho de mulher. Maria
representa o rosto feminino de Deus. Os dois amores, de Cristo e de Maria,
expressam a totalidade do amor de Deus por nós, pois ele não tem sexo,
masculino ou feminino. Maria nos ama do jeito de mulher, e corre para
interceder por nós do jeito de Mãe.
Você já sentiu o
abraço materno de Maria? Certamente sim. E Deus quer que esses dois gestos, o
masculino e o feminino, de estender a mão e de abraçar, sejam continuados por
nós no mundo. Cada um de nós no seu gênero.
A hóstia sem gosto de nada
Certa vez, numa Missa,
um garotinho de três aninhos queria a todo custo comungar. No final da Missa, a
mãe o levou à sacristia e lhe deram uma hóstia sem consagrar. Ele a pegou com
avidez e comeu. Mas depois fez uma carinha ruim e disse: “Não tem gosto de nada!”
Que pena que aquele
menino ainda não sabia o que é a Hóstia consagrada! Pelo que tudo indica, não
recebera nem os rudimentos da fé. Quantas crianças dessa idade são
completamente diferentes! Sabem que a Comunhão é Jesus, e sabem quem é Jesus,
quem é Nossa Senhora, quem é o Papai do Céu etc.
É urgente ensinarmos
às crianças esse novo gosto na vida: O gosto da Hóstia consagrada, o gosto da
fé e do amiguinho Jesus. O gosto das coisas de Deus. Só assim serão plenamente
felizes.
Se você contemplar a
Virgem dolorosa, verá que à sua frente estão dois corações: O do seu Filho e o
de você.
Maria atrás do Hostensório
Certa vez, uma senhora
estava participando da Missa do Santíssimo, em um Santuário de Nossa Senhora.
Quando o padre colocou a Hóstia no hostensório e o ergueu para a adoração do
povo, veio nela a seguinte oração: “Jesus, me desculpe! Eu venho tantas vezes
aqui ao Santuário e rezo diante da sua Mãe, mas me esqueço de entrar na capela
do Santíssimo!
Então esta mulher
fechou os olhos, cochilou um pouquinho, e teve o seguinte sonho: Viu Maria
Santíssima bem atrás do hostensório. Junto com o Filho na Hóstia consagrada.
Quando ela abriu os
olhos, agradeceu o recado de Deus: Não se preocupe. Maria e Jesus estão sempre
juntinhos. Onde um está o outro está também. Aqui na Missa do Santíssimo você
não está deixando Maria de lado, e quando está diante da Imagem de Maria, não
está deixando Jesus de lado.
O Corpo de Jesus, que
está na Hóstia, veio do corpo de Maria. Dom Aloísio Lorscheider dizia que as
igrejas dedicadas a Maria Santíssima são as mais cristocêntricas que ele
conheceu. Cristocêntricas e eucarísticas. Quem está com Maria, está também com
Jesus, e vice-versa.
A rede de serviços
Certa vez, por ocasião
do dia do padre, uma catequista fez a seguinte encenação com seus alunos:
Chamou um voluntário e perguntou: “Para você nascer, precisou de quem?” “De
meus pais”, respondeu o garoto. A catequista chamou um menino e uma menina e os
colocou ao lado dele, representando seus pais.
Em seguida, fez ainda
várias perguntas para o primeiro voluntário:
- Para você se
alimentar, precisou de quem? R/ Do agricultor. A catequista colocou ao lado dos
três um menino, representando o agricultor.
- E para cuidar de sua
saúde? R/ Do médico. Veio o médico.
- E para você estudar,
precisou de quem? R/ Da professora. Chamou uma menina.
- Para você tornar-se
cristão, recebendo o Batismo e participar da Missa, precisou de alguém? R/ Do
padre, respondeu o menino. Veio um garoto representando o padre.
A catequista explicou:
Para você viver, precisa de todas essas pessoas. São as nossas necessidades
básicas. Por isso que no nosso bairro existe a escola, o posto médico, o
supermercado, a igreja... Vamos valorizar essas vocações, especialmente a
sacerdotal.
Nós servimos as
pessoas e somos servidos por elas. Damos e recebemos. Quem não vive para
servir, não serve para viver. Descubra a felicidade de servir.
“Há diversidade de
ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes atividades, mas é o mesmo
Deus que realiza tudo em todos... O Espírito distribui seus dons a cada um,
conforme ele quer” (1Cor 12,5-11).
“Quem não quer
trabalhar, também não coma” (2Ts 3,10).
Existe outro serviço
prestado a nós que é importantíssimo: De nossa Mãe do Céu. A família espiritual
dos cristãos católicos é completa: Tem Pai, Mãe e irmãos. “Santa Mãe Maria,
nesta travessia, cubra-nos teu manto cor de anil.”
A propaganda eleitoral
Certa vez, um
candidato a vereador tinha só alguns segundos para falar no horário gratuito de
propaganda eleitoral na rádio local da pequena cidade. Ele apresentou
rapidamente o seu programa, depois disse:
“Amigo ou amiga
ouvinte, se você acredita em mim e gostou do meu programa, por favor, divulgue.
Fale para outros da minha candidatura, porque eu não tenho dinheiro para fazer
propaganda”. E já desapareceu.
