PADRE QUEIROZ

sexta-feira, 1 de maio de 2015

MAIS 27 HISTORINHAS - DEZEMBRO DE 2014

MAIS 27 HISTORINHAS - DEZEMBRO DE 2014

Rapaz perdido na floresta 1350
Ter fé é ver o invisível 1349
O abraço salvador 1348
Clareza em momento dramático 1347
Garoto salva colega 1346
Sábio abençoa insultadores 1345
O sentido da vida e da morte 1344
Quem é mais forte 1343
O segredo da felicidade 1342
O que realmente tem valor 1341
O final feliz 1340
Como não cair nas tentações 1339
A vergonha de se confessar 1338
Os andaimes do Reino de Deus 1337
O melhor presente para o rei 1336
A lição dos pássaros 1335
Para Olimpíadas de Seattle 1334
O poder da educação 1333
A vida é feita de escolhas 1332
A professora sábia 1331
O homem sentado no banco 1330
Pai ausente dentro de casa 1329
São Turíbio de Mongrovejo 1328
Isso é falta de sabão 1327
Entre a ponte e o rio 1326
Não sobrou lugar para o diabo 1325
São Jerônimo, tradutor da Bíblia 1324
Com sede rodeados de água 1323
Os sapos e o poço estreito 1322
A mulher bonita 1321
A semente de maçã 1320
O lápis nos ensina 1319
Tartaruga e lebre apostam corrida 1318
Como ajudar nosso país 1317
A santa da estrada 1316
O pobre precisa também de amor 1315
Rezar com o coração 1314
Tão perto que não se vê 1313
A Missa continuada na vida 1312
A força de três Ave Marias 1311
Irritação infundada 1310
O Natal acontece todos os dias 1309
Os que ensinam brilharão como estrelas 1308
Curso para se tornar santo 1307
Modo correto de educar filhos 1306
A fidelidade matrimonial é possível 1305
Superando obstáculos à fé 1304
É fácil ver Deus 1303
O rapaz que nunca se irritava 1302
A lamparina da velhinha 1301

Rapaz perdido na floresta

Certa vez, um rapaz, nas férias, saiu passeando numa grande floresta. Depois de muito caminhar, sentiu-se perdido. Na tentativa de encontrar o caminho de volta, experimentou muitos atalhos, mas nenhum o conduziu para fora da floresta.

Enfim, encontrou outro rapaz que também estava perdido. Ao vê-lo, o primeiro pensou: Que bom! E foi logo pedindo: “Você pode indicar-me o caminho para sair da floresta?” O outro respondeu: “Infelizmente eu também me perdi. Mas há uma maneira de nos ajudarmos: Vamos dizendo um ao outro os caminhos que já experimentamos. Assim estaremos mais próximos daquele que nos tirará daqui”.

O trabalho em equipe consiste em cada um dar a sua contribuição, visando um objetivo comum. As nossas experiências e conhecimentos são diferentes. Se os partilharmos, fica mais fácil conseguir o objetivo.

“Devíamos fazer com os pobres o que fez Maria com sua prima Isabel: Colocar-nos a serviço deles” (Madre Teresa de Calcutá).


Ter fé é ver o invisível

Durante a segunda guerra mundial, na Alemanha, algumas pessoas pobres e perseguidas refugiaram-se em um porão escuro e frio.

Quando as tropas dos exércitos aliados libertaram a Europa, achou-se escrito em uma das paredes daquele triste porão: “Creio no sol, mesmo que ele não brilhe. Creio em Deus, mesmo que ele esteja em silêncio”.

As forças inerentes ao ser humano são fascinantes. Há a força de vontade, o poder do pensamento positivo e das palavras... Entretanto, a mais poderosa força que o homem tem é a fé. Com ela, o espírito triunfa sobre a matéria.

A fé exalta o eterno sobre o temporal e coloca um ponto final, onde existia um ponto de interrogação. A fé zomba da dúvida e está sempre cega para a impossibilidade.

Como o cego que caminha feliz, dirigido por alguém, sem saber o que está à frente, assim devemos entregar nosso amanhã a Deus.

Como visitou a Maria, Deus nos visita e nos anuncia a sua vontade sobre nós. Que sejamos também generosos.


O abraço salvador

Em uma maternidade, nasceram duas crianças gêmeas prematuras, que foram logo para as incubadoras. Mas uma delas não tinha esperança de vida. Então a chefe das enfermeiras decidiu, mesmo contra as regras hospitalares, deixar as gêmeas juntas.

E o incrível foi que, quando ficaram juntas, o bebê que estava bem abraçou a sua irmã, aquecendo-a com o calor próprio, e assim estabeleceu o seu ritmo cardíaco. Desse modo a irmãzinha mais fraca sobreviveu.

Como é importante abraçar as pessoas, e quanto bem faz! No Natal, Deus veio nos abraçar e dizer: Esqueça os seus pecados. Agora é vida nova. Abrace-me que você será feliz.

“De tal modo Deus amou o mundo que lhe deu o seu Filho único, a fim de que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Onde não está Maria Santíssima, Cristo também se oculta.
 (Fonte: Pe. Luís Carlos de Oliveira)


Clareza em momento dramático

Certa vez, em um domingo à tarde, uma família foi passear na beira de um rio bem largo. O homem estava andando de canoa no centro do rio, e na margem estavam a esposa e as duas crianças, um menino de cinco anos e uma menina de sete.

De repente, a canoa virou-se e afundou. Em seguida, ela voltou à tona, mas já sem o homem. Desesperada, a esposa, antes de ir atrás de socorro, chamou os dois filhos, que estavam brincando, e perguntou-lhes:
- Vocês gostam do Papai do Céu?
- Sim, gostamos.
- Se ele pedir um presente para vocês, vocês dão?
- Sim, nós damos.
- Mas um presente muito valioso, vocês dão?
- Sim, damos.
- E se ele pedir para vocês a coisa que vocês mais amam, vocês dão?
- Sim, damos.

A mãe abraçou as crianças e disse, já chorando:
- Papai estava na canoa, ela afundou, depois voltou, mas sem ele. Vou procurar socorro, mas tudo indica que papai morreu afogado. Deus está pedindo de nós este valiosíssimo presente, que é o papai.

Claro que as crianças também choraram, mas não foi um choro desesperado.

O amor a Maria Santíssima acende em chamas as brasas de virtudes que estão ocultas em nós.


Garoto salva colega

Certa vez, em um país bem frio, dois garotos, um de dez outro de nove anos de idade, estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde muito fria e as crianças brincavam sem preocupação.

De repente, o gelo se quebrou e um dos meninos caiu na água congelada. Vendo que seu amigo se afogava, imediatamente a outra criança pegou uma pesada pedra e, usando todas as suas forças, quebrou o gelo, ampliando o buraco, e ajudou-o a sair.

Quando os adultos chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino salvador:
- Como que você conseguiu, com suas mãos pequenas, golpear o gelo com esta pedra tão pesada?

Um ancião que estava perto disse:
- Eu sei por que ele conseguiu: Não havia ninguém perto para lhe dizer que ele não conseguiria e que era arriscado.

A vida é um eterno aprendizado. O gesto de Jesus foi mais heroico: Ele nos salvou do afogamento no pecado, e com isso morreu. Nós vos adoramos, Senhor, e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.


Sábio abençoa insultadores

Certa vez, um sábio foi a uma cidade fazer umas palestras. Mas as pessoas não deram importância à sua presença, e seus ensinamentos não conseguiram interessar a população. Inclusive, depois de alguns dias, chegou a ser motivo de chacotas aos habitantes.

Um dia, enquanto ele passava pela rua principal, um grupo de homens e mulheres começou a insultá-lo. Em vez de fingir que os ignorava, o sábio aproximou-se deles e os bendisse.

Um dos homens comentou:
- Como que é possível? Além de tudo você é surdo! Gritamos coisas horríveis e você nos responde com belas palavras? Ele disse:

Ele respondeu: Cada um de nós só pode oferecer aquilo que possui.

“Se alguém te der um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanha-lo por um quilômetro, caminha dois com ele!” (Mt 5,39-40). (Fonte: Pe. Jesus Bringas)


O sentido da vida e da morte

Certa vez, um sábio subiu em uma alta montanha e de lá contemplou a terra e seus habitantes. Ele viu dois grupos de pessoas.

Um grupo vivia na tirania do egoísmo. Seus membros se odiavam, se maltratavam e até se matavam. O sábio perguntou: Por que vocês fazem isso? Eles responderam: É porque nós não conhecemos o sentido da vida.

O sábio voltou-se para o outro grupo. Neste as pessoas se amavam profundamente. Ajudavam os necessitados, partilhavam seus bens e viviam numa grande alegria. Ele fez para este grupo a mesma pergunta: Por que vocês fazem isso? Eles responderam: Por que nós conhecemos o sentido da morte.

De fato, a convicção de que um dia vamos morrer, e de que o Juiz nos mandará para um destes três lugares: O Céu, o purgatório ou o inferno, leva-nos a uma aproximação maior do Evangelho. Torna-nos mais desapegados dos bens da terra e mais apegados aos bens do Céu.


Quem é mais forte?

Certa vez, a pedra disse: Eu sou forte! O ferro ouviu e retrucou: Eu sou mais forte que você. Houve uma disputa e o ferro quebrou a pedra.

O fogo viu a disputa e disse ao ferro: Eu sou mais forte que você. Houve uma luta entre os dois e o fogo derreteu o ferro. O fogo disse: Eu sou forte. Veio a água e o apagou. Eu que sou forte, disse a água.

A nuvem ouviu e logo fez a água evaporar. Eu é que sou forte, disse ela. O vento ouviu, soprou, e a nuvem se desfez. E o vento começou a reinar.

A montanha disse: Eu sou mais forte. Ouvindo isso, o homem não gostou e disse: O mais forte sou eu. Veio com suas máquinas e destruiu a montanha.

Mas quando o homem se julgava o rei, veio a morte e disse: Eu é que sou forte. Travou uma luta com o homem e este faleceu. A morte passou a reinar na terra.

Mas, sem que ela soubesse, veio JESUS e a destruiu. Ele então foi declarado rei, tanto da terra como do Céu. A ele, e só a ele, pertence todo poder e toda a glória.

E mais: Jesus deixou no mundo uma entidade chamada Igreja. E disse ao chefe dela: “Tudo o que ligares na terra será ligado no Céu; tudo o que desligares na terra será desligado no Céu” (Mt 16,19). A Igreja é a representante de Jesus na terra.


O segredo da felicidade

Certa vez, uma menina andava pelos prados floridos, quando viu uma borboleta espetada em um espinho. Com todo cuidado, libertou a borboleta e esta saiu voando feliz.

Imediatamente ela voltou, transformada em uma fada belíssima. Esta disse à menina:
- Por sua ajuda e bondade, vou realizar seu maior sonho.

A menina pensou por um momento e falou: “Quero ser feliz”. A fada inclinou-se, sussurrou algo em seu ouvido e desapareceu.

A garota cresceu e tornou-se jovem. E ninguém era mais feliz que ela. Quando era velhinha, um dia ficou doente para morrer. Alguém lhe pediu:
- Diga-nos, por favor, por que a senhora é tão feliz?

Ela narrou a história da fada, o pedido que lhe fez, “quero ser feliz”, e contou o que a fada, como resposta, disse em seu ouvido. Foi a seguinte frase:
- Todas as pessoas precisam de você!

“Eu vim para servir” (Mc 10,45). “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28). Na Eucaristia, Jesus vai além de servidor e se torna nosso alimento.

“Jesus passou pela vida fazendo o bem” (At 10,38). De fato, ele curava os doentes, multiplicava pães, ressuscitava mortos, anunciava a Boa Nova da salvação... Fazia de tudo para ver as pessoas felizes, enquanto ele mesmo não tinha nem onde reclinar a cabeça.


O que realmente tem valor?

A catedral de Milão, na Itália, trás em cima das três portas principais, inscrições esculpidas e ricamente enfeitadas. Em cima da porta lateral à direita lê-se: “Tudo o que nos aflige é momentâneo”.

Na porta da esquerda: “Tudo o que dá prazer dura pouco”.

E em cima da porta principal está escrito: “Somente o que é eterno tem valor”.

Jesus disse a mesma coisa, com outras palavras: “Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato que construiu sua casa sobre a rocha... Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática e como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia” (Mt 7,26-27). (Fonte: Maria Adélia)


O final feliz

Dois homens discutiam sobre como é o Céu. Já que não chegaram a um acordo, combinaram: O primeiro que morresse viria para contar ao outro como é o Céu.

Passado um tempo, um deles morreu. Dias depois, apareceu para o colega e disse: “Não é nem como você pensava, nem como eu pensava. É infinitamente melhor!”

“Olhos humanos jamais viram, nem ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu o que Deus preparou para os que o amam” (1Cor 2,9).


Como não cair nas tentações

Havia, certa vez, um rapaz que, quando se via em tentação, acendia um fósforo e chegava a chama bem pertinho do seu braço. Era para sentir como deve ser grande o sofrimento no inferno, no qual o pecador viverá no fogo por toda a eternidade.

Cada um de nós tem suas tentações, mas Deus nos deixou vários recursos para não cairmos nelas. Na hora, o Espírito Santo nos inspira o que fazer. Temos a caridade, a leitura da Bíblia, a penitência, o perdão...

O principal recurso é a oração. É só pedirmos, que Deus vem na hora e joga para longe o tentador. Por isso que, no Pai Nosso, Jesus nos ensinou a pedir: “Não nos deixeis cair em tentação”. Pode ser uma oração feita diretamente a Deus, ou a um santo, principalmente a Nossa Senhora. E não precisa ser uma oração comprida, basta uma jaculatória feita mentalmente.


A vergonha de se confessar

Certa vez, um padre foi a cavalo celebrar a Missa em uma Comunidade rural. Na volta, como já era noite, pediram a um homem que fosse junto com o padre até a cidade.

Na estrada, um ao lado do outro, o homem disse: “O senhor deve ter notado que todos se confessaram antes da Missa, menos eu. Acontece que eu tenho vergonha de me confessar, porque fiz muitas coisas erradas”. E começou a contar os seus pecados.

Quando o homem terminou o relato, o padre disse: “Meu amigo, lá você ia falar exatamente isso que disse para mim aqui. Por isso, você já se confessou. Falta apenas o ato de contrição e a absolvição. Você tem mais alguns erros para relatar?” “Não”, disse o homem.

“Então reze comigo:” E foi dizendo o ato de contrição. Terminado, o padre deu para ele a penitência e a absolvição.

Por que, na hora da Confissão, temos vergonha de falar os pecados, enquanto numa conversa informal não temos? Nós sabemos que o padre guarda segredo total. Houve padres que já foram mortos porque queriam forçá-lo a contar segredo de Confissão.

É admirável como que Jesus criou um meio tão simples para produzir um efeito tão grande, que é o perdão total de Deus!