De fato, aquele senhor
tinha razão, porque quando gostamos de um projeto, nós o divulgamos. E ele
acabou ganhando a eleição. A tática deu certo.
Imagine se fizéssemos
o mesmo com a nossa fé: Cada um se tornasse um missionário, um divulgador, e
começasse a convidar pessoas para a Comunidade. Em pouco tempo o povo não
caberia mais em nossa capela ou igreja.
“Jesus disse: A paz
esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio. Recebei o Espírito
Santo” (Jo 20,21-22). “Ide e fazei discípulos entre todas as nações, e
batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a
observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias,
até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20).
Dramatização sobre os líderes
Certa vez, uma
paróquia estava celebrando cinquenta anos de fundação. O grupo de jovens
resolveu apresentar a seguinte dramatização:
O palco estava vazio.
Entrou uma moça e começou a falar a respeito do profeta Samuel. Enquanto ela
falava, veio um rapaz do meio do povo, que tinha na camisa a palavra Samuel.
“Acontece que Samuel
morreu” disse a jovem. Na hora, o rapaz deitou-se no chão. Ela começou a falar de Judite e
dos grandes feitos dela. Veio a Judite, que também morreu, deitando-se no chão.
A apresentadora citou o rei Davi e suas qualidades. Apareceu Davi, que também
morreu. E assim ela foi citando: A rainha Ester, Jesus, S. Pedro...
Em seguida, a jovem
citou vários cristãos da paróquia, que foram grandes catequistas e
evangelizadores, mas que também já morreram. E ela perguntou: “E agora, a
evangelização na nossa paróquia morreu com eles?”
Neste momento, veio do
meio do povo um rapaz, subiu no palco e disse, apontando para a plateia: “Nós
aqui somos os continuadores desses que nos precederam. Não vamos deixar apagar
a memória deles”. E, com a ajuda da apresentadora, foi levantando, um a um,
todos os caídos.
Maria Santíssima não
morreu, mas também foi para o céu. No seu momento mais difícil, que foi a morte
do Filho, certamente ela pensava: “Meu Filho, o que você poderia ter feito por
este povo e não fez? Você lhes deu a vida e eles lhe deram a morte; você os
salvou e eles o mataram! Mas sei que você se sente realizado, porque fez o que
mais queria: a vontade de Deus Pai. Por isso eu também assumo esta minha dor. E
mais: Atendendo ao seu pedido, quero ser a Mãe de todos os seus discípulos”.
A paróquia em dificuldade financeira
Certa vez, uma
paróquia estava em dificuldade financeira e o pároco disse, na reunião do
Conselho: “Precisa comprar mais bancos para a igreja, pois muitos ficam em pé
durante a Missa. As catequistas necessitam de subsídios e as lideranças devem
fazer cursos de formação, mas esses cursos têm taxas. O dinheiro da paróquia
não está dando nem para pagar a luz e a água. O que vamos fazer?”
O grupo trocou ideia e
concluiu que a parte financeira é trabalho em primeiro lugar dos cristãos
leigos. Decidiram, então, criar o dízimo, já que a paróquia tinha apenas a
coleta durante o ofertório da santa Missa. Convidaram uma equipe especializada
em implantação do dízimo, e logo tudo foi resolvido.
De fato, a arrecadação
de recursos financeiros para a paróquia, assim como as outras pastorais, é
supervisionada pelo padre, mas assumida e coordenada pelos cristãos leigos da
paróquia. O padre devia ficar mais liberado para as celebrações e a
evangelização.
O dízimo ajuda a
paróquia a caminhar em três dimensões:
- Religiosa. Mantém o
culto e paga os funcionários.
- Missionária. Leva
aos de fora a Palavra de Deus, divulgando a fé.
- Social. Mantém as
obras sociais e o atendimento aos pobres.
“Todos os fiéis viviam
unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam suas propriedades e repartiam o
dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um” (At 2,44-45).
“Separai dentre vós
uma oferta para o Senhor. Todo homem de coração reto trará esta oferta” (Êx
35,5).
“Dê cada um conforme o
impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá
com alegria” (2Cor 9,8).
A origem do diamante
Há uma lenda indígena
que narra a origem do diamante. Havia, em uma tribo, uma índia viúva que tinha
dois filhos homens, um menino pequeno e um rapaz. Ela amava muito seus filhos.
Um dia, alguns homens desconhecidos vieram à noite e roubaram-lhe o menino. A
mãe ficou desolada.
Pediu ao filho mais
velho que saísse pelo mundo a procura do garoto. E ela, todas as noites, subia
o morro e acendia uma fogueira, para que o moço, ao ver a fogueira, soubesse
que ela estava ali esperando.
Os anos se passaram. A
índia ficou velhinha e não conseguia mais subir o morro. Então pediu aos jovens
da tribo que a levassem todas as noites.
Numa noite, quando ela
estava ali, vigilante, ao lado da fogueira, o filho mais velho chegou,
carregando nos braços o irmão, que tinha acabado de morrer. A mãe então chorou.
E suas lágrimas caíam no chão como pérolas.
No dia seguinte,
quando foram ver, aquelas lágrimas haviam se transformado em pedras bonitas.