Os andaimes do Reino de Deus

Quando um grande edifício sai dos alicerces e começa a subir, surgem os andaimes. Estes sobem, à medida que o prédio se eleva.

Quando as vigas e as paredes externas do prédio ficam prontas, os andaimes são retirados. Já cumpriram a sua missão. Andaimes e construção andam juntos.

Jesus é o arquiteto da grande construção que é o Reino de Deus. Ele nos convida a colaborar de diversas formas. Uma delas é ser andaimes, isto é, ficar na retaguarda, dando suporte aos construtores. Por exemplo: cozinhar, ajudar financeiramente, dirigir carro, preparar a logística... Eles não estão na frente, mas sem eles não é possível levantar a construção.

O andaime é humilde. Faz o serviço, cumpre a tarefa e depois se retira. Se não somos andaimes, mas pedreiros da construção, vamos valorizar aqueles e aquelas que nos dão o suporte.


O melhor presente para o rei

Em um pequeno reino da antiguidade, situado numa região montanhosa, três jovens quiseram homenagear o rei na festa do seu aniversário. Cada um queria dar-lhe um presente.

O primeiro foi a um reino vizinho e comprou o mais lindo traje real. O outro era músico, por isso deu para o rei um belo e precioso violino.

Já o terceiro jovem, vendo os presentes dos dois colegas, não quis dar presente nenhum, pois era pobre e não tinha condições de comprar um presenta à altura do rei. Por isso ficou envergonhado durante a festa.

Mas justamente este último tinha feito um gesto maravilhoso naquele ano. As chuvas não chegaram e houve uma terrível seca em uma cidade do reino. Como havia um grande lago em cima da montanha, o rapaz liderou um grupo de voluntários que construíram um canal para levar a água até a cidade. Aquele jovem trabalhava dia e noite na perfuração do canal, enfrentando o calor.

O rei sabia de tudo. Por isso, na hora da festa, aproximou-se do jovem e pediu: “Mostre-me as suas mãos. Esses calos são o melhor presente que você me dá no meu aniversário!”

O melhor presente que podemos dar a alguém surge, não de coisas materiais e objetos bonitos, mas do nosso suor, do nosso esforço pessoal. Quando Jesus foi à casa do fariseu Simão (Lc 7,36-50) este lhe deu o almoço. Já a mulher pecadora beijou os seus pés. Deste presente sim, Jesus gostou.


A lição dos pássaros

Havia, em uma feira livre, um vendedor de pássaros. Ele tinha, em suas gaiolas, pássaros dos mais variados tipos.

Em uma das gaiolas estavam dois canários. Um deles cantava o tempo todo, em cima do puleiro. Já o outro só ficava deitado de barriga para cima.

Um homem foi atraído pelo canto daquela pequena ave e perguntou o preço. O dono respondeu: 200 Reais. O homem disse: É caro, mas eu vou levá-lo.

Mas há uma coisa, disse o dono: Eu só o vendo junto com o outro, que custa 300 Reais. O homem protestou: Mas ele fica só deitado, de barriga para cima, por que é mais caro que o outro? O dono explicou: Aquele canta para o que está embaixo escutar. Ele que faz o outro cantar. Ou seja, um sem o outro não é nada.

Nenhum grande trabalho é feito apenas por uma pessoa. O próprio Jesus, logo no início de sua vida pública, chamou os Apóstolos. E pediu que andassem dois a dois (Cf Lc 10,1). Deus, por exemplo, é uma Trindade. Aqueles que querem vencer sozinhos representam muito mais a carne e a vaidade do que o amor.


Para Olimpíadas de Seattle

Durante as para Olimpíadas de Seattle, nos Estados Unidos, em 1989, aconteceu uma cena emocionante: Nove adolescentes, todos deficientes físicos, alinharam-se para a largada, numa corrida de 100 metros.

Logo na saída, um menino tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Todos os outros olharam para trás e, vendo a cena, pararam, voltaram e ficaram em volta dele. Uma menina com síndrome de Dawn, deu-lhe um beijo, ajudou-o a levantar-se e disse: “Pronto, agora vai sarar”. E todos, de braços dados, seguiram caminhando até o ponto de chegada. O estádio inteiro levantou-se e os aplausos duraram quase um minuto.

O nosso mundo padece de uma deficiência chamada egoísmo. É pior que qualquer outra. Queremos “passar a perna”, estar na frente e vencer sozinhos, mesmo prejudicando outros que estão ao nosso lado.

Mas o que importa nesta vida é ajudar o outro a vencer, mesmo que para isso tenhamos de diminuir a marcha ou mudar de direção. O que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho, é ajudar o outro a vencer.

Aqueles meninos não eram deficientes de sensibilidade diante do próximo.


O poder da educação

Licurgo foi um legislador grego, natural de Esparta, do séc. V antes de Cristo. Conta-se que um dia ele foi convidado a proferir uma palestra a respeito de educação. Aceitou o convite, mas pediu seis meses para se preparar. O fato causou estranheza, pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições de falar a qualquer momento sobre o tema.

Transcorridos os seis meses, ele compareceu perante a assembleia em expectativa. Postou-se à tribuna e logo entraram pessoas portando quatro gaiolas grandes. Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães.

A um sinal combinado, abriram a porta de uma das gaiolas e uma pequena lebre branca saiu a correr, espantada, pelo auditório. Logo em seguida foi aberta a gaiola em que estava um cão. Este saiu correndo ao encalço da lebre e a trucidou rapidamente.

A cena chocou a assembleia, causando uma grande comoção. Ninguém conseguiu entender o que Licurgo desejava com tal agressão. Mesmo assim, ele nada falou.

Em seguida, foi aberta a gaiola da segunda lebre, a qual saiu saltitando. Depois, o outro cão foi solto. O povo mal continha a respiração. No primeiro instante, o cão correu em direção à lebre. Contudo, em vez de abocanhá-la, os dois começaram a brincar um com o outro. Nesta hora, Licurgo explicou:

- Vocês acabam de assistir a uma demonstração do que pode a educação. Ambas as lebres são filhas da mesma mãe e foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim igualmente os cães. A diferença entre os cães reside na educação.

E prosseguiu vivamente o seu discurso dizendo das excelências do processo educativo: A educação baseada numa concepção exata da vida transformaria o mundo. Devemos educar nosso filho, esclarecer sua inteligência, mas, antes de tudo, falar ao seu coração, ensinando-o a despojar-se das suas imperfeições.

O verbo educar é originário do latim educare ou educere, quer dizer extrair de dentro. Percebe-se, portanto, que a educação não se constitui em mero estabelecimento de informações, mas sim em trabalhar as potencialidades interiores da pessoa, a fim de que floresçam, à semelhança de bela e perfumada flor. (Fonte: Pe. Valdo Bartolomeu)


A vida é feita de escolhas

Pedro era um jovem casado, gerente de uma rede de restaurantes. Ele sempre estava de alto astral, e sempre tinha algo positivo para dizer. Quando alguém perguntava a ele: "Como vai você?" Ele respondia: “Ótimo!” Nos restaurantes, os garçons seguiam seu exemplo.

Pedro era naturalmente motivador de esperança. Se algum funcionário estivesse tendo um mau dia, ele prontamente estava lá, mostrando como olhar pelo lado positivo da situação.

Alguém lhe perguntou qual o segredo para viver sempre de alto astral. Ele respondeu: Toda manhã acordo e digo a mim mesmo: Pedro, você tem duas escolhas hoje: Estar de alto astral ou escolher o baixo astral. Escolho estar de alto astral, claro!

É fácil, continuou Pedro, pois a vida é feita de escolhas. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas irão afetar no seu astral. Você escolhe estar feliz ou triste, calmo ou nervoso. Em suma, é você que escolhe como viver.

Algum tempo depois, o Pedro foi assaltado. Levou vários tiros e teve de ser operado e ficar uma semana na UTI. Ao deixar o hospital, tinha a mesma alegria e alto astral. Alguém lhe perguntou por quê. Ele explicou: Quando eu estava baleado, no chão, lembrei que tinha duas escolhas: viver ou morrer. Escolhi viver.

Pedro sobreviveu graças à experiência e habilidade dos médicos, mas também por causa de sua atitude espetacular.

Vamos nós também fazer esta experiência: Escolher sempre a alegria e o alto astral. (Fonte: Pe. Valdo Bartolomeu)


A professora sábia

Certa vez, um aluno da 5ª série do Ensino Fundamental disse à professora: “Eu não suporto o Francisco. Ele é exibido e orgulhoso, só porque seu pai tem mais dinheiro que os nossos pais”. A professora disse: “Mas ele é alegre e participativo”.

O menino continuou: “E a Cidinha, parece que tem o rei na barriga. Está certo que ela ajuda as colegas mais atrasadas a fazerem suas lições, mas é chata. O Sebastião então, vive exibindo só porque é mais forte”.

A professora interveio: “Lembre-se que ele salvou duas colegas que estavam sendo assaltadas. A classe tem 40 alunos, e a escola quase mil. Não há ninguém de que você goste?” “Ninguém”, respondeu o menino.

A mestra pediu que o aluno a acompanhasse. Pegou um pouco de açúcar cristal na cozinha e um pouco de areia no pátio. Foram até o fundo do quintal, onde ela misturou o açúcar com a areia e colocou perto de um formigueiro.

Após alguns minutos, uma formiga descobriu o açúcar e avisou as demais. Em pouco tempo, elas fizeram um carreiro e voltavam, carregando apenas o açúcar.

A professora explicou: “Todas as pessoas são como este montinho de açúcar misturado com areia. Seja sábio como as formigas”.


O homem sentado no banco

Certa vez, terminada a Missa de domingo, havia um homem sentado no banco da igreja. Apareceu um líder da Comunidade e lhe disse: “Estamos precisando de alguém para dar umas aulas. Você tem condições. Quer assumir essa tarefa?”

O homem tinha conhecimentos para dar as aulas, mas continuou sentado no banco e disse ao líder: O sr. Carlos seria a pessoa ideal para assumir essa tarefa.

Em outro domingo, o maestro pediu mais gente para ajudar nos cantos. Ele sabia cantar, mas pensou: O Jonas é que podia assumir isso. E continuou sentado no banco.

Algumas semanas depois, terminada a Missa, a coordenadora da equipe de acolhida foi ao microfone e disse que precisava aumentar a equipe. Em seguida, fez um apelo a todos. O homem pensou consigo: Quem tem jeito para acolher pessoas é o Mário. E mais uma vez continuou sentado no banco.

Os anos se passaram e ele nunca mais ouviu outros apelos. Até que um dia este senhor fechou os olhos e acordou na outra vida. Estava na porta do Céu, ao lado do sr. Carlos, do Jonas e do Mário. Veio S. Pedro, mandou os três entrarem e ele ficou de fora. Logo reclamou com S. Pedro, mas este lhe disse: “Sinto muito, meu caro, mas aqui no Céu não há banco”.

A nossa Igreja é ministerial. Ela é como um corpo, e nós somos os membros desse corpo. Portanto não há ninguém sobrando para ficar sentado no banco. Cada um de nós é chamado por Deus a desempenhar uma função.


Pai ausente dentro de casa

Na biblioteca da casa estava o pai, compenetrado, estudando para a fase final de seu doutorado. Quebrando o ambiente tranquilo, entra a filhinha de seis anos e diz: “Papai, o senhor quer ver o meu desenho?” Sem olhar para ela, o pai responde: “Não, filhinha, papai está muito ocupado. Volte mais tarde”.

A cena repetiu-se duas vezes, com a resposta negativa. Mas a menina não desistiu. Chega seu rostinho a um palmo do nariz do pai e diz: “O senhor quer ver ou não?” Como que para ficar livre, o pai pega o desenho e olha.

O desenho trazia a mãe, a própria menina, sua irmãzinha e o cachorrinho. Em cima estava escrito: “A nossa família”.

O pai disse: “Adorei seu desenho. Mas está faltando alguém: o seu pai!” Ela respondeu com naturalidade, sem nem imaginar a lição que estava dando: “O senhor não aparece porque está na biblioteca”.

O pai pediu-lhe o desenho e o afixou na parece, bem na frente da sua escrivaninha. Abraçou a filhinha longamente e agradeceu-lhe o presente, ou melhor, a advertência. A partir daquele dia, ele procurou encontrar tempo para a família. (Fonte: Maria Olívia Coutinho)


São Turíbio de Mongrovejo

S. Turíbio de Mongrovejo era espanhol e veio jovem para Lima, no Peru, em 1573. Foi ordenado sacerdote, depois bispo da diocese de Lima, que incluía os seguintes países atuais: Peru, Bolívia, Equador e Colômbia.

Viajou mais de 40 mil km a cavalo ou a pé. Numa época, passou cinco anos sem voltar à sede da diocese, em Lima. Crismou 90 mil cristãos, entre eles três santos: Sta. Rosa de Lima, S. Martinho de Lima e S. Francisco Solano.

Chamava a atenção de todos a sua sensibilidade para com os índios e os negros. Fez o que pôde para defendê-los das crueldades de seus compatriotas, e por isso várias vezes entrou em conflito com as autoridades.

Faleceu na quinta-feira santa de 1606, com a idade de Jesus, numa pequena aldeia de índios. S. Turíbio, rogai por nós.


Isso é falta de sabão

Conta-se que um líder cristão estava falando sobre a importância de ler o Evangelho. Um senhor, dono de uma fábrica de sabão, falou-lhe: “O Evangelho não pode ser bom. Por que tantas guerras, pessoas drogadas, injustiças...?

O pregador, depois de um breve tempo, disse-lhe: “O seu sabão não é bom. Olhe lá aquele menino com os pés e as mãos sujos”.

O homem respondeu: “Mas ele não usou do meu sabão”. Então o líder disse: “O mesmo acontece com o Evangelho. Existem tantas injustiças, maldades e gente sem paz, porque as pessoas não conhecem o Evangelho”.


Entre a ponte e o rio

Na vida de São João Maria Vianei, o Cura d’Ars, padroeiro dos padres, conta-se que um dia uma senhora piedosa estava de luto, abatida e triste. Seu marido, que não praticava a religião, suicidara-se, jogando-se de uma ponte ao rio.

Depois de ouvir o relado com toda a paciência, o santo disse-lhe: “Seu marido se salvou; está no Purgatório. Reze por ele. Entre a ponte e o rio, ele teve tempo de fazer um Ato de Contrição”.

Como é grande a misericórdia de Deus! A Igreja fala de muitos santos que foram para o Céu. Mas nunca afirmou que alguém tenha ido para o inferno. Nem mesmo Judas Iscariotes.


Não sobrou lugar para o diabo

Certa vez, um professor deu um curioso trabalho de redação para os alunos da 5ª série do Ensino Fundamental. O trabalho era para ser feito na sala de aula: Falar sobre o diabo! Tinham quarenta minutos para tanto.