Foi aí que surgiram as pedras de diamante.
As lágrimas da mãe se
tornam pérolas. Elas têm muito valor. E as de Maria mais ainda, pois é a Mãe
das mães.
A rua asfaltada em trinta dias
Havia, certa vez, uma
rua, na periferia de uma cidade, que era horrível, devido à poeira. Era carro
passando a toda hora, a poeira se levantava e invadia as residências,
penetrando em todos os lugares da casa. Quando chovia, a situação era pior.
Várias vezes, os
moradores levaram suas reclamações ao prefeito, pedindo o asfaltamento da rua.
Ele prometia, mas o tempo passava e nada era feito.
Um dia, a rua
amanheceu bloqueada. À noite, os homens fizeram uma valeta, de lado a lado, e o
povo ficou ali, no meio da rua. Logo os carros e caminhões foram chegando, e
formou-se uma enorme fila.
O prefeito foi
arrancado da cama e veio às pressas. Procurou a coordenação da Associação de
Moradores para negociar. Mas os moradores estavam irredutíveis: Só liberavam a
rua, mediante o compromisso de asfaltá-la dentro de um mês. O prefeito acabou
prometendo. Quinze dias depois, a rua estava asfaltada.
Certamente aquela
Associação de Moradores ganhou força na prefeitura.
“Animados pela fé, e
bem certos da vitória, vamos fincar nosso pé e fazer a nossa História.” Povo
unido jamais será vencido.
“Derrubou os poderosos
de seus tronos e elevou os humildes.” Maria também foi corajosa. E ganhou a
luta. Mãe dos excluídos, rogai por nós.
O jovem sabiá e as minhocas
Certa vez, um bando de
sabiás estava voando, e um jovem sabiá ouviu lá de baixo, da terra, uma
propaganda dizendo: “Atenção sabiás! Eu tenho minhocas apetitosas e dou de
graça!”
Como ele gostava muito
de minhocas, resolveu descer para conferir. Ao chegar, viu um homem com uma
carrocinha cheia de minhocas, gritando.
O jovem sabiá chegou e
pediu. Ele lhe deu duas minhocas. Estavam saborosas.
O sabiá ficou por ali
mesmo e, no outro dia, aproximou-se da carrocinha e pediu mais duas. O homem
lhe disse: “Não. Aquelas foram só para você experimentar. Eu vendo minhocas”.
“Quanto custa?” perguntou o sabiá. “É uma pena por duas minhocas”, respondeu o
homem.
O sabiá pensou: Puxa,
minhas penas tão bonitas...! Mas olhou para as minhocas e viu que estavam
apetitosas. Pensou: Uma pena só não faz falta. Arrancou uma, deu a ele e
recebeu duas minhocas. Estavam deliciosas.
Ficou ali por perto e,
no outro dia, arrancou mais uma pena e comeu mais duas minhocas. E assim foram
uma, duas semanas.
Um dia, ele resolveu
voltar para o seu bando, encontrar-se com seu pai, sua mãe, amigos... Tentou
voar, mas não conseguiu. Primeiro, porque estava muito gordo. Depois, porque
tinha poucas penas.
O jeito foi continuar
ali, triste, perto do homem, comendo minhocas e perdendo penas, até morrer.
Essas minhocas são as
drogas, a bebida alcoólica, ou qualquer vício.
É preferível procurar
minhocas junto com os pais e com a Comunidade cristã. Aí não há perigo. É
melhor seguir o caminho estreito da cruz, como Jesus seguiu. A cruz da fidelidade
à Igreja que ele fundou, una, santa, católica e apostólica. É essa fidelidade
que nos leva à transfiguração verdadeira.
Como a rosa entre os
espinhos, de graças enriquecida, sempre foi pura e sem mancha, a Senhora
Aparecida.
Culpa do maltrapilho ou do barbeiro?
Certa vez, um homem
foi cortar o cabelo. Enquanto o barbeiro cortava, dizia: “Deus não é bom. Veja
quantos miseráveis no mundo, quantas injustiças...”
O homem discordou, mas
o barbeiro rebateu, pedindo que ele abrisse os olhos e observasse em volta de
si com mais realismo.
Terminado o corte, o
freguês pagou e, antes de sair, olhou para a praça em frente e viu um
maltrapilho imundo, com cabelos longos e despenteados. A barba, não trabalhada,
vinha até o pescoço.
O homem comentou: “Os
barbeiros desta cidade não são bons!” “Por quê?”, ofendeu-se o barbeiro. O
senhor respondeu: “Se existisse barbeiro bom nesta cidade, aquele homem ali não
estaria com o cabelo e a barba compridos e desalinhados”. “Ele está assim porque
quer. Se me pedisse, eu cortaria de graça!” respondeu, irritado, o barbeiro.
Estamos diante da
liberdade humana, que Deus respeita, pois foi ele mesmo que a criou. Respeita
tanto que não interveio, mesmo quando mataram injustamente o seu Filho. Respeita
porque ele é capaz de transformar os males em bem.
O testemunho de Maria
Santíssima foi, depois de Jesus, o mais belo e o mais rico de todos. Além de
ser Imaculada, ela nos deu o próprio Deus feito carne.