Um aluno começou assim: “Maior e mais poderoso do que o diabo é Jesus...” E, durante todo o tempo que tinham para fazer o trabalho, foi escrevendo sobre Jesus, Filho de Deus, nosso Salvador, sua vida, seus ensinamentos, seus milagres, sua bondade, seu amor por nós até à cruz. Depois, sua ressurreição, sua Igreja, seus Sacramentos...

Terminou o trabalho e foi entregá-lo ao professor. Mas, quando chegou à mesa do professor, disse: “Espere um pouco, professor, pois faltou uma frase”. Escreveu-a embaixo e entregou. Curioso, o professor procurou a tal frase. Comoveu-se quando leu: “Não sobrou lugar para o diabo!”

No coração de quem tem fé, esperança e caridade, nunca sobra lugar para o diabo.


São Jerônimo, tradutor da Bíblia

S. Jerônimo, em latim Eusebius Sophronius Hieronymus, nasceu no ano 340, na República da Croácia. Ainda jovem, foi para Roma estudar. Longe dos pais, acabou se tornando escravo das vaidades e das paixões. Muito inteligente, formou-se em filosofia, em grego e em hebraico.

Quando tinha 18 anos, iniciou o catecumenato, que é a preparação para receber o Batismo. Aos domingos, junto com os novos colegas catecúmenos, visitava as catacumbas. Ficou impressionado ao ver as gravuras e os escritos sobre os primeiros cristãos mártires.

Alguns anos após o Batismo, foi vítima de uma peste que matou muitas pessoas em Roma, inclusive vários amigos seus. Um dia, Jerônimo teve uma febre tão alta que entrou em delírio. Nesse estado, pareceu-lhe que foi levado ao tribunal de Cristo. Lá, alguém lhe perguntou quem ele era. Ele respondeu: “Sou cristão”. A voz lhe disse: “Estás mentindo, porque onde está o teu tesouro aí está o teu coração”.

Ao acordar, pensou: É verdade! O cristão ama a Deus sobre todas as coisas e de todo o coração. Como posso dizer que sou cristão se meu coração está apegado a outras coisas? Ficou tão tocado por aquela experiência que resolveu mudar de vida radicalmente.

Como estava muito difícil realizar, sozinho, essa transformação, ingressou em um mosteiro. Ali fazia penitências, jejuns e muitas orações...

Jerônimo sempre gostou de ler. Agora, como monge, o seu gosto foi se direcionando para a Bíblia, cujo autor é o melhor do mundo: Deus. Por isso, e devido à sua vasta cultura, o papa S. Dâmaso o encarregou de traduzir a Bíblia para o latim, que era a língua mais falada na época.

O para pediu que fosse uma tradução popular (vulgata). O original da Bíblia é em hebraico e grego. Essa tradução foi a oficial da Igreja durante 1500 anos! Ela perdurou como oficial até o Concílio Vaticano II, em 1964.

Para cumprir bem essa missão, Jerônimo foi morar lá onde a Bíblia foi escrita: na Palestina. Foi para a cidade de Belém. Nas suas meditações, andando por aquele deserto, ele batia pedras no peito, a ponto de sangrar, para se ver livre das imaginações pecaminosas do seu passado em Roma. Faleceu em Belém, dia 30/09/420, com 80 anos de idade. É por causa dele que setembro é o mês da Bíblia.

A vida desse grande homem é uma prova de que qualquer pessoa pode tornar-se santa. Basta deixar-se trabalhar pela graça de Deus.

São conhecidas as frases de S. Jerônimo sobre a Sagrada Escritura: “A Bíblia é a carta que Deus escreveu aos seus filhos que peregrinam longe da Pátria”. “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.


Com sede, rodeados de água

Certa vez, um grande barco de carga estava navegando perto da costa da América latina, quando a provisão de água potável se esgotou. O capitão, ao ver outro barco no mar, bem distante, enviou por telégrafo um pedido de socorro com as seguintes palavras: “Falta água doce a bordo”.

Qual não foi a surpresa deles quando receberam a resposta dizendo: “Vocês estão em água doce”. Captando a água, viram que era verdade. Filtraram-na e beberam.

Eles estavam bem na frente da foz do Rio Amazonas, a 30 km da praia, e a água do Rio Amazonas penetra cerca de 100 km no Oceano Atlântico, sem se misturar com a salgada.

Nós também sentimos sede de paz e da graça de Deus. Entretanto, elas estão ao nosso redor, estamos mergulhados nelas, e não percebemos! Ficamos com sede, bem no meio da água cristalina.

“Todo o que bebe desta água, terá sede de novo; mas quem beber da Água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a Água que eu darei se tornará nele uma fonte de Água, jorrando para vida eterna” (Jo 4,13-14).

“O meu povo abandonou-me a mim, fonte de Água viva, e cavou para si cisternas, cisternas rachadas que não podem reter a água” (Jr 2,19). Nós temos ao nosso lado as sete fontes de Água pura que são os sacramentos.


Os sapos e o poço estreito

Em certo lugar, havia um bando de sapos habitando um poço, cuja boca era estreita e não lhes permitia ter uma visão ampla do exterior. Apenas enxergavam um pedaço do céu azul.

Um dia, um sapo, que morava em um lago próximo, em sua caminhada, passou por esse poço. Olhou para baixo e disse ao bando de sapos: “Porque vocês moram em um lugar tão apertado? Eu moro no lago, um lugar mais belo e que tem mais alimentos”.

- Lago? disse um sapinho. O que é isso?
- Lago é um lugar onde existe muita água. E ele não está longe daqui.
- O lago é grande? Que tamanho tem?
- Se é grande! É um milhão de vezes maior que este poço.

Apontaram para uma pedra que havia na entrada do poço e perguntaram: “É do tamanho desta pedra?”
- Imaginem! Vocês acham que é tão pequeno! Daqui de cima dá para ver o lago. Venham que vou mostrar-lhes.

Mas os sapos do poço não acreditaram. Começaram a gritar em coro: “Você é mentiroso e deve estar tramando alguma coisa contra nós. Vá embora! Não o queremos mais aqui”.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32). “Ele era a luz verdadeira... A luz brilhou nas trevas... Mas o mundo não a recebeu” (Jo 1,1-10).

Se vivemos em um mundo estreito e apertado, a culpa é nossa, porque o mundo que Deus criou para nós é maior e mais bonito. E este é apenas um prelúdio do mundo que virá, se formos discípulos fiéis de Jesus Cristo. (Fonte: Cláudia Regina)


A mulher bonita

Certa vez, um senhor pediu a um pintor que pintasse para ele uma mulher bem bonita. Quando o quadro ficou pronto, ele o recebeu e pagou direitinho.

O quadro representava uma mulher súper adornada de joias. O cliente não falou para o pintor para não ofendê-lo, mas percebeu que ele a encheu de joias porque não sabia pintar uma mulher bonita.

Maria Santíssima é de uma beleza singular porque Deus a criou assim. Ela não precisou de joias para ser bonita. Deus assim a fez porque no futuro seria a Mãe do seu Filho querido. As joias de Maria são as suas virtudes.


A semente de maçã

Certa vez, na antiguidade, um homem foi surpreendido roubando alimentos em um mercado, e por isso foi condenado à forca. Até o dia da execução, o condenado foi encerrado em uma masmorra escura.

No dia da execução, os guardas conduziram-no até o cadafalso e lhe perguntaram se gostaria de dizer algo antes de morrer. Ele disse:

“Diga ao rei que tenho algo muito valioso que recebi de presente de meu pai, que havia ganhado de meu avô. É uma semente de maçã que, se plantada, em um dia é capaz de tornar-se uma árvore robusta e produzir saborosas maçãs. Dá-me pena que algo tão especial vá comigo para o túmulo. Sendo assim, quero presentear o rei com a semente”.

Uma vez informado, o rei consentiu em receber o prisioneiro. Depois de escutá-lo, deu-lhe consentimento para que plantasse a semente mágica antes de ser enforcado. Mas o réu explicou:

“Acontece que a semente só pode ser plantada por alguém que nunca tenha roubado nem sido desonesto. Isso me exclui”.

O rei convocou seu primeiro ministro para plantar a semente. Mas este, envergonhado, admitiu que uma vez se apropriara de algo que não era seu.

O rei mandou chamar seu tesoureiro. Este ficou vermelho ao confessar que algumas vezes não havia lidado honestamente com as contas do reino. “Em minha opinião, majestade, vós é que devíeis plantar a semente”, sugeriu o tesoureiro.

Como os ministros, também o rei sentiu o sangue subir à cabeça. Lembrou-se das vezes que tinha sido infiel à rainha, sua esposa. Por isso lhes anunciou, cabisbaixo, que também ele não poderia plantar a semente.

“Os senhores são as pessoas mais poderosas do reino”, disse o prisioneiro. “No entanto, nenhum está livre do erro. E eu, um faminto que roubei um pouco de comida, devo enfrentar a forca?” E o rei libertou aquele pobre ladrão.

“Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!” (Jo 8,1-11).


O lápis nos ensina

Um menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou: “O que a senhora está escrevendo?” A avó aproveitou para mostrar ao netinho as lições que o lápis nos dá. Ela disse: “Mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando. Eu gostaria que você fosse como ele, quando crescer”. O menino olhou para o lápis intrigado e não viu nada de especial: “Mas ele é igual a todos os lápis!” disse.

A vó respondeu: Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades no lápis que, se você conseguir mantê-las, será uma pessoa feliz.

A primeira qualidade: Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta Mão é Deus. Ele conduz você na obediência aos seus mandamentos.

Segunda qualidade: De vez e quando, eu preciso parar o que estou escrevendo e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final ele está mais afiado. Portanto saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade: O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que ele fez de errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é algo mau, mas importante para nos mantermos no caminho do bem.

Quarta qualidade: O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, cuide daquilo que acontece dentro de você.

Finalmente, o lápis sempre deixa uma marca própria, só dele. Saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, por isso procure ser consciente de cada ação.


Tartaruga e lebre apostam corrida

Havia uma tartaruga e uma lebre que sempre discutiam sobre qual delas era mais rápida. Para dirimir o conflito de opiniões, decidiram disputar uma corrida. Escolheram um caminho e começaram.

A lebre largou a toda a velocidade e correu energicamente. Ao ver que levava muitíssima vantagem, decidiu sentar-se debaixo de uma árvore para descansar uns momentos e recuperar as forças.

Mas rapidamente adormeceu. A tartaruga, que andava com passos lentos mas constantes, alcançou-a, ultrapassou-a e terminou na frente, declarando-se ganhadora indiscutível da corrida.

Frequentemente isso acontece entre nós. Pessoas lentas, mas constantes e persistentes, ganham a corrida. Os mais rápidos e prendados não devem subestimar a capacidade daqueles que são mais lentos, mas são perseverantes.


Como ajudar nosso país

Havia um pequeno país que estava passando por uma forte crise: Crise política, crise financeira, além de uma grande convulsão social, com ameaça de derramamento de sangue.

Procuraram um grande sábio do país e o encontraram em oração. Disseram-lhe: “Mestre, precisamos urgentemente de sua presença no governo. Estamos à beira do caos”.

O sábio continuou rezando. “Mestre, o senhor nos ensinou que não podemos nos omitir”, insistiu o grupo. “Disseste que somos responsáveis pelo mundo”.

“Estou rezando pelo país”, respondeu o sábio. “Depois irei ajudar um homem na esquina. Fazendo o que está ao nosso alcance, beneficiaremos a todos. Apenas apresentar ideias para salvar o país não ajuda nada”.

De fato, todos nós somos políticos, pois política é a busca do bem comum, e nada melhor que começar com quem está mais próximo de nós.


A santa da estrada

Havia um vendedor viajante que todas as semanas passava numa determinada estrada para vender seus produtos nas cidades da região.

Em uma dessas viagens, ele viu, logo após uma curva, em cima de um toco de árvore, a imagem de uma santa. Pensou ser aquele lugar um pouco inadequado para se colocar a imagem de uma santa, mas aproveitou para fazer o sinal da cruz e uma pequena oração, pedindo paz e proteção para a semana que começava.

A viagem transcorreu tudo bem, assim como a semana toda.

Na semana seguinte, ao passar por ali novamente, ele fez a mesma coisa: Fez o sinal da cruz e, desta vez, pediu por sua irmã que estava internada em um hospital. Logo a irmã teve alta. E assim ele foi alcançando outras graças.

Um dia, o vendedor sentiu que estava sendo ingrato. Desde que começou a rezar para a “santa da estrada”, sua vida vinha melhorando, e ele sequer sabia qual era a santa.

Decidiu que, na próxima viagem, pararia no local. E assim fez. Chegando à “curva da santa”, parou o carro no acostamento e caminhou até a imagem. Mas, para surpresa sua, a “imagem” não era nada mais era que uma bomba d’água!

Puxa vida, pensou ele. Todo esse tempo rezando para a “santa da estrada”, que não existia! Entretanto foi bom porque ele aprendeu uma grande lição: A força da oração está na fé com que a gente reza, não na imagem em si.


O pobre precisa também de amor

Certa vez, o poeta alemão Raniero foi a Paris, para ficar ali três semanas. Todos os dias ele encontrava na calçada uma pobre mulher, pedindo esmola. Quando as pessoas passavam, ela não dizia nada, simplesmente estendia a mão. Quando alguém punha uma moeda, ela agradecia com um sorriso.

Um dia, o poeta parou diante dela e entregou-lhe uma rosa. A mulher pegou a flor, levantou o olhar para Raniero e beijou demoradamente a sua mão. Em seguida, ela se levantou e foi embora, levando a rosa.

Nos dias seguintes, o poeta não viu mais a mulher assentada na calçada. Teria mudado de ponto? Mas, uma semana depois, lá estava ela no ponto costumeiro. Raniero perguntou ao seu amigo, de que ela teria vivido nesses dias. “Viveu da rosa”, respondeu ele.

O amor nos sustenta a alma e o corpo. “Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4). A vida tem a cor do amor que lhe damos e que recebemos. (Fonte: Pe. Clóvis de Jesus Bovo)


Rezar com o coração

Certa vez, um noviço procurou o mestre e lhe disse: “Eu não consigo rezar! Sempre me distraio pensando em tantas bobagens...”

Antes de responder, o mestre lhe pediu: “Por favor, encha uma lata com leite, até a boca, e dê uma volta na praça e no jardim, rezando. Depois volte aqui”.

Assim fez o jovem. Ao chegar de volta, o mestre lhe perguntou: “Você pensou em Deus enquanto rezava?” O moço disse: De que jeito, padre? Eu estava olhando a lata para não derramar leite”.

Uma preocupação qualquer tira a nossa atenção enquanto rezamos. Assim não conseguimos elevar o nosso espírito a Deus.

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Não vos preocupeis com o dia de amanhã” (Mt 6,33-34).


Tão perto que não se vê

Certa vez, os peixes de um rio conversavam entre si. Um deles disse: “Fala-se que nossa vida depende da água. Mas nós nunca vimos água. Não sabemos o que é água”.