Jovem surda escuta alto-falante
Havia, certa vez, uma
moça que morava na roça, em um lugar bem afastado. Todos diziam que ela era
surda. A própria jovem pensava assim.
Um dia, a família foi
à cidade, a pé, para a Missa do domingo. Ao chegarem perto da igreja, a moça
deu um pulo de alegria. Ouviu a música do alto-falante! Daí para frente, foi
fácil. Procuraram um médico, ela começou a usar aparelhos nos ouvidos e passou
a ouvir normalmente.
O que aconteceu foi
que aquela garota tinha pouca audição. Mas, como o som do alto-falante foi
muito forte, ela ouviu. Lá na roça, onde tudo é calmo, ela nunca teve a
oportunidade de ouvir um som tão forte. Ou, se ouviu, não teve consciência
disso.
Deus sempre nos
convida à santidade. Entretanto, às vezes somos meio surdos à sua voz. Por isso
ele, na sua bondade, grita aos nossos ouvidos, para nos acordar. Seus gritos
são os impactos que acontecem em nossa vida. Que Deus não precise chegar a esse
ponto conosco!
A visão da Igreja como
Família de Deus nos permite ver mais claramente o papel de Maria Santíssima na
mesma Igreja. Assim, o amor à Igreja se une com o amor a Maria.
A ressurreição de Tabita
At 9,36-42 conta que,
na cidade de Jope, havia uma discípula católica chamada Tabita, que gostava de
ajudar os necessitados. Um dia, ela ficou gravemente doente, e morreu.
Como o Apóstolo Pedro
estava perto de Jope, na cidade de Lida, mandaram dois discípulos pedir-lhe:
“Vem depressa até nós!” Pedro partiu imediatamente com eles.
Assim que chegou,
levaram-no ao local onde estava o corpo de Tabita. Todas as viúvas vieram ao
seu encontro. Chorando, elas mostravam a Pedro as roupas e agasalhos que Tabita
havia feito, quando vivia com elas.
Pedro mandou todo o
mundo sair. Em seguida, pôs-se de joelhos, a orar. Depois voltou-se para a
morta e disse: “Tabita, levanta-te!”
Ela abriu os olhos,
viu Pedro e sentou-se. Pedro deu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se. Depois
chamou as viúvas e apresentou-lhes Tabita viva.
O fato tornou-se
conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos passaram a crer no Senhor.
As pessoas que fazem o
bem, quando morrem, sua morte é apenas aparente. Elas continuam vivas no
coração de Deus e na memória do povo. E o seu exemplo continua incentivando as
gerações, dando-lhes alegria, esperança e ânimo para continuarem a luta da
vida.
Isso nós comprovamos
em nossas Comunidades católicas. É a ressurreição, não física, mas muito real,
dos santos e santas de Deus.
A sogra de S. Pedro
devia ser parecida com Tabita (Cf Mc 1,29-39).
Uma das grandes
qualidades de Maria Santíssima era a solicitude em ajudar os necessitados.
Vemos isso na visita à prima Isabel, nas Bodas de Caná, ao pé da cruz, apoiando
os apóstolos no Cenáculo... e até hoje. Mãe solícita, rogai por nós.
Gostaram do teatro? Divulguem!
Certa vez, uma equipe
teatral estava em uma cidade, apresentando uma peça muito bonita. Um dia, após
o espetáculo, a plateia aplaudiu longamente. Então o diretor do teatro apareceu
na frente das cortinas e disse: “Vejo que vocês gostaram da peça”. Novas palmas
confirmaram.
Ele continuou: “Nós
ficamos felizes com isso. E fazemos a vocês um pedido: Divulguem o nosso
espetáculo! Convidem seus parentes e amigos para virem aqui nos prestigiar”. E
ele encerrou dizendo: “Desde já, muito obrigado!”
Os espectadores não
tinham pensado em divulgar a linda peça. Mas, já que o diretor pediu,
fizeram-no e, nos dias seguintes, o auditório ficava repleto.
Jesus nos fez o mesmo
pedido: “Ide e fazei discípulos meus entre todas as nações, e batizai-os em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que
vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”
(Mt 28,19-20). Na verdade, o pedido de Jesus foi mais veemente e comprometido.
Você tem atendido?
Maria Santíssima,
devido à sua beleza e ternura, é por si mesma um alegre convite a seguirmos o
seu Filho. Rainha dos missionários, rogai por nós.
O templo do amor
Havia, certa vez, um
templo que era chamado templo do amor. Alguém chegou à porta e bateu. Uma voz
de dentro perguntou: “Quem é?”
- “Eu sou um
comerciante e queria entrar nesse templo.”
- “Aqui não há lugar
para comerciantes. É melhor ir vender seus produtos em outra região.”
Um pouco depois, outra
pessoa bateu. A voz de dentro gritou:
- “Quem é?”
- “Eu sou um
político.”
- “Aqui não á lugar
para políticos. Vá cumprir o seu mandato”.
Minutos depois, outra
pessoa bateu:
- “Quem é?”
- “Eu sou um
professor.”
- “Aqui não há lugar
para professores. Vá preparar suas aulas.”
Uma garota bonita
bateu.
- “Quem é?”
- “Eu sou a modelo
fulana de tal, e queria entrar neste templo.”
- “Vá cuidar da sua
beleza, porque aqui não há lugar para modelos.”
Minutos depois, alguém
bateu. A voz perguntou: “Quem é?”
- “Eu sou um coração
que transborda de amor.”
Na hora, a porta se
abriu e a pessoa entrou.
O que vale não é o que
fazemos, mas o amor com que fazemos as coisas. São necessários os comerciantes,
os políticos, os professores e as modelos. Entretanto, mais importante que
essas profissões é o amor com que as desempenhamos.
“Ainda que eu falasse
as línguas dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, eu seria como um
bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência... mas não tivesse amor, eu nada
seria” (1Cor 13,1-2).
O veio d’água e a raiz
Certa vez, um veio
d’água encontrou-se, lá debaixo da terra, com uma raiz. E começou a criticá-la:
“Você é feia, com essa casca toda enrugada. Parece um rabo de macaco! Olhe para
mim como sou limpinha e bonita!”
A raiz respondeu: “Foi
o contato com a terra que me fez assim. Sou operária. Trabalho para uma bela
roseira que está lá fora da terra, à vista de todos”. O fio d’água calou-se e
continuou correndo.
Quando saiu para a luz
do sol, a primeira coisa que fez foi procurar o prolongamento daquela raiz com
a qual conversara. E ficou encantado com a roseira, que exibia rosas lindas e
perfumadas.
E o veio d’água se
foi, meditando sobre a lição da raiz. Compensa sacrificar-se para que alguém
possa florir.
Maria está intimamente
ligada à Santíssima Trindade. Ela é filha de Deus Pai, Mão de Deus Filho e
esposa do Espírito Santo. Vemos que ela é muito próxima de Deus e, como nossa
Mãe, é também muito próxima de nós. Por isso que Deus sempre atende sua intercessão
em nosso favor.
Velhinha descobre que Deus a ama
Havia, certa vez, uma
senhora idosa que era desprezada pela família, pelos vizinhos, por todos. Vivia
sozinha. Ela pensava que não tinha valor, por isso nem cuidava bem da sua
saúde.
Um dia, alguém lhe
disse que Deus a ama muito, tanto que Jesus seria capaz de morrer outra vez, se
fosse necessário, somente por causa dela. Então aquela anciã exclamou, cheia de
alegria: “Agora sei que tenho valor!”
Não só aquela senhora.
Todos somos infinitamente amados por Deus. Ele nos conhece a cada um pelo nome,
e tem um amor predileto pelos que são desprezados na terra.
“Não tenhas medo...
Chamei-te pelo teu nome, tu és meu! Se tiveres de atravessar pela água, contigo
estarei e a inundação não te vai submergir” (Is 43,1-2).
O mesmo Espírito Santo
que cobriu com sua sombra a Virgem de Nazaré, age na hodierna luta de cada
cristão e de cada cristã, cobrindo-os com a sua sombra.
A mãe maravilhosa
Havia, certa vez, uma
mãe viúva que tinha vários filhos. Ela trabalhava para criar os filhos e dar a
eles o melhor que podia: Lavava roupa para fora, fazia salgadinhos,
costurava... Conseguiu criá-los.
Por fim, todos se
realizaram na vida. Restou a mais nova, uma menina inteligente e bonita. A mãe
pensou: Vou continuar lutando, a fim de dar a esta minha filha um bom estudo.
Colocou-a nos melhores colégios.
Mas a mocinha começou
a ter vergonha da mãe, porque era uma mulher de mãos calejadas, rosto sofrido e
meio encurvada. Depois que a menina foi para a cidade grande estudar, procurava
esconder das colegas a sua mãe, que era pobre.
Um dia, ela disse para
uma amiga: “Eu queria ter uma mãe igual à sua: bonita, moderna, que usa joias e
sabe falar português corretamente”. A amiga disse com tristeza: “Não queira
isso. A minha mãe não para em casa, não faz comida para nós e não liga para
mim. Vivemos com a empregada”.
Um tempo depois, a
mocinha conheceu a mãe de outra colega e se entusiasmou por ela. Disse para
esta: “Eu queria ter uma mãe como a sua: alegre, social, divertida, não séria
como a minha mãe”. A colega disse: “Você se engana. Minha mãe é alcoólatra. Ela
é alegre assim quando está bêbada. Passado o efeito do álcool, ela é horrível”.
Mas a garota não
desistiu de procurar a mãe ideal.
Um dia, conheceu outra
mãe, gostou muito dela e disse para a filha: “Você tem uma mãe bacana. Como eu
gostaria de ter uma igual!” A colega disse: “É porque você não mora lá em casa.
Mamãe fala mal do meu pai e à noite sai para festas, junto com homens e mulheres
de boemia. E deixa em casa nós junto com o papai”.
Dias depois, a garota
estava atravessando um jardim e viu um menino de rua sentado em um banco, com
uma flor na mão. A menina aproximou-se dele e começou a conversar. Sem
perceber, ela começou a falar de sua mãe: “A minha mãe é uma mulher feia, tem
rugas no rosto, é meio encurvada. E o pior: Vive cobrando de mim, pegando no
meu pé”.