Alguns peixes, que eram mais espertos, disseram: “Ouvimos dizer que no oceano existe um velho peixe que sabe tudo. Vamos até ele e lhe peçamos que nos mostre a água”.

Foram até o oceano, procuraram o peixe sábio e pediram que lhes mostrasse água. O velho peie disse: “Vocês, hein! Vivem na água, movem-se nela e não sabem o que ela é...”

Assim é o homem em relação a Deus. “Deus fez os homens para que o buscassem e, talvez às apalpadelas, o encontrassem. Ele não está longe de cada um de nós, pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17,27-28). Vivemos em Deus, ele está em todas as coisas, e mesmo assim alguns ainda perguntam: “Deus existe? Quem é Deus?”. (Fonte: Pe. Clóvis de Jesus Bovo)


A Missa continuada na vida

Certa vez, estava havendo uma Missa às 19 horas numa capela de periferia. No momento da Oração dos Fiéis, uma senhora contou que, ao subir para a igreja, viu, debaixo de uma ponte, uma família sem nenhum agasalho, apesar de estar fazendo frio. E fez uma prece pela família.

Antes do ofertório, a padre perguntou à Assembleia o que fazer nesta situação. Decidiram que dois homens, mais aquela senhora, fossem lá, a fim de estudar como ajudá-los. Ao chegarem, após um diálogo, eles propuseram à família ir para o salão da Comunidade. A proposta foi aceita.

No salão, ganharam colchões, cobertores e agasalhos de frio, além de material para banho e comida. As crianças sorriam de contentamento.

“Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!... Pois eu era forasteiro e me acolhestes” (Mt 25,34-35).


A força de três Ave Marias

Certa vez, um padre recebeu o seguinte telefonema: “Tenho um amigo que está passando mal. Faça-me um grande favor: Vá à casa dele prepará-lo para bem morrer. Lembro que seus familiares não aceitam padre em sua casa”.

O padre foi assim mesmo. Subiu decidido a escada da habitação e, vendo uma porta semiaberta, olhou e viu o doente. Os familiares dele ficaram assombrado com o intruso, mas o padre não voltou atrás. O enfermo fez uma belíssima confissão, recebeu a Comunhão e a Unção dos Enfermos

Terminada a celebração, o doente, muito feliz, fez-lhe a seguinte revelação: “Faz quarenta anos que não entro em uma igreja. Mas minha mãe, antes de morrer, nos pediu que rezássemos três Ave Marias todos os dias, antes de nos deitarmos. Eu cumpri seu deseja, por isso...” Com lágrimas nos olhos, o doente inclinou a cabeça e morreu.

“Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que alguém tenha a vós recorrido e não tenha sido atendido.”


Irritação infundada

Certa vez, um homem queria pendurar um quadro na parede. Tinha prego, mas faltava o martelo. E começou a ruminar uma série de pensamentos negativos sobre o vizinho, que tinha martelo:

Será que ele vai me emprestar? Ontem ele me cumprimentou, mas foi uma saudação tão fria! Parecia que ele tem alguma coisa contra mim.

Com esses pensamentos, foi à casa do vizinho e apertou a campainha. Explicou lá de fora que queria seu martelo emprestado. Por ser um pouco cedo, o vizinho demorou um pouquinho para atendê-lo, e isso já encheu-lhe as medidas da desconfiança. Se fosse comigo, pensou, eu atenderia prontamente. E por que ele demora em me emprestar a ferramenta? Será que tem medo de eu não a devolver?...

Ruminando tais pensamentos, quando o vizinho veio pressuroso abrir a porta, dar-lhe um “Bom dia” e pedir desculpas pelo atraso, já com o martelo na mão, o outro disse: “Não quero mais o seu martelo”. Virou as costas e voltou para casa.

Antes de nos aproximarmos de alguém, procuremos ter bons sentimentos a respeito da pessoa.


O Natal acontece todos os dias

Numa noite de Natal, Deus pediu a um anjo: Vá à terra e traga para mim algo que represente o melhor gesto de bondade.

O anjo desceu voando. Procurou, sondou, viu tanta coisa bonita: Cânticos, Missas, orações, presépios... mas não estava satisfeito ainda.

Pairou sobre um bar. Muitos bebendo. O dono pouco ligado com a noite santa, só pensava em ganhar dinheiro. Ali perto, na rua, uma criança chorando. Ela queria ir para casa, mas não havia quem a levasse.

Um dos fregueses do bar ouviu o choro e não pensou duas vezes: Foi levá-la para seus pais.

O anjo voltou todo feliz e foi contar para Deus aquele gesto, que melhor representava a mensagem do Natal.


Os que ensinam brilharão como estrelas

Quando o Pe. João Maria Vianei ia para Ars, perdeu-se no caminho. Em uma encruzilhada, perguntou a um menino que pastoreava: “Por favor, você pode ensinar-me o caminho para Ars?” O garoto foi muito atencioso. Não só explicou, mas foi junto com o padre.

Quando avistaram a cidade, Pe. João lhe disse: “Muito obrigado por me ter ensinado o caminho de Ars. Em troca, vou ensinar-lhe o caminho do Céu”.

“Os que tiverem ensinado a muitos o caminho da virtude, brilharão como as estrelas por toda a eternidade” (Dn 12,3). Aquele menino ensinou o caminho da terra e, em troca, aprendeu o caminho do Céu.


Curso para se tornar santo

No começo do mês de novembro, nós celebramos a festa de Todos os Santos. Todos ficamos com vontade de ser santo. Eu queria dar uma notícia muito alegre a vocês: Foi aberto um curso para se tornar santo ou santa. As inscrições estão abertas. O curso é gratuito e você pode fazer de casa mesmo.

Para matricular-se, há apenas uma exigência: a pessoa querer tornar-se santa.

As aulas são de segunda-feira a domingo, com duração de 24 horas. O curso dura toda a vida. O diploma é dado pelo próprio Cristo, logo após a morte do aluno. Apesar de muito duradouro, o curso não é monótono. Os alunos não veem o tempo passar. Cada dia a aula é diferente, com recursos pedagógicos avançados e sempre novos.

É um curso prático. Os estágios começam já no primeiro dia. Ele é ministrado não em sala de aula, mas caminhando, na estrada da vida. É um curso peripatético, como aqueles que o filósofo e professor Aristóteles dava, na Grécia, aos seus alunos. O professor é muito capacitado, é o Espírito Santo, a Sabedoria eterna. O curso tem um manual: o Evangelho.

Outra informação atraente: Os colegas são maravilhosos. Ninguém olha para o outro com preconceito ou com maldade ou malícia. Você pode, por exemplo, deixar a sua carteira de dinheiro em qualquer lugar, que ninguém pega. Se algum aluno for fraco, ele não é reprovado, mas volta para a primeira aula.

Só há um problema. É chato, mas tenho de falar: Existe um vírus que ataca os alunos. É um vírus terrível, pior que vírus de computador. Chama-se mau pensamento. Mau pensamento contra o próximo ou contra qualquer mandamento de Deus ou da Igreja. Mas o bom é que existe um antivírus eficaz. É a oração. Ela atinge o núcleo do vírus e o destrói.

Sabendo desse perigo, o professor acompanha os alunos, onde quer que estejam, nas 24 horas do dia. Se um deles pede ajuda, o professo atende na hora.

Outra informação: A principal aula do curso é a que trata do amor. Porque o amor é como um trator de esteira que vai derrubando tudo e preparando o terreno para nascerem as virtudes. Há ainda outras matérias importantes, como as que tratam da fé e da esperança.