O menino disse: “Eu
não conheço a minha mãe. Como eu gostaria de ter uma mãe igual à sua, que
cobrasse as coisas de mim e me educasse! Hoje é o Dia das Mães. Eu estou com
esta flor para entregar à primeira mãe que eu encontrasse. Por favor,
entregue-a para a sua mãe, porque ela é a mãe que eu gostaria de ter”.
A mocinha nem havia se
lembrado que era o Dia das Mães! Naquela hora, ela caiu em si. Agradeceu ao
menino, pegou a flor e foi correndo para a rodoviária. Tomou o ônibus e
conseguiu chegar em casa ainda no Dia das Mães. Ao chegar, abraçou sua mãe,
beijou-a, entregou-lhe a flor e disse emocionada: “Mamãe, a senhora é
maravilhosa. É a melhor mãe do mundo!”
Todas as mães são
maravilhosas, porque traduzem para nós o amor de Alguém que é ainda mais maravilhoso:
Deus. Mãe das mães, rogai por nós.
Trauma de infância
Um dia, uma senhora
levou sua filha, de dez anos, a uma psicóloga, porque de repente ela começou a
baixar as notas na escola e não conseguia aprender mais nada.
Depois de várias
sessões de terapias, a psicóloga descobriu que tudo começou quando a menina
estava fazendo curso de piano e conseguiu aprender a tocar uma música. Chamou o
pai e tocou para ele ouvir. Depois que ouviu, o pai fechou o semblante e disse:
“Mulher não deve aprender essas coisas!” E retirou-se. Daí para frente, ela
começou a ir mal no piano, e também na escola.
Diante disso, a
psicóloga chamou o pai, para conversar. Depois de algumas sessões de terapia,
descobriu que a mãe dele era uma mulher má, tratava muito mal o marido e os
filhos homens.
O filho, então, de
revolta contra a mãe, cresceu com a ideia de que mulher não presta. Se mulher
não presta, a filha não podia prestar. Como a garota tocou muito bem a música,
este fato desmentiu a sua ideia inconsciente. Mais que depressa, mesmo sem
perceber, ele irritou-se e disse que mulher não devia tocar piano. No fundo, o
que ele queria dizer é que mulher não presta, por isso a filha nunca devia
prestar.
A psicóloga pediu,
então, para falar com a mãe dele, que já era idosa. Esta veio. Depois de várias
sessões de terapia, veio à tona: Seu pai traia sua mãe, além disso batia nela
na frente dos filhos. Ela transferiu a revolta contra o pai para os seus filhos
homens, tratando-os com violência.
Infelizmente, não deu
para chamar a mãe daquela senhora idosa, porque já havia morrido há muito
tempo. Mas certamente ela também agia assim porque carregava trauma, fruto de
algum procedimento errado de seus antepassados.
Imagine se todos
estivessem vivos, e a psicóloga fosse pesquisando, um por um. Ia chegar a Adão
e Eva, isto é, ao pecado original.
Aí está uma explicação
para o pecado, e por que não existe paz dentro de nós e no mundo. O mal vai
passando de geração em geração. Sem percebermos, levamos para os outros o mal
que recebemos.
Felizmente, existe uma
saída para nos libertarmos dessa triste corrente de traumas de infância e de
heranças negativas: Se nós descobrimos que um problema que carregamos vem da
nossa infância, 50% dele já está vencido. A outra metade, é questão de tempo e
de paciência.
Se uma esposa tem
ciúme do marido, por exemplo, e descobre que isto vem de um trauma de infância,
não vai culpar o marido. Pelo contrário, vai pedir-lhe ajuda. E o trauma não
vai destruir a família.
80% dos nossos
problemas de relacionamento vêm de traumas de infância. Este é um grande
destruidor da paz entre nós.
Maria Santíssima é a
pessoa que mais torce pelo ecumenismo. Pois, como Mãe, ela quer ver todos os
seus filhos e filhas unidos.
A fé é ligada ao comportamento
Conta-se que, no tempo
de Santo Antônio, havia, em Pádua, na Itália, um homem muito influente na
cidade, mas que dizia que não tinha fé.
Frei Antônio fez
amizade com ele e começou a ir a sua casa, com a intenção de torná-lo um
cristão praticante.
Doutor em teologia, o
santo respondia às suas dúvidas e derrubava todos os argumentos contrários à
fé. Mas as conversas não estavam dando resultado.
Um dia, Santo Antônio
estava na casa dele e o apertou tanto que o homem resolveu abrir o jogo. Os
dois estavam na sala. Ele levantou-se, abriu uma porta, apontou para uma mulher
que estava na cozinha e disse: “Padre, ali está o motivo por que eu não creio”.
O motivo era porque,
tanto ele como aquela senhora eram casados, abandonaram seus cônjuges e foram
viver juntos.
A cabeça segue o
coração. “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me
ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21).
Se uma pessoa vive no pecado, procura esconder-se de Deus, como fizeram Adão e
Eva após o pecado (Cf Gn 3,8).
Maria Santíssima foi
sempre obediente aos mandamentos de Deus. Por isso sua fé era grande. “Bem-aventurada
aquela que acreditou” (Lc 1,43).
O cavaleiro, o operário e o padre
Certa vez, a muitos
anos atrás, um operário e um cavaleiro encontraram-se em uma estação de trem.
Os dois se apresentaram, conversaram, e compraram as passagens na mesma cabine,
porque aquele trem tinha cabines para duas pessoas. O operário era forte e o
cavaleiro era franzino.
Na estação seguinte,
entrou também um padre. Ao verem o padre passar no corredor, o cavaleiro
comentou, com um ar de desprezo: “Para que serve um padre?” Como quem diz: O
padre não serve para nada. O
operário não respondeu.
Lá na frente, quando o
trem atravessava uma grande floresta, o operário disse ao cavaleiro: “Estamos
sós. Ninguém nos vê nem nos ouve. O que você faria se eu o estrangulasse agora,
tomasse todo o seu dinheiro e, aproveitando uma curva, pulasse esta janela?”
Pálido de medo, o
cavaleiro respondeu: “Você se engana, eu não trago dinheiro comigo”. “Mentira”
retrucou o operário. “Você tem aí trinta mil Reais. Eu o vi pegar no banco.”
- “Você cometeria dois
crimes: homicídio e roubo”, disse o cavaleiro.
“Homicídio e roubo
nada significam para quem não teme a Deus. Se eu pensasse como você, e não
fizesse isso agora, seria um bobo. Mas você não tenha medo, porque eu fui
educado por padres, e eles me ensinaram os dez mandamentos: não furtar, não
matar... E me ensinaram que existe uma vida eterna após a morte, com o Céu para
os bons e o inferno para os maus. Entendeu agora para que serve o padre?”
Certamente aquele
cavaleiro até se esqueceu do cavalo! A nossa vida não termina na morte. Por
isso, vamos preparar-nos bem para o que vem depois. A ressurreição é o prêmio
de Deus Para os justos.
Maria Santíssima era
tão santa que foi elevada por Deus ao Céu em corpo e alma. Que ela nos ajude a
viver de acordo com a gratificante verdade da ressurreição.
A fé venceu a doença
Certa vez, vieram
avisar o pároco que um senhor idoso estava para morrer. Este senhor morava na
roça, bem distante da cidade, e coordenava a Comunidade cristã do seu bairro.
Ele era tudo para o
povo daquela região: Dirigia o Culto Dominical, rezava o Terço, visitava os
doentes, fazia celebração de exéquias, coordenava a distribuição de alimentos
para os pobres, dava conselhos...
E mais: O santo homem
valorizava muito a vocação sacerdotal. Para ele, o padre era o representante de
Jesus Cristo na terra.
Como o pároco sabia de
tudo isso, teve uma ideia, e foi visitá-lo. No carro, foi rezando para que a
sua tática desse certo. Logo que entrou no quarto do doente, já foi logo
dizendo com firmeza: “O senhor não vai morrer não. Está proibido. A Comunidade
aqui precisa muito do senhor ainda”.
Deu para ele a Unção
dos Enfermos e a Comunhão. Depois pediu para a sua esposa preparar uma sopa,
porque os dois iam tomar juntos.
O velho acreditou no
padre. Após a sopa, levantou-se e caminhou. A partir daí, foi melhorando dia a
dia, até sarar. A Comunidade providenciou substitutos para os serviços que ele
prestava, menos o de dar conselhos.
Alguém poderia dizer
que foi sugestão. Outro diria que foi milagre. Na verdade, aconteceram os dois.
Foi a fé daquele homem que o curou.
Ele sentiu-se
valorizado. Viu que a sua existência na terra era importante. Por isso, fez um
esforço maior e venceu a enfermidade.
Se valorizarmos uma
pessoa idosa, nós colaboramos na sua saúde.
Quando os idosos
Simeão e Ana viram, no Templo, o Menino Jesus nos braços da Mãe, alegraram-se e
cantaram. Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós.
Um minuto no Céu
Havia dois rapazes que
eram muito amigos. Um dia, eles combinaram: O primeiro que morresse voltaria
para contar ao outro como que é lá na outra vida.
Tempo depois, um
morreu. No clarear do dia seguinte, o outro viu chegar à sua casa um anjo, em
um cavalo bonito, que lhe disse: “O seu amigo me mandou buscá-lo para conhecer
a outra vida. Monte aqui na garupa”.
Logo que ele montou,
veio um vento muito forte. Após o vento, o anjo lhe disse: “Abra os olhos”. Ele
abriu e viu que estava em um lugar muito bonito. O anjo deu a ele um prato de
doces super apetitosos. Mas o rapaz continuava olhando para as coisas bonitas
ao seu redor. Ficou tão deslumbrado que nem comeu os doces.
Então o anjo lhe
disse: “Pronto. Agora vamos voltar. Suba aqui na garupa”. Quando o rapaz abriu
os olhos, viu que estava na terra. Mas era tudo muito diferente. Começou a
caminhar, viu um velho e perguntou sobre a sua família.
Ao ouvir a história, o
velho respondeu: “Ah! Meu avô contava que, no seu tempo de criança, um rapaz
desapareceu, ao clarear do dia, e nunca mais voltou”.