Este é o melhor de todos os cursos. Matricule-se. É fácil. É só procurar a sua Comunidade e se inscrever. Maria Santíssima passou em primeiro lugar nesse curso. E ela quer dar aulas de reforço para nós. Isso porque somos seus filhos e filhas e, fazendo o curso, seremos mais parecidos com ela, que é a Rainha de todos os santos.


Modo correto de educar filhos

Certa vez, duas mães procuraram um sábio, a fim de o consultar sobre o melhor modo de educar os filhos. Uma era rigorosa demais e a outra, ao contrário, benevolente demais. Perante o sábio, cada uma defendeu o seu modo de educar.

Terminada a exposição, o sábio não disse nada. Apenas pediu que voltassem no dia seguinte, naquela mesma hora, cada uma trazendo um vaso de porcelana. Mesmo sem entender, elas seguiram a orientação.

Quando voltaram, o sábio foi à cozinha, veio trazendo água fervendo e despejou em um dos vasos, até a metade. Na hora o vaso se quebrou. Ele voltou à cozinha e trouxe uma vasilha cheia de pedras de gelo e despejou no outro vaso. Logo este também se rachou.

E o sábio concluiu: “Tanto a rigidez como a frouxidão são prejudiciais na educação dos filhos. Não façam rupturas, exigindo deles uma mudança repentina, mas respeitem a lei do crescimento humano, que é sempre lento. A senhora, que é rigorosa, torne-se mais flexível. E a senhora, que é relaxada, tenha mais firmeza”.


A fidelidade matrimonial é possível

Certa vez, um missionário fez uma conferência para os homens casados e condenou com veemência o adultério.

Após a conferência, um grupo de homens o rodeou e um deles lhe disse: “Não se pode negar o que o senhor disse. A gente sabe que é assim. Mas, padre, hoje é difícil. Existem muitas mulheres ‘dando sopa’ por aí. Se vem uma bonitona provocando o senhor, o que o senhor faria?”

O padre respondeu: “O que eu faria, não sei. Mas o que eu deveria fazer, isto sei”.

Claro que hoje é bem mais difícil manter a fidelidade. Mas é possível, se empregarmos os meios que Jesus nos deixou: A oração, a Confissão, a Missa com a Comunhão, a presença em casa, a prática da caridade e da penitência... “Vigiai e orai para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41).


Superando obstáculos à fé

Certa vez, na China, uma missionária preparava um grupo de crianças para a primeira Comunhão. Entre as crianças, havia uma menina de onze anos que se distinguia pela participação e aplicação. Ela desejava de verdade receber Jesus.

Mas, dias antes da primeira Comunhão, ela procurou a missionária e disse: “Não vou fazer a primeira Comunhão. Papai não deixa. E prometeu dar-me uma surra se eu comungar”.

A missionária lamentou, mas ensinou a garota a fazer a Comunhão espiritual. Entretanto, a menina mudou de ideia e disse com firmeza: “Decidi: Eu vou comungar”. “Mas e o seu pai?”, disse a missionária.

A menina respondeu: “Eu prefiro levar a surra e receber Jesus, que vale mais”. E ela fez a primeira Comunhão normalmente, junto com os coleguinhas.

Quantas pessoas poderiam comungar e não o fazem! “É preciso obedecer antes a Deus que aos homens” (At 5,29).


É fácil ver Deus

Certa vez, um homem disse: “Quero ver Deus”. Um sabiá cantou numa árvore, mas o homem não ouviu. E continuou dizendo: “Quero ver Deus”.

Um trovão reboou no céu, mas o homem foi incapaz de ouvir. E continuou dizendo: “Quero ver Deus”.

Uma estrela brilhou no céu, mas o homem não a notou. Olhou em volta e disse: “Quero ver Deus”.

Uma criança nasceu, mas o homem não percebeu o milagre da vida.

Uma linda borboleta veio e sentou-se no seu ombro. O homem espantou o borboleta e continuou o seu caminho, triste e sozinho. Como somos cegos!

“Filipe disse: ‘Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta’. Jesus respondeu: ‘Há tanto tempo estou convosco, Filipe, e não me conheces? Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,8-9).

“São insensatas todas as pessoas nas quais não há o conhecimento de Deus. Partindo das coisas visíveis, não são capazes de chegar Àquele que as criou” (Sb 13,1). O mundo é um retrato de Deus para nós.

“Quem obedece os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21). Deus se manifesta a quem o ama e obedece os seus mandamentos.


O rapaz que nunca se irritava

Em uma cidade do interior, havia um jovem que nunca se irritava com as pessoas. Sempre encontrava uma saída cordial para resolver os problemas que apareciam, e cuidava para não ofender ninguém.

Alguns amigos não se conformavam com o fato, e procuravam testar a sua calma e paciência. Combinaram de, numa noite, levá-lo para jantar fora. Combinaram todos os detalhes com a garçonete do restaurante.

Assim que iniciaram o jantar, foi servida uma saborosa sopa, da qual ele gostava muito. Quando a garçonete chegou com a sopa, ele levantou seu prato para facilitar o trabalho dela, mas a garçonete não colocou sopa no seu prato. Depois que serviu a todos os demais, ela foi para outra mesa. O rapaz esperou calmamente e em silêncio, que ela retornasse, mas isso não aconteceu.

Quando a garçonete se aproximou para recolher os pratos, ele levantou novamente seu prato na direção dela, mas esta se distanciou, ignorando-o. Passou junto a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exaltando o saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa, e retornou à cozinha.

Naquele momento, não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente para ver sua reação. Educadamente, ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência, e disse-lhe: “O que o senhor deseja?” Ele respondeu: “A senhora não me serviu sopa”. Ela retrucou, para provocá-lo: “Servi sim, senhor!”

Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo, e ficou pensativo por alguns segundos. Todos pensaram que ele iria brigar. Ficou aquele suspense e silêncio total. Mas o jovem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente: “A senhora serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!”

Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar convencidos de que nada mais faria com que aquele jovem perdesse a compostura e a calma.


A lamparina da velhinha

Em uma igreja, havia o costume de, na noite do Natal, as famílias comprarem lamparinas e acendê-las no presépio, ao lado de Menino Jesus, para homenageá-lo no seu aniversário. Um guarda passava a noite na igreja, a fim de evitar incêndio.

Uma senhora bem idosa queria também colocar a sua lamparina, mas não tinha dinheiro para comprá-la. Possuía apenas algumas moedas.

Mesmo assim, foi até uma loja. O dono da loja, vendo a sua tristeza por não poder comprar a lamparina, propôs a ela dar-lhe uma lamparina velha e enferrujada por aquele valor. A velhinha aceitou com alegria.

No dia 24, quando ela entrou na igreja com aquela lamparina, o guarda zombou dela, dizendo: “Como a senhora tem coragem de oferecer para Jesus uma lamparina tão feia como esta!”

Naquela noite, antes da Missa do Galo, sobreveio um vendaval tão forte na igreja que apagou todas as lamparinas, menos aquela da velhinha. O guarda ficou tão emocionado que a procurou e pediu-lhe desculpas.

“Quando estava no Templo, sentado em frente do cofre das ofertas, Jesus observava como a multidão punha dinheiro no cofre. Muitos ricos depositavam muito. Chegou então uma pobre viúva e deu duas moedinhas. Jesus chamou os discípulos e disse: ‘Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros. Pois todos deram do que tinham de sobra, ao passo que ela oferecer tudo o que tinha para viver” (Mc 12,41-44).

A importância de um presente se mede, não pelo seu valor em si, mas pela pessoa que dá e sua relação com quem recebe. (Fonte: Maria Olívia Coutinho)


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