Os dois foram até a
família do tal rapaz e o jovem viu que era ele mesmo.
Deus preparou para nós
um mundo muito bonito, para vivermos eternamente com ele. Um mundo tão gostoso
de morar, que a pessoa não vê o tempo passar, e até se esquece de comer o
melhor doce. Isso porque Deus nos ama muito, e nos quer todos perto de si para
sempre.
Amigo fiel é um tesouro
Certa vez, um rapaz,
que estava nos primeiros meses de faculdade, voltava para casa, carregando uma
pilha de livros nos braços. Um grupo de moleques veio correndo e, fingindo não
vê-lo, trombaram contra ele e continuaram correndo.
O estudante caiu, seus
livros se esparramaram pela rua e os óculos voaram para longe. Devido à
deficiência visual, o jovem ficou ali, pois não conseguia encontrar os óculos.
Logo passou por ali um
colega de classe, com o qual ainda nem tinha conversado. Este veio depressa,
deu-lhe os óculos, ajudou-o a ajuntar os livros e foi com ele até a sua casa.
Convidou-o para jogar futebol no fim de semana. Assim, os dois se tornaram
amigos.
Anos mais tarde, no
dia da formatura, aquele que tinha caído foi escolhido como orador da turma. No
discurso, ele agradeceu ao amigo e contou a história: Naquele dia, ele estava
desistindo da faculdade. Por isso que levava consigo muitos livros. Foi a
amizade do colega que o reanimou e o levou a continuar os estudos.
“Amigo fiel é poderosa
proteção: Quem o encontrou, encontrou um tesouro. Ao amigo fiel não há nada que
se compare, pois nada equivale ao bem que ele é. Amigo fiel é bálsamo na vida.
Os que temem o Senhor vão encontrá-lo” (Eclo 6,14-16).
Entre os muitos
presentes que Jesus nos deu, um se destaca: a sua Mãe. Além de Maria ser nossa
Mãe, é também a nossa grande amiga., que está sempre ao nosso lado, guiando-nos
para o bem.
O dinheiro estragou o brinquedo
Certa vez, dois
adolescentes amigos estavam jogando xadrez, na varanda da casa de um deles.
Quando o dono da casa
viu a cena, resolveu acirrar a disputa, estabelecendo um prêmio. Ele disse:
“Para aquele que ganhar esta partida, eu dou dez Reais”. E colocou o dinheiro
sobre a mesa.
Daí para frente, o
clima mudou entre os dois meninos. Antes, eles estavam alegres e brincando.
Agora, ficaram tensos e nervosos. Minutos depois, não conseguiram mais jogar.
Interromperam o jogo e devolveram o dinheiro.
Nem sempre o dinheiro
ajuda. Às vezes atrapalha. No caso da vocação e da escolha do futuro, a busca
do salário e do ganho em dinheiro entram sim, porque precisamos de meios para
nos sustentarmos. Mas nunca em primeiro lugar.
Maria era tão pobre
que Jesus teve de nascer em um coxo de animais. Apelar disso, era feliz, e
muito feliz.
Santo transforma colar em pão
Um dia, S. Vicente de
Paulo foi visitar uma princesa, a fim de lhe pedir auxílio para suas obras
sociais. A moça o recebeu, mas no meio da conversa disse-lhe:
“No tempo de Jesus que
era bom. Ele multiplicava pães, curava os doentes... Pena que hoje não há
pessoas como Jesus!”
S. Vicente respondeu:
“Se a senhora permitir, eu consigo transformar pedras em pães. A senhora
permite?”. A princesa ficou meio confusa, mas disse: “Permito”.
S. Vicente falou:
“Dê-me esse colar de pedras aí, que eu o transformarei em pães”. Na hora, a
moça tirou o colar e lhe entregou.
De fato, as
Comunidades cristãs, com a força do Espírito Santo, podem fazer tudo o que
Jesus fazia, e até mais. É só ter fé. Mas a fé deve ser firme e forte, a ponto
de nos levar a partilhar os nossos bens.
Maria é a Virgem
Oferente. Começou na Anunciação, com a entrega incondicional de si mesma a
Deus. E manteve essa oferta durante toda a sua vida.
A força da política
Havia, certa vez, uma
Comunidade rural que estava sendo prejudicada por um grupo de fazendeiros,
cujas fazendas ficavam na parte de cima do córrego. Eles poluíam a água,
cortavam a mata ciliar das margens do córrego e soltavam o gado dentro da água.
Por mais que lutava, a
Comunidade não estava tendo forças junto a eles, nem junto às autoridades,
devido à influência daqueles fazendeiros.
Numa das reuniões, a
Comunidade decidiu eleger vereador um senhor que era íntegro, líder e
preparado.
A divulgação ultrapassou
os limites da Comunidade, e aquele candidato foi o mais votado do Município,
tornando-se o Presidente da Câmara.
Logo depois de eleito,
ele conseguiu a presença do IBAMA, o qual resolveu o problema. Agora, as
famílias pobres da Comunidade recebem a água do córrego bem limpinha. E mais: A
Comunidade adquiriu confiança em si mesma e conseguiu outros benefícios públicos